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terça-feira, 22 de junho de 2010
GÍRIAS - NÍVEIS DE LINGUAGEM
5 comentários:
mcbspf disse...
Línguas são faladas por pessoas, e as pessoas são muito diferentes umas das outras.
Elas se distinguem de acordo com classe social, experiência de vida, região geográfica. São distintas no falar e no escrever. Cada grupo tem sua língua. A língua é um mistério sobre o qual vale a pena debruçar-se e refletir.
21 de junho de 2010 17:28
mcbspf disse...
A gíria é a cultura do povo
Bezerra da Silva
Toda hora tem gíria no asfalto e no morro
porque ela é a cultura do povo
Pisou na bola conversa fiada malandragem
Mala sem alça é o rodo, tá de sacanagem
Tá trincado é aquilo, se toca vacilão
Tá de bom tamanho, otário fanfarrão
Tremeu na base, coisa ruim não é mole não
Tá boiando de marola, é o terror alemão
Responsa catuca é o bonde, é cerol
Tô na bola corujão vão fechar seu paletó
Toda hora tem gíria...
Se liga no papo, maluco, é o terror
Bota fé compadre, tá limpo, demorou
Sai voado, sente firmeza, tá tranquilo
Parei contigo, contexto, baranga, é aquilo
Tá ligado na fita, tá sarado
Deu bode, deu mole qualé, vacilou
Tô na área, tá de bob, tá bolado
Babou a parada, mulher de tromba, sujou
Toda hora tem gíria...
Sangue bom tem conceito, malandro e o cara aí
Vê me erra boiola, boca de sirí
Pagou mico, fala sério, tô te filmando
É ruim hem! O bicho tá pegando
Não tem caô, papo reto, tá pegado
Tá no rango mané, tá aloprado
Caloteiro, carne de pescoço, “vagabau”
Tô legal de você sete-um, gbo, cara de pau
21 de junho de 2010 17:28
mcbspf disse...
Gíria, também chamada calão em português europeu, é um fenômeno de linguagem especial usada por certos grupos sociais pertencentes a uma classe ou a uma profissão em que se usa uma palavra não convencional para designar outras palavras formais da língua com intuito de fazer segredo, humor ou distinguir o grupo dos demais criando uma linguagem própria (jargão).
É empregada por jovens e adultos de diferentes classes sociais, e observa-se que seu uso cresce entre os meios de comunicação de massa. Trata-se de um fenômeno sociolingüístico cujo estudo pode ser feito sob duas perspectivas: gíria de grupo e gíria comum.
21 de junho de 2010 17:29
mcbspf disse...
Gíria de grupo
A gíria de grupo é usada por grupos sociais fechados e restritos, que têm comportamento diferenciado. Possui caráter criptográfico, ou seja, é uma linguagem codificada de tal forma que não seja entendida por quem não pertence ao grupo. O uso de termos gírios dá aos falantes um sentimento de superioridade, serve como signo de grupo, contribuindo para o processo de auto-afirmação do indivíduo. Expressa a oposição aos valores tradicionais da sociedade e preserva a segurança do grupo, pois em determinadas situações a comunicação é nula com aqueles que não pertencem a ele. Quando o significado das gírias sai do âmbito do grupo, novos termos são criados para que se mantenha seu caráter criptográfico. Por isso trata-se de algo efêmero, em constante renovação.
Os termos são criados quase sempre a partir do vocabulário comum, com alteração do significante, mudança de categorias gramaticais e criação de metáforas e metonímias que expressam a visão de mundo do grupo, refletindo ironia, agressividade ou humor. Seu processo de criação baseia-se no espírito lúdico, tornando-se um jogo de adivinhação para quem é estranho ao grupo. Embora seu estudo interesse mais aos sociólogos e historiadores da linguagem, que utilizam o fenômeno para pesquisas sobre grupos sociais, a gíria de grupo foi objeto de estudo de alguns lingüistas do século XX.
Gíria comum
Quando o uso da gíria de grupo expande-se, passa a fazer parte do léxico popular e torna-se uma gíria comum. É usada para aproximar os interlocutores, passar uma imagem de modernidade, quebrar a formalidade, possibilitar a identificação com hábitos e falantes jovens e expressar agressividade e injúria atenuada. Torna-se um importante recurso da comunicação devido a sua expressividade. A gíria comum é usada na linguagem falada por todas as camadas sociais e faixas etárias, por isso deixa de estar ligada à falta de escolaridade, à ignorância, à falta de leitura. Na linguagem escrita é usada pela imprensa e por escritores contemporâneos, e muitos termos são dicionarizados.
Expansão do uso da gíria
Os movimentos político-sociais para democratização da sociedade refletiram-se também nos hábitos e na linguagem; a isto se deve o aumento do uso da gíria. A mudança da sociedade brasileira de predominantemente rural para urbana ampliou o uso da linguagem e dos costumes urbanos por todo o país. O mundo atual é instável, em constante e rápida transformação, e a gíria serve também para expressar revolta e frustração com injustiças sociais, para romper com os valores tradicionais. Neste panorama, cabe à escola não só preservar o ensino tradicional, mas também ensinar as variações lingüísticas e a adequação do uso de cada uma delas, dependendo do papel social que o falante representa em cada situação.
