terça-feira, 13 de março de 2012

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

Em destaque, países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O português é primeira língua em Angola, Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe e Moçambique.

A língua portuguesa é também a língua oficial de Cabo Verde, da Guiné-Bissau e uma das línguas oficiais da Guiné Equatorial (com o espanhol e o francês), de Timor-Leste (com o tétum) e de Macau (com o chinês). É bastante falado, mas não oficial, em Andorra, Luxemburgo, Namíbia e Paraguai. Crioulos de base portuguesa são as línguas maternas da população de Cabo Verde e de parte substancial dos guineenses e são-tomenses.

O português é falado por cerca de 190 milhões de pessoas na América do Sul, 16 milhões de africanos, 12 milhões de europeus, dois milhões na América do Norte e 330 mil na Ásia.

Dentre as línguas, oficiais e primeiras, faladas numa significativa quantidade de países, o Português é a única cujos países falantes (7 nações) não fazem fronteira com outro país da mesma língua. Tal não ocorre com o Inglês, com o Francês, o Espanhol, o Árabe. Os territórios colonizados por Portugal não se sub-dividiram em diversos países, como ocorreu com as colônias da Espanha nas Américas, com as colônias da França e do Reino Unido na África. Nem os países originados pela expansão árabe islâmica pela Ásia e África mantiveram a unidade política.

A CPLP ou Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é uma organização internacional constituída pelos oito países independentes que têm o português como língua oficial. O português é também uma língua oficial da União Europeia, Mercosul e uma das línguas oficiais e de trabalho da União Africana. A União Latina é outra organização internacional constituída por países de línguas românicas como o português. A língua portuguesa tem ganhado popularidade como língua de estudo na África, América do Sul e Ásia.

Países e Regiões de Língua Oficial Portuguesa

Angola
Brasil
Cabo Verde
Guiné-
-Bissau
Macau
Moçambique
Portugal
São Tomé
e Príncipe
Timor-Leste


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Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
Bandeira CPLP.svg.png
Bandeira Oficial
CPLP map-pt.svg
Fundação 17 de julho de 1996 (15 anos)
Tipo Organização internacional
Sede Lisboa, Portugal
Membros Angola
Brasil
Cabo Verde
Guiné-Bissau
 Moçambique
 Portugal
 São Tomé e Príncipe
Timor-Leste
Observadores:
Guiné Equatorial
Maurícia
Senegal
Línguas oficiais Português
Secretário Executivo Domingos Simões Pereira [1]
Sítio oficial http://www.cplp.org/ www.cplp.org
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é uma organização assinada entre países lusófonos, que instiga a aliança e a amizade entre os signatários. A sua sede fica em Lisboa e seu actual Secretário Executivo é Domingos Simões Pereira, da Guiné-Bissau.[1] Promove a data de 5 de Maio como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura, celebrado em todo o espaço lusófono.

Índice

 [esconder

[editar] História

A CPLP foi criada em 17 de Julho de 1996 por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. No ano de 2002, após conquistar independência, Timor-Leste foi acolhido como país integrante. Na atualidade, são oito os países integrantes da CPLP.
Apesar da iniciativa, a CPLP é uma organização recente que busca pôr em prática os objectivos de integração dos territórios lusófonos. Em 2005, numa reunião em Luanda, Angola, a CPLP decidiu que no dia 5 de Maio seria comemorado o Dia da Cultura Lusófona pelo mundo.
No decorrer da VI Conferência de Chefes de Estado e de Governo realizada em Bissau em julho de 2006, foram admitidos como dois observadores associados: a Guiné Equatorial e as Maurícias. Na Cimeira de Lisboa, que teve lugar no dia 25 de julho de 2008, foi a vez da formalização da admissão do Senegal como observador associado.

[editar] Membros

A CPLP é formada por oito Estados soberanos cuja língua oficial ou uma delas é a língua portuguesa. Eles estão espalhados por todos os cinco continentes habitados da Terra, uma vez que há um na América, um na Europa, cinco na África e um transcontinental entre a Ásia e a Oceania. São eles: a República de Angola, a República Federativa do Brasil, a República de Cabo Verde, a República da Guiné-Bissau, a República de Moçambique, a República Portuguesa, a República Democrática de São Tomé e Príncipe e a República Democrática de Timor-Leste.
Além dos membros plenos e efetivos, há três observadores associados que são a República da Guiné Equatorial, a República de Maurícia e a República do Senegal. Todos os três localizam-se no continente africano, mas apenas um tem o português como língua oficial, a Guiné Equatorial.[2]
A CPLP possui também observadores consultivos, que são as entidades e organizações civis listadas abaixo.[3]
País/Região Observadores consultivos
Angola
  • Fundação Agostinho Neto
  • Fundação Eduardo dos Santos
Brasil
Cabo Verde
  • Fundação Amílcar Cabral
Macau
  • Instituto Internacional de Macau
 Portugal
 São Tomé e Príncipe
  • Fundação Novo Futuro
Flag CPLP.gif CPLP

