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O ufanismo (jactância ou auto-vangloriação de um país) é uma expressão utilizada no Brasil em alusão a uma obra escrita pelo conde Afonso Celso cujo título é Porque me Ufano do Meu País.
O adjetivo ufano provém da língua espanhola e significa a vanglória de um grupo arrogando a si méritos extraordinários. Portanto, no caso do Brasil, pode-se afirmar que o ufanismo é a atitude ou posição tomada por determinados grupos que enaltecem o potencial brasileiro, suas belezas naturais, riquezas e potenciais.
Na verdade os ufanistas acabavam por extrapolar ao se vangloriar desmedidamente das riquezas brasileiras, muitas vezes expondo a si e ao país a uma situação que seria interpretada por outros como jactância, bazófia e vaidade.
O governo militar brasileiro iniciou um período de campanhas ufanistas para conquistar simpatia da população.1 Assim, surgiram os slogans "Ninguém segura este país" e "Brasil, ame-o ou deixe-o", e as músicas com refrão "Eu te amo, meu Brasil, eu te amo; ninguém segura a juventude do Brasil", "“Este é um país que vai pra frente (…)".1 O hino da Copa de 1970 era cantado pelo país: "noventa milhões em ação, pra frente, Brasil do meu coração (…) Salve a seleção".1 2 A euforia gerada na população pela vitória na primeira transmissão ao vivo de uma Copa levava-a às ruas para cantar versinhos patrióticos, misturando governo e futebol em um carnaval fora de época.1 2 3
O adjetivo ufano provém da língua espanhola e significa a vanglória de um grupo arrogando a si méritos extraordinários. Portanto, no caso do Brasil, pode-se afirmar que o ufanismo é a atitude ou posição tomada por determinados grupos que enaltecem o potencial brasileiro, suas belezas naturais, riquezas e potenciais.
Na verdade os ufanistas acabavam por extrapolar ao se vangloriar desmedidamente das riquezas brasileiras, muitas vezes expondo a si e ao país a uma situação que seria interpretada por outros como jactância, bazófia e vaidade.
O governo militar brasileiro iniciou um período de campanhas ufanistas para conquistar simpatia da população.1 Assim, surgiram os slogans "Ninguém segura este país" e "Brasil, ame-o ou deixe-o", e as músicas com refrão "Eu te amo, meu Brasil, eu te amo; ninguém segura a juventude do Brasil", "“Este é um país que vai pra frente (…)".1 O hino da Copa de 1970 era cantado pelo país: "noventa milhões em ação, pra frente, Brasil do meu coração (…) Salve a seleção".1 2 A euforia gerada na população pela vitória na primeira transmissão ao vivo de uma Copa levava-a às ruas para cantar versinhos patrióticos, misturando governo e futebol em um carnaval fora de época.1 2 3
Referências
- ↑ a b c d e Classificação Indicativa no Brasil: desafios e perspectivas (PDF). Ministério da Justiça pp. 87. Ministério Público do Estado de Goiás (2006). Página visitada em 9 de dezembro de 2011. "Empenhados em reforçar as boas intenções do regime, os militares inauguram um período de campanhas ufanistas. Época do “Brasil Grande”. Surgem slogans como “Ninguém segura este país”, “Brasil, ame-o ou deixeo”, onde “amar” era sinônimo de aceitação do arbítrio institucionalizado e “deixe-o”, justificativa para as prisões e o exílio - forçado ou voluntário - a que centenas de pessoas foram submetidas. A dupla Dom e Ravel explodia em rádios e programas de televisão com o refrão: “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo; ninguém segura a juventude do Brasil”. Nas escolas, as crianças cantavam “Este é um país que vai pra frente (…)”. O hino da Copa de 1970 brandia “Noventa milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração”."
- ↑ a b "TODOS JUNTOS VAMOS, PRA FRENTE BRASIL" - O FUTEBOL, OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, O PÚBLICO E O PRIVADO (PDF) pp. 764. Revista Extraprensa. Página visitada em 9 de dezembro de 2011. "Elio Gaspari […] Narra assim a conquista do Tri: "O país cantava: noventa milhões em ação, pra frente, Brasil do meu coração (…) Salve a seleção. Nunca se vira algo igual. Fora a primeira Copa transmitida ao vivo, e as multidões vitoriosas iam às ruas com os versinhos patrióticos que empanturravam as transmissões dos jogos. […] Falava-se de um 'Brasil Grande', 'Brasil Potência'. Distribuíam-se adesivos com a inscrição 'Brasil, ame-o ou deixe-o'. País, futebol, Copa, seleção e governo misturavam-se num grande Carnaval de junho"."
- ↑ O Futebol na Telinha: A Relação Entre o Esporte Mais Popular do Brasil e a Mídia (PDF) pp. 9. Intercom (maio de 2010). Página visitada em 9 de dezembro de 2011. "O sentimento de integração nacional continua e atinge seu apogeu na ditadura militar. O Brasil é exaltado como um país integrado através do futebol e o tema musical da Copa de 70 mostra bem essa mistura ufanista com progressista e integracionista: “noventa milhões em ação, pra frente Brasil, do meu coração […] De repente é aquela corrente pra frente parece que todo o Brasil deu a mão. Todos unidos na mesma emoção, tudo é um só coração. Todos juntos vamos, pra frente Brasil, salve a seleção”."
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