A gíria nos meios de comunicação
Os meios de comunicação de massa têm influência cada vez maior sobre os fenômenos da linguagem. Ao utilizarem as gírias em seus programas e reportagens, contribuem para a difusão destes termos por todas as camadas sociais. A cultura de massa precisa uniformizar a produção, então busca elaborar seus programas e textos de forma a atingir um receptor padrão que pode ser culto ou inculto. Surge a norma lingüística da mídia, que mistura hábitos orais e escritos numa linguagem compreensível por todos. Embora seja encontrada também nos jornais de maior prestígio, a gíria é amplamente usada pelo jornalismo popular. Estes termos são usados pela imprensa para aproximar o texto da linguagem oral, buscando a quebra da formalidade e a aproximação com o leitor. Alguns termos têm seu uso tão difundido que o leitor nem percebe que é uma gíria.
21 de junho de 2010 17:29
mcbspf disse...
Gírias Cearenses
"Butar buneco!" - Se divertir!
"Diabéisso?" - O que é isso?
"Deixe de arrudei!" - Pare de enrolar!
"É bem pixototim!" - É bem pequeno!
"Ele é chei do leriado!" - Ele é conversador!
"Ele é muito estribado!" - Ele é muito rico!
"Ele é môco!" - Ele é surdo!
"Ela pelejou quissó!" - Ela tentou bastante!
"Ele só quer ser as pregas!" - Ele quer ser muita coisa!
"Isso é miolo de pote!" - Isso é besteira!
"No rumo da venta!" - Em frente!
"O caba é morto dentro das calça!" - Ele é preguiçoso!
"O bicho é lesado!" - Ele é lento!
"Peço penico!" - Eu desisto!
"Rai te lascar!" - Vá para o inferno!
"Rebole no mato!" - Jogue fora!
"Rumbora, negada!" - Vamos embora pessoal!
"Se avexe não!" - Não se preocupe! (Take it easy!)
"Só o mi!" - Muito bom!
"Só andam encangado!" - Só andam juntos!
"Tá fumando numa quenga!" - Tá com muita raiva!
21 de junho de 2010 17:52
REGIONALISMOS: DIALETOS DO BRASIL
DIALETOS DO BRASIL
1। Caipira - interior do estado de São Paulo, norte do Paraná, sul de Minas Gerais, sul de Goiás e leste de Mato Grosso do Sul (Sul, Sudeste e Centro-Oeste)
2. Dialeto nordestino do norte - dialeto falado no norte da Região Nordeste, mais precisamente no Maranhão e Piauí, com influência do dialeto nortista.
3. Dialeto nordestino do sul/Baiano - dialeto falado no sul da Região Nordeste, mais precisamente na Bahia, com influência do dialeto mineiro.
4. Fluminense (ouvir) - Estado do Rio de Janeiro (capital e regiões litorânea e serrana) (Sudeste)
5. Gaúcho - Rio Grande do Sul, com alguma influência do castelhano, como dizer "bueno", "griz", "cucharra" e "entonces" (Sul).
6. Mineiro - Minas Gerais (Sudeste)
7. Dialeto nordestino do centro - dialeto falado no centro da Região Nordeste, mais precisamente nos estados de Alagoas e Sergipe e interior do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. As cidades de Recife, João Pessoa, Natal e Fortaleza apresentam um dialeto misturado (ouvir), forte influência dos dialetos paulistano, fluminense, sulista e naturalmente nordestino, devido migrantes recentes do Sudeste e Sul e nordestinos que voltam de São Paulo e Rio de Janeiro.
8. Nortista - estados da bacia do Amazonas - (o interior e Manaus têm falares próprios)
9. Paulistano - cidade de São Paulo e proximidades
10. Sertanejo - Estados de Goiás e Mato Grosso. Se assemelha aos dialectos mineiro e caipira.
11. Sulista - Estados do Paraná e Santa Catarina. Este dialeto sofre inúmeras variações de pronúncia de acordo com a área geográfica, sendo influenciado pela pronúncia de São Paulo e Rio Grande do Sul com influências eslavas no Paraná e em algumas regiões de Santa Catarina, e na maioria das regiões deste estado influências portuguesas e gaúchas. Há pequena influência nas áreas de colonização alemã com sotaque.
Postado por CEL... às 6/21/2010 04:58:00 PM
1 comentários:
mcbspf disse...
ASSALTANTE PARAIBANO
Ei, bichim... Isso é um assalto... Arriba os braços e num se bula, num se cague e num faça munganga... Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim, se não enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora ... Perdão meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da moléstia.
ASSALTANTE BAIANO
Ô meu rei... (pausa) Isso é um assalto... (longa pausa) Levanta os braços, mas não se avexe não...(outra pausa) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado ... Vai passando a grana, bem devagarinho (pausa pra pausa) Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado. Não esquenta, meu irmãozinho, (pausa) Vou deixar teus documentos na encruzilhada ...