[editar] Candidatos

País/Região Estatuto de interesse' Língua oficial Continente População Referência Possível data de discussão
 Andorra Observador associado Catalão Europa 71.822 [4] 2010 - VIII Cimeira da CPLP - Luanda
 Marrocos Observador associado Árabe África 33.757.175 [4][5] 2010 - VIII Cimeira da CPLP - Luanda
Filipinas Observador associado Filipino e inglês Ásia 90.500.000 [4] 2010 - VIII Cimeira da CPLP - Luanda
Flag of Galicia.svg Galiza Observador associado Galego e castelhano Europa 2.762.198 [6] Dependente da aprovação do governo espanhol
Macau Membro Português e chinês (cantonês) Ásia 520.400 [4] Dependente da aprovação do governo chinês
Flag of Malacca.svg Malaca Observador associado Malaio Ásia 733.000 [6] Dependente da aprovação do governo malaio
Índia Goa Membro Concani e Português Ásia 1.625.438 [6] Dependente da aprovação do governo indiano
 Croácia Observador associado Croata Europa 4.453.500 [7] 2012 - IX Cimeira da CPLP
 Roménia Observador associado Romeno Europa 22.246.862 [7] 2012 - IX Cimeira da CPLP
 Ucrânia Observador associado Ucraniano Europa 46.372.700 [7] 2012 - IX Cimeira da CPLP
Indonésia Observador associado Indonésio Ásia 234.693.997 [5] 2012 - IX Cimeira da CPLP
 Venezuela Observador associado Espanhol América do Sul 28,199,822 [7] 2012 - IX Cimeira da CPLP

[editar] Uruguai

Devido ao passado do Uruguai (que já foi território português e brasileiro), e ao crescente número de falantes na fronteira com o Brasil, o ensino do português se tornou obrigatório a partir da 6.ª série.[8]

[editar] Galiza

Amparado na tradicional corrente científica dos grandes filólogos e romanistas que afirmam serem o galego e o português dois dialectos do mesmo idioma ou um diassistema linguístico, o movimento reintegracionista galego[9] defende o ingresso da Galiza na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, objectivando a reinserção do galego no espaço lusófono. Neste contexto, é de notar que a Academia Galega da Língua Portuguesa tem já a sua autoridade reconhecida pela CPLP, com o estatuto de Observador Consultivo.[10].

Os membros da CPLP estão em vermelho, associados em lilás e potenciais membros em amarelos.
Em Fevereiro de 2006, Anxela Bugallo, então responsável pela pasta da cultura no governo autónomo da Galiza, reiterou o interesse do governo galego numa adesão oficial da Galiza como membro-pleno da CPLP.[11]
Embora haja tentativas[6] de personalidades e colectivos que defendam a integração oficial plena da Galiza na CPLP, só há três entidades a nível nacional que a defendam abertamente: a Associação de Amizade Galiza-Portugal, a AGAL e o Movimento Defesa da Língua, assim como, em Portugal e nos demais países nos que este se encontra representado, o Movimento Internacional Lusófono.[12]

[editar] Guiné Equatorial e Maurícia

Alguns países da África têm idiomas crioulos derivados do português, graças à presença portuguesa no continente desde o século XV. A Guiné Equatorial e a Maurícia (sem mencionar Marrocos, que também pediu o estatuto de observador), apesar de falar outros idiomas (a Maurícia tem o inglês como língua oficial, e a Guiné Equatorial, o francês e o espanhol). Os seus governos buscaram, mesmo assim, obter o estatuto de Observador junto da CPLP. Na VI Conferência de Chefes de Estado e de Governo, realizada em Bissau em Julho de 2006, a República Maurícia e a Guiné Equatorial obtiveram o estatuto de Observador Associado, e, na VII Conferência, em Lisboa em Julho de 2008, estão presentes pela primeira vez nessa qualificação.
A Guiné Equatorial decidiu, em 2007, adotar o português como língua oficial para ascender, plenamente, ao estatuto de membro permanente da Comunidade num futuro próximo, o que aconteceu a partir de 1 de Janeiro de 2009.[13][14][15][16][17][18]

[editar] Macau

Macau foi o último território ultramarino português a ser descolonizado, sendo devolvido à China em 1999. Ainda mantém vivos traços da cultura portuguesa. O português é uma das línguas oficiais deste território. O pedido para a obtenção do estatuto de "Observador Associado" não foi ainda efectuado pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau - RAEM, entretanto em 2006, durante o II Encontro Ministerial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o Secretário Executivo-Adjunto da CPLP, embaixador Tadeu Soares, em representação da CPLP endereçou um convite ao Chefe do Executivo, Edmundo Ho Hau Wa, no sentido de a RAEM se tornar Observador Associado da Organização.

