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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO: ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA DISCIPLINA: DISCIPLINA: ENSINO DE ANÁLISE LINGUÍSTICA PROFESSORA: ÁUREA ZAVAM ALUNA: MARIA CELESTE BRAGA SALES PINHEIRO Será orgulho? Será preconceito? Será ignorância? Ou isso e muito mais?





Será orgulho? Será preconceito? Será ignorância? Ou isso e muito mais?

Maria Celeste Braga Sales Pinheiro.

O ensino de gramática nas escolas está mudando? Às vezes parece que sim, outras que não. Alguns resultados de pesquisas afirmam que sim. A realidade do dia-a-dia mostra o inverso.
            Verdade mesmo é o fato de que não se pode dizer que não se tenha tentado ou que se continue tentando mudar. Pelo menos por parte dos novos professores formados que tiveram uma experiência com o método inovador pregado pela Linguística e pela Sociolinguística e acabaram se apaixonando pelas propostas. Mas, os cultivadores desses ideais, embora em número razoável e crescente, ainda são limitados ou até mesmo depreciados pelos sistemas das instituições de ensino.
            O que se sabe é que, não é mais possível aceitar que a gramática tradicional ou normativa continue sendo considerada doutrina sagrada, indefectível, irrefutável, pois, dessa forma só vem a corroborar com a ideia de que o ensino de gramática nas escolas tende a ser preconceituoso e antipático uma vez que trata seus preceitos de forma inflexível.
 Para a escola e para os gramáticos parece que pouco importa os estudos feitos pelos linguistas, sociolinguistas e estilistas que mostram e demonstram à instabilidade constitutiva que envolve o funcionamento da língua ou simplesmente fazem vistas grossas acerca desse fato.
Talvez, os gramáticos acreditem que o que se quer é a extinção da gramática, o que não é verdade. O que se espera é que haja uma reformulação quanto aos seus ideais  cristalizados e canonizados.
            Em síntese, não nos mostramos inteiramente contra a gramática. Nós só propomos que haja uma abertura às considerações dos linguistas, para que haja um equilíbrio entre essas duas propostas ou tipos de ensino (tradicional e inovador). Em outras palavras, o objetivo do ensino da língua não é o de ensinar o que a gramática denomina de norma e impõe como regra, o objetivo deve ser o de mostrar ao aluno que regra existe, mas no plural, fato que deve ser demonstrado pelo professor ao “criar situações de experiências linguísticas diferenciadas e continuadas para que o aluno estenda o conhecimento que ele tem da sua língua, da sua variedade vernacular para outras, sociais, estilísticas”. 


FORTALEZA-CE
2002

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