sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SUJEITO

Por Araújo, A. Ana Paula de

A função sintática que denominamos sujeito, é um termo essencial da frase e pode se comportar de várias maneiras, dependendo da intenção da mesma: agente, experienciador, paciente, etc.

O sujeito tem a característica de concordar com o verbo, salvo raríssimas exceções.

Vejamos agora quais os tipos de sujeito existentes e como eles são caracterizados para que possamos identificá-los.

Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto.

Exemplos:

- Deus é perfeito!
- A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.
- Pastavam vacas brancas e malhadas.

Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na oração.

Exemplos:

- As vacas brancas e os touros pretos pastavam.
- A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.
- Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.

Sujeito Oculto: também chamado de sujeito elíptico ou desinencial, é determinado pela desinência verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito.

Exemplos:

- Estamos sempre alertas para com os aumentos abusivos de preços. (sujeito: nós)
- Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (sujeito: eu)
- Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (sujeito: os pais)

Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente ou experienciador da ação verbal.

Exemplos:

1- verbo na 3ª pessoa do plural

- Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas não se sabe quem)
- Disseram que morreu do coração.

2- verbo na 3ª pessoa do singular + se, índice de indeterminação do sujeito

- Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa)

Sujeito inexistente: também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos que não correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros.

Exemplos:

1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza

- Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.

2- verbo haver no sentido de existir ou ocorrer

- Houve um grave acidente na avenida principal.
- Há pessoas que não valorizam a vida.

3- verbo fazer indicando tempo ou clima

- Faz meses que não a vejo.
- Faz sempre frio nessa região do estado.

Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: quando o sujeito é uma oração. Pode ser desenvolvida ou reduzida. (veja esse assunto em: Orações Subordinadas Substantivas)

- Fazer promessas é muito comprometedor. (sujeito oracional: fazer promessas)

Veja também:

  1. Sujeito
  2. Sujeito e Predicado
  3. Predicado
  4. Tipos de Predicado

Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita através do predicado.

Predicado: é o termo da oração que, através de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.


Exemplo:

A pequena criança

me contou a novidade com alegria no olhar.

Sujeito

Predicado


Para ajudar a localizar o sujeito há três critérios:

• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e
número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas.


Tipos de sujeito


• Sujeito determinado:
ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:

- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;


- indicar quem é esse elemento.


Exemplo:
A carrocinha levou meu cachorro.

O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:


Sujeito determinado simples:
aquele que tem apenas um núcleo.

Exemplo:
A mãe levantou-se aborrecida.

Sujeito determinado composto:
aquele que tem mais de um núcleo.

Exemplo:
Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.

O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:


- sujeito determinado implícito na desinência verbal;


- sujeito elíptico;


- sujeito oculto;


Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.

(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)

• Sujeito indeterminado:
ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:

- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas


- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.


Exemplo:
Chegaram da festa tarde demais.

Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:


- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;


Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você.


- justapondo-se o pronome
se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do singular.

Exemplo: Precisa-se de balconista.


* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o sujeito classifica-se como
determinado.

Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.


* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as que seguem:


Exemplos: Discutiu-se o fato.


Discordou-se do fato.


Na primeira, o sujeito é
determinado; na segunda é indeterminado.

Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o pronome
se pode funcionar como:

• Partícula apassivadora:
nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado;

• Índice de indeterminação do sujeito:
nesse caso, o sujeito é indeterminado.

Se – Partícula apassivadora


Quando o pronome
se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura:

• Verbo na terceira pessoa (singular e plural)


• Pronome
se;

• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição;


• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).


Exemplo:

Contou

se

a história.

verbo na 3ª pessoa

pronome

substantivo sem preposição.



Transformação:

Foi contada a história.
voz passiva analítica (com o verbo ser)



A análise da frase anterior será então a seguinte:

Contou

se

a história.

Voz passiva sintética ou pronominal

partícula apassivadora

sujeito determinado simples



Se – Índice de indeterminação do sujeito


Quando o pronome
se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:

• Verbo na terceira pessoa do singular;


• Pronome
se;

• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz passiva analítica.


Exemplo:

Falou

se

da história.

verbo na 3ª pessoa do singular

pronome

substantivo com preposição



Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:

?

falou

se

da história

sujeito indeterminado

verbo na voz ativa

índice de indeterminação do sujeito

objeto



• Sujeito inexistente:
ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere.

Exemplo: Choveu durante o dia.


O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes:


- haver:
no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado.

Exemplo:
Houve poucas reclamações.

- fazer:
na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza.

Exemplo:
Faz dois anos que te perdi.

- ser:
na indicação de tempo e distância.

Exemplo:
É dia.

-
todos os verbos que indicam fenômenos da natureza;

Exemplo:
Nevou durante a madrugada.
Choveu
muito durante o dia.

Um comentário:

  1. 1. SUJEITO (termo da oração do qual o verbo diz algo)
    OBS: para descobrir o sujeito pergunta-se

    • QUEM É QUE + VERBO (para pessoas)
    Cabral descobriu o Brasil – QUEM É QUE +DESCOBRIU...?

    • QUE É QUE + VERBO (para animais e objetos/coisas)
    A caravela de Cabral atracou na praia – O QUE É QUE + ATRACOU...?

    SUJEITO SIMPLES (UM SUJEITO NÚCLEO EXPRESSO ou OCULTO)
    Cabral (único sujeito núcleo expresso) descobriu o Brasil
    Descobriu o Brasil (único sujeito núcleo oculto) (QUEM É QUE + DESCOBRIU...?) = ELE/CABRAL

    SUJEITO COMPOSTO (MAIS DE UM SUJEITO NÚCLEO EXPRESSO ou OCULTO)
    Cabral e suas caravelas (dois sujeitos núcleos expressos) Cabral + suas caravelas) chegaram à praia
    chegaram à praia (QUEM É QUE/O QUE É QUE + VERBO CHEGARAM...? = ELE/CABRAL + SUAS CARAVELAS

    SUJEITO INDETERMINADO (NÃO IDENTIFICADO – SE NÃO SE SABE MESMO)
    Pegaram minhas roupas e partiram (QUEM É QUE + PEGARAM...?) = NÃO SE SABE/NÃO SE FAZ IDÉIA DE QUEM

    SEM SUJEITO (INEXISTENTE)
    Choveu ontem (Fenômeno da Natureza)
    Come-se bem naquele restaurante (É APENAS UMA INFORMAÇÃO ou OPINIÃO)

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

.

.
.

É O QUE TEM PRA HOJE: "POUCO PAPO E SÓ... SU-CEEEEEEES-SO!!!"



"SIGAM-ME OS BONS" - Maria Celeste Bsp | Facebook