Diacrítico
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Diacríticos |
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acento acento grave ( ` ) acento agudo ( ´ ) acento agudo duplo ( ˝ ) acento grave duplo ( ̏ ) acento circunflexo ( ^ ) acento mácron ( ¯ ) acento bráquia ( ˘ ) caron ( ˇ ) cedilha ( ¸ ) trema / diérese ( ¨ ) ponto ponto mediano ( · ) anunaasika ( ˙ ) anusvara ( ̣ ) chandrabindu ( ँ ঁ ઁ ଁ ఁ ) gancho / