01-(UNIDOESTE) Uma carta inédita a Drummond
Querido Carlos,
afetuoso abraço.
Leio nos jornais que você pediu demissão. Sem dúvida é uma pena para o Brasil, mas você está correto. E outros dias virão.
Pessoalmente, não posso deixar de lhe agradecer tantas finezas que você me prestou, sempre tão solicitamente, quando no exercício do cargo.
Confirmo meu telegrama de hoje, pedindo-lhe o favor de me representar no almoço de sábado próximo, e de transmitir minha solidariedade à declaração de princípios do 1° Congresso de Escritores.
Abandonei a colaboração n'A Manhã, se bem que estivesse gostando, pois me deva um certo treino de escrever prosa, e além disso os 800 cruzeiros me eram necessários, nas circunstâncias atuais de minha vida. Mas o governo excedeu-se, perdeu todo o controle, divorciou-se por completo das aspirações populares, e esgotou o seu já fraco conteúdo. De qualquer forma, continuar os artigos seria uma espécie de colaboracionismo.
Como você sabe, continuo em regime de saúde, por isso não posso tomar parte pessoalmente na campanha que se desenrola. Entretanto, estou bastante atento à mesma; por isso - caso você julgue oportuno - poderá divulgar que eu estou solidarizado com a campanha democrática, e absolutamente contra os métodos do governo. Se acharem interessante, poderei escrever, mesmo sobre assunto político, pequenas crônicas e notas - desde que minha saúde o permita.
Que coisa a morte do Mário, hein? Fiquei muito sentido, e, sabendo que vocês eram muito amigos, é o caso de se apresentar pêsames a você.
Em que pé está o nosso livro? E o seu?
Então, querido Carlos, lembranças a Dolores e Maria Julieta.
O abraço amigo do Murilo
P. S. Lembranças também ao João Cabral.
(Folha de S. Paulo, 11/05/91)
Querido Carlos,
afetuoso abraço.
Leio nos jornais que você pediu demissão. Sem dúvida é uma pena para o Brasil, mas você está correto. E outros dias virão.
Pessoalmente, não posso deixar de lhe agradecer tantas finezas que você me prestou, sempre tão solicitamente, quando no exercício do cargo.
Confirmo meu telegrama de hoje, pedindo-lhe o favor de me representar no almoço de sábado próximo, e de transmitir minha solidariedade à declaração de princípios do 1° Congresso de Escritores.
Abandonei a colaboração n'A Manhã, se bem que estivesse gostando, pois me deva um certo treino de escrever prosa, e além disso os 800 cruzeiros me eram necessários, nas circunstâncias atuais de minha vida. Mas o governo excedeu-se, perdeu todo o controle, divorciou-se por completo das aspirações populares, e esgotou o seu já fraco conteúdo. De qualquer forma, continuar os artigos seria uma espécie de colaboracionismo.
Como você sabe, continuo em regime de saúde, por isso não posso tomar parte pessoalmente na campanha que se desenrola. Entretanto, estou bastante atento à mesma; por isso - caso você julgue oportuno - poderá divulgar que eu estou solidarizado com a campanha democrática, e absolutamente contra os métodos do governo. Se acharem interessante, poderei escrever, mesmo sobre assunto político, pequenas crônicas e notas - desde que minha saúde o permita.
Que coisa a morte do Mário, hein? Fiquei muito sentido, e, sabendo que vocês eram muito amigos, é o caso de se apresentar pêsames a você.
Em que pé está o nosso livro? E o seu?
Então, querido Carlos, lembranças a Dolores e Maria Julieta.
O abraço amigo do Murilo
P. S. Lembranças também ao João Cabral.
(Folha de S. Paulo, 11/05/91)
Com relação ao texto, é correto afirmar que:
a) Trata-se de uma carta familiar, por isto percebem-se muitas informações, lembranças e
questionamentos colocados à proporção que vinham à lembrança do remetente.
b) O remetente pode se utilizar do post scriptum para acrescentar lembranças que não tenham
ocorrido em tempo.
c) Apesar da familiaridade da carta, não foram esquecidos o local, a data, o vocativo, a despedida e a
assinatura, necessários, inclusive nas cartas oficiais.
d) A intimidade entre remetente e destinatário permite a elaboração de um texto cuja profunda
compreensão obriga o leitor a recorrer a muitos elementos localizados fora do texto.
e) todas as alternativas estão corretas.
a) Trata-se de uma carta familiar, por isto percebem-se muitas informações, lembranças e
questionamentos colocados à proporção que vinham à lembrança do remetente.
b) O remetente pode se utilizar do post scriptum para acrescentar lembranças que não tenham
ocorrido em tempo.
c) Apesar da familiaridade da carta, não foram esquecidos o local, a data, o vocativo, a despedida e a
assinatura, necessários, inclusive nas cartas oficiais.
d) A intimidade entre remetente e destinatário permite a elaboração de um texto cuja profunda
compreensão obriga o leitor a recorrer a muitos elementos localizados fora do texto.
e) todas as alternativas estão corretas.
02-(UCSAL) TEXTO
Quando saí de casa, o velho José Paulino me disse:
Não vá perder o seu tempo. Estude, que não se arrepende.
Eu não sabia nada. Levava para o colégio um corpo sacudido pelas paixões de homem feito e uma alma mais velha do que o meu corpo. Aquele Sérgio, de Raul Pompéia, entrava no internato de cabelos grandes e com uma alma de anjo cheirando a virgindade. Eu não: era sabendo de tudo, era adiantado nos anos, que ia atravessar as portas do meu colégio.
Menino perdido, menino de engenho. José Lins do Rego - Menino de Engenho, Ed. Moderna Ltda., São Paulo, 1983.
Quando saí de casa, o velho José Paulino me disse:
Não vá perder o seu tempo. Estude, que não se arrepende.
Eu não sabia nada. Levava para o colégio um corpo sacudido pelas paixões de homem feito e uma alma mais velha do que o meu corpo. Aquele Sérgio, de Raul Pompéia, entrava no internato de cabelos grandes e com uma alma de anjo cheirando a virgindade. Eu não: era sabendo de tudo, era adiantado nos anos, que ia atravessar as portas do meu colégio.
Menino perdido, menino de engenho. José Lins do Rego - Menino de Engenho, Ed. Moderna Ltda., São Paulo, 1983.
No texto, o verbo cheirar tem significado de:
a) agradar.
b) parecer.
c) enfeitiçar.
d) indagar.
e) bisbilhotar.
03-Em um anúncio sobre as belezas naturais do estado da Paraíba, lê-se a seguinte advertência:
ATENÇÃO. ESTE ANÚNCIO PODE
CAUSAR DEPENDÊNCIA. PERSISTINDO OS SINTOMAS, PROCURE SEU AGENTE DE VIAGENS.
(Revista Veja, edição 1869, 1º
de Setembro de 2004)
A partir da mensagem do texto,
conclui-se que
(A) curar doenças é o papel do
agente de viagens.
(B) existe uma proliferação de
doenças no estado da Paraíba.
(C) há muitos dependentes de
drogas viajando para a Paraíba.
(D) é comum que as pessoas se
encantem com belezas
naturais da Paraíba.
04-No verso, “Tenta chorar e os olhos sente enxutos”, o conectivo oracional indica:
a) junção de ideias, logo é conjunção aditiva
b) disjunção de ideias, logo é conj. Alternativa
c) contraste de ideias, logo é conj. Adversativa
d) oposição de ideias, logo é conj. Concessiva
e) sequência de ideias, logo é conj. Conclusiva.
05-Fez isso ______ não conseguiu o resultado.
___A_________________B_______________
Qual das alternativas abaixo preenche a lacuna, indicando que B é um fato anterior a A?
a) entretanto
b) pois
c) porém
d) enquanto
e) e.
Qual das alternativas abaixo preenche a lacuna, indicando que B é um fato anterior a A?
a) entretanto
b) pois
c) porém
d) enquanto
e) e.
06-"Deus não fala comigo, e eu sei que Ele me escuta.” O conectivo “e” pode ser substituído, sem contrariar o sentido, por:
a) ou.
b) no entanto
c) porém
d) porquanto
e) nem
07-Fuvest
No período: "Ainda que fosse bom jogador, não ganharia a partida", a oração destacada encerra idéia de:
No período: "Ainda que fosse bom jogador, não ganharia a partida", a oração destacada encerra idéia de:
08-“Maria das Dores entra e vai abrir o comutador. Detenho-a: não quero luz.“
Os dois pontos ( : ) usados acima estabelecem uma relação de subordinação entre as orações. Que tipo de subordinação?
a) Temporal.
b) Final.
c) Causal.
d) Concessiva.
e) Conclusiva.
09-?
10-Essa avó era muito engraçada, alta, grandona, sempre escrevendo no computador. Seu nome encantado era Lilibeth. Ela era um pouco diferente das outras avós, porque era uma bruxa. Pouca gente sabia disso: era segredo. Mas ela era bruxa boa, claro, das que fazem feitiço para proteger as pessoas e assustar as bruxas más...”
(LUFT, Lia. Histórias de Bruxa Boa. Rio de Janeiro: Record, 2004.)
Da leitura do trecho do livro de Lia Luft, identifica-se que o texto é predominantemente
(A) uma descrição, porque apresenta características de uma pessoa.
(B) uma poesia narrativa, pois conta liricamente a história da avó.
(C) uma dissertação, porque fornece argumentos sobre a personalidade da avó.
(D) uma publicidade, pois convence o leitor de que as bruxas são boas.
11-Leia o poema:
A natureza é sábia
Mas não compreende um fato
Por que só tem uma mãe
E tanto parente chato?
Millôr Fernandes.
“Por que”, no terceiro verso da estrofe acima, tem como finalidade introduzir
(A) uma contradição.
(B) uma explicação.
(C) um questionamento.
(D) uma finalização.
12-?
13-A professora chegou na sala e disse aos alunos:
- Não olhem para os lados. Leiam atentamente todos os enunciados da prova. Concentrem-se nas respostas e boa sorte.
Os verbos usados na fala da professora indicam um
(A) pedido.
(B) comando.
(C) favor.
(D) agradecimento.
14-Leia:
– Dona Francisca, onde você vai tão apressada?
– Tenho um filho pequeno, vou levar ele na escola.
No diálogo, constata-se a linguagem coloquial.
A expressão destacada pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, pela forma culta
(A) vou levar ele a escola.
(B) vou levar-lhe à escola.
(C) vou levá-lo à escola.
(D) vou levar-lhe a escola.
15-Leia: No Escritório
“Eu
... posso não vir trabalhar amanhã?” pergunta o empregado de uma firma a
seu chefe. “...Minha mulher está fazendo muita questão para que eu
fique em casa para ajudá-la num faxinão que está querendo fazer!...”
“Nem pensar!”, respondeu o chefe. “Com todo esse serviço que temos aqui pra dar conta, nem pensar!”
“O...senhor está querendo me dizer que a resposta é...não?”
“Exatamente isso!” Millôr Fernandes ( com adaptações)
O texto recorre ao recurso das reticências para
(A) reforçar as expressões trabalhadas.
(B) indicar as falas das personagens.
(C)indicar pausas que ocorrem na oralidade.
(D)apresentar a importância deste recurso no texto.
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