O sujeito tem a característica de concordar com o verbo, salvo raríssimas exceções.
Vejamos agora quais os tipos de sujeito existentes e como eles são caracterizados para que possamos identificá-los.
Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto.
Exemplos:
- Deus é perfeito!
- A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.
- Pastavam vacas brancas e malhadas.
Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na oração.
Exemplos:
- As vacas brancas e os touros pretos pastavam.
- A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.
- Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.
Sujeito Oculto: também chamado de sujeito elíptico ou desinencial, é determinado pela desinência verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito.
Exemplos:
- Estamos sempre alertas para com os aumentos abusivos de preços. (sujeito: nós)
- Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (sujeito: eu)
- Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (sujeito: os pais)
Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente ou experienciador da ação verbal.
Exemplos:
1- verbo na 3ª pessoa do plural
- Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas não se sabe quem)
- Disseram que morreu do coração.
2- verbo na 3ª pessoa do singular + se, índice de indeterminação do sujeito
- Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa)
Sujeito inexistente: também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos que não correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros.
Exemplos:
1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza
- Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.
2- verbo haver no sentido de existir ou ocorrer
- Houve um grave acidente na avenida principal.
- Há pessoas que não valorizam a vida.
3- verbo fazer indicando tempo ou clima
- Faz meses que não a vejo.
- Faz sempre frio nessa região do estado.
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: quando o sujeito é uma oração. Pode ser desenvolvida ou reduzida. (veja esse assunto em: Orações Subordinadas Substantivas)
- Fazer promessas é muito comprometedor. (sujeito oracional: fazer promessas)
Veja também:
Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita através do predicado.
Predicado: é o termo da oração que, através de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.
Exemplo:
A pequena criança | me contou a novidade com alegria no olhar. |
Sujeito | Predicado |
Para ajudar a localizar o sujeito há três critérios:
• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas.
Tipos de sujeito
• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:
- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;
- indicar quem é esse elemento.
Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro.
O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:
Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo.
Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida.
Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo.
Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.
O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:
- sujeito determinado implícito na desinência verbal;
- sujeito elíptico;
- sujeito oculto;
Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.
(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)
• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:
- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas
- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.
Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.
Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:
- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;
Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você.
- justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do singular.
Exemplo: Precisa-se de balconista.
* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o sujeito classifica-se como determinado.
Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.
* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as que seguem:
Exemplos: Discutiu-se o fato.
Discordou-se do fato.
Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado.
Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o pronome se pode funcionar como:
• Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado;
• Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado.
Se – Partícula apassivadora
Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura:
• Verbo na terceira pessoa (singular e plural)
• Pronome se;
• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição;
• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).
Exemplo:
Contou | se | a história. |
verbo na 3ª pessoa | pronome | substantivo sem preposição. |
Transformação:
Foi contada | a história. |
voz passiva analítica (com o verbo ser) | |
A análise da frase anterior será então a seguinte:
Contou | se | a história. |
Voz passiva sintética ou pronominal | partícula apassivadora | sujeito determinado simples |
Se – Índice de indeterminação do sujeito
Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:
• Verbo na terceira pessoa do singular;
• Pronome se;
• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz passiva analítica.
Exemplo:
Falou | se | da história. |
verbo na 3ª pessoa do singular | pronome | substantivo com preposição |
Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:
? | falou | se | da história |
sujeito indeterminado | verbo na voz ativa | índice de indeterminação do sujeito | objeto |
• Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere.
Exemplo: Choveu durante o dia.
O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes:
- haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado.
Exemplo: Houve poucas reclamações.
- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza.
Exemplo: Faz dois anos que te perdi.
- ser: na indicação de tempo e distância.
Exemplo: É dia.
- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza;
Exemplo: Nevou durante a madrugada.
Choveu muito durante o dia.
1. SUJEITO (termo da oração do qual o verbo diz algo)
ResponderExcluirOBS: para descobrir o sujeito pergunta-se
• QUEM É QUE + VERBO (para pessoas)
Cabral descobriu o Brasil – QUEM É QUE +DESCOBRIU...?
• QUE É QUE + VERBO (para animais e objetos/coisas)
A caravela de Cabral atracou na praia – O QUE É QUE + ATRACOU...?
SUJEITO SIMPLES (UM SUJEITO NÚCLEO EXPRESSO ou OCULTO)
Cabral (único sujeito núcleo expresso) descobriu o Brasil
Descobriu o Brasil (único sujeito núcleo oculto) (QUEM É QUE + DESCOBRIU...?) = ELE/CABRAL
SUJEITO COMPOSTO (MAIS DE UM SUJEITO NÚCLEO EXPRESSO ou OCULTO)
Cabral e suas caravelas (dois sujeitos núcleos expressos) Cabral + suas caravelas) chegaram à praia
chegaram à praia (QUEM É QUE/O QUE É QUE + VERBO CHEGARAM...? = ELE/CABRAL + SUAS CARAVELAS
SUJEITO INDETERMINADO (NÃO IDENTIFICADO – SE NÃO SE SABE MESMO)
Pegaram minhas roupas e partiram (QUEM É QUE + PEGARAM...?) = NÃO SE SABE/NÃO SE FAZ IDÉIA DE QUEM
SEM SUJEITO (INEXISTENTE)
Choveu ontem (Fenômeno da Natureza)
Come-se bem naquele restaurante (É APENAS UMA INFORMAÇÃO ou OPINIÃO)