ASSALTANTE MINEIRO
Ô sô, prestenção .. isso é um assarto, uai. Levanta os braço e fica quetin quêsse trem na minha mão tá cheio de bala... Mió passá logo os trocados que eu num tô bão hoje. Vai andando, uai ! Tá esperando o quê, uai !!!
ASSALTANTE PAULISTA
Ôrra, meu ....Isso é um assalto, meu Alevanta os braços, meu ... Passa a grana logo, meu . Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pa comprar o ingresso do jogo do Curintia, meu ... Pô, se manda, meu ...
ASSALTANTE GAÚCHO
Ô gurí, ficas atento .. Báh, isso é um assalto . Levanta os braços e te aquieta, tchê! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pilas prá cá! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala.
ASSALTANTE DE BRASILIA
Querido povo brasileiro, estou aqui no horário nobre da TV para dizer no final do mês, aumentaremos as seguintes tarifas: Energia, Água, Esgoto, Gás, Passagem de ônibus, Imposto de renda, Lincenciamento de veículos, Seguro Obrigatório, Gasolina, Álcool, IPTU, IPVA, IPI, CMS, PIS, COFINS? Mas não se preocupe: somos PENTA.
21 de junho de 2010 17:10
segunda-feira, 21 de junho de 2010
DIALETOS DO BRASIL = REGIONALISMOS
1। Caipira - interior do estado de São Paulo, norte do Paraná, sul de Minas Gerais, sul de Goiás e leste de Mato Grosso do Sul (Sul, Sudeste e Centro-Oeste)
2. Dialeto nordestino do norte - dialeto falado no norte da Região Nordeste, mais precisamente no Maranhão e Piauí, com influência do dialeto nortista.
3. Dialeto nordestino do sul/Baiano - dialeto falado no sul da Região Nordeste, mais precisamente na Bahia, com influência do dialeto mineiro.
4. Fluminense (ouvir) - Estado do Rio de Janeiro (capital e regiões litorânea e serrana) (Sudeste)
5. Gaúcho - Rio Grande do Sul, com alguma influência do castelhano, como dizer "bueno", "griz", "cucharra" e "entonces" (Sul).
6. Mineiro - Minas Gerais (Sudeste)
7. Dialeto nordestino do centro - dialeto falado no centro da Região Nordeste, mais precisamente nos estados de Alagoas e Sergipe e interior do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. As cidades de Recife, João Pessoa, Natal e Fortaleza apresentam um dialeto misturado (ouvir), forte influência dos dialetos paulistano, fluminense, sulista e naturalmente nordestino, devido migrantes recentes do Sudeste e Sul e nordestinos que voltam de São Paulo e Rio de Janeiro.
8. Nortista - estados da bacia do Amazonas - (o interior e Manaus têm falares próprios)
9. Paulistano - cidade de São Paulo e proximidades
10. Sertanejo - Estados de Goiás e Mato Grosso. Se assemelha aos dialectos mineiro e caipira.
11. Sulista - Estados do Paraná e Santa Catarina. Este dialeto sofre inúmeras variações de pronúncia de acordo com a área geográfica, sendo influenciado pela pronúncia de São Paulo e Rio Grande do Sul com influências eslavas no Paraná e em algumas regiões de Santa Catarina, e na maioria das regiões deste estado influências portuguesas e gaúchas. Há pequena influência nas áreas de colonização alemã com sotaque.
2. Dialeto nordestino do norte - dialeto falado no norte da Região Nordeste, mais precisamente no Maranhão e Piauí, com influência do dialeto nortista.
3. Dialeto nordestino do sul/Baiano - dialeto falado no sul da Região Nordeste, mais precisamente na Bahia, com influência do dialeto mineiro.
4. Fluminense (ouvir) - Estado do Rio de Janeiro (capital e regiões litorânea e serrana) (Sudeste)
5. Gaúcho - Rio Grande do Sul, com alguma influência do castelhano, como dizer "bueno", "griz", "cucharra" e "entonces" (Sul).
6. Mineiro - Minas Gerais (Sudeste)
7. Dialeto nordestino do centro - dialeto falado no centro da Região Nordeste, mais precisamente nos estados de Alagoas e Sergipe e interior do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. As cidades de Recife, João Pessoa, Natal e Fortaleza apresentam um dialeto misturado (ouvir), forte influência dos dialetos paulistano, fluminense, sulista e naturalmente nordestino, devido migrantes recentes do Sudeste e Sul e nordestinos que voltam de São Paulo e Rio de Janeiro.
8. Nortista - estados da bacia do Amazonas - (o interior e Manaus têm falares próprios)
9. Paulistano - cidade de São Paulo e proximidades
10. Sertanejo - Estados de Goiás e Mato Grosso. Se assemelha aos dialectos mineiro e caipira.
11. Sulista - Estados do Paraná e Santa Catarina. Este dialeto sofre inúmeras variações de pronúncia de acordo com a área geográfica, sendo influenciado pela pronúncia de São Paulo e Rio Grande do Sul com influências eslavas no Paraná e em algumas regiões de Santa Catarina, e na maioria das regiões deste estado influências portuguesas e gaúchas. Há pequena influência nas áreas de colonização alemã com sotaque.
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