[editar] Estrutura


IV Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, Brasília, 1 de agosto de 2002.
A Comunidade é regida pelo Secretariado Executivo, que estuda, escolhe e implementa planos políticos para a organização. Fica localizada em Lisboa. O mandato do Secretário Executivo dura dois anos, passível de uma reeleição.
A Conferência dos Chefes de Estado e de Governo, bienal, estuda as prioridades e os resultados da CPLP. O plano de acção é tomado pelo Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros e Relações Exteriores, que acontece anualmente. Há ainda encontros mensais do Comité de Concertação Permanente
A bandeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ostenta oito asas em formato de círculo. Cada uma dessas asas representa um membro da CPLP. Antes da filiação oficial de Timor-Leste, havia sete asas.

[editar] Secretários executivos

Nome Início Término Nacionalidade
Marcolino Moco 17 de Julho de 1996 Julho de 2000 Angolano
Dulce Maria Pereira Julho de 2000 1 de Agosto de 2002 Brasileiro
João Augusto de Médicis 1 de Agosto 2002 Abril de 2004 Brasileiro
Zeferino Martins (interino) Abril de 2004 Julho de 2004 Moçambicano
Luís de Matos Monteiro da Fonseca Julho de 2004 Julho de 2008 Cabo-verdiano
Domingos Simões Pereira Julho de 2008 Presente Guineense

[editar] Estatísticas

[editar] Críticas

Para sociólogos e críticos, a CPLP frustrou as expectativas que levaram à sua criação em 1996. Nenhum dos países-membros está no patamar dos 20 países mais humanamente desenvolvidos, com a excecção de Portugal. Segundo Boaventura de Sousa Santos, "a CPLP está demasiadamente focada em dois países", que são Portugal e Brasil; outros acusam esses dois países de praticarem neocolonialismo. Notam também a falta de intervenção da CPLP em fases muito críticas como as cheias de Moçambique.[19]

[editar] Desporto

A CPLP é responsável pela organização dos Jogos da CPLP, evento desportivo dirigido aos jovens lusófonos com idade igual ou inferior a 16 anos. A próxima edição dos Jogos da CPLP será em Mafra em 2012.

Referências

  1. a b Secretário Executivo. cplp.org. Página visitada em 11 Agosto de 2011.
  2. Agência Lusa (2 de julho de 2007 às 19h 11min 49s). Guiné Equatorial vai adotar língua portuguesa como oficial (em português). Página visitada em 20 de fevereiro de 2010.
  3. Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Lista completa dos Observadores Consultivos (em português). Página visitada em 20 de fevereiro de 2010.
  4. a b c d Ministério dos Negócios Estrangeiros (23 de novembro de 2005). O papel estratégico da CPLP (em português). Página visitada em 20 de fevereiro de 2010.
  5. a b Agência Lusa (19 de novembro de 2008 às 13h 40min). CPLP: Indonésia pretende estatuto de observador - embaixador Lopes da Cruz (em português). Página visitada em 20 de fevereiro de 2010.
  6. a b c d Agência Lusa (10 de julho de 2008 às 20h 50min). CPLP: Galiza com estatuto de observador associado só com «sim» de Madrid (em português). Página visitada em 20 de fevereiro de 2010.
  7. a b c d FIEL, Jorge (16 de julho de 2008). Venezuela, Ucrânia e Croácia querem ser da CPLP (em português). Diário de Notícias. Página visitada em 20 de fevereiro de 2010.
  8. Agência Lusa (5 de novembro de 2007 às 9h 41min). Governo uruguaio torna obrigatório ensino do português (em português). Página visitada em 20 de fevereiro de 2010.
  9. Portal Galego da Língua. História do Reintegracionismo (em português). Página visitada em 20 de fevereiro de 2010.
  10. Resolução sobre a Concessão da Categoria de Observador Consultivo da CPLP, XVI Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Luanda, 22 de Julho de 2011
  11. Xornal de Galicia (22 de fevereiro de 2006 às 11h 36min). Ánxela Bugallo, a Xornal: "O concepto nación non é algo excluínte" (em português). Página visitada em 20 de fevereiro de 2010.
  12. Movimento Internacional Lusófono
  13. Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
  14. Guiné Equatorial dá mais um passo para se tornar membro de pleno de direito da CPLP
  15. Guiné Equatorial oficializa português
  16. Guiné-Equatorial anuncia o português como língua oficial do país
  17. Guiné Equatorial decreta português como terceira língua oficial
  18. Português entre as línguas oficiais de Guiné Equatorial
  19. Agência Lusa (9 de janeiro de 2009 às 20h 39min). CPLP: Organização frustrou expectativas que levaram à sua criação em 1996 - Boaventura Sousa Santos (em português). Página visitada em 20 de fevereiro de 2010.

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas


Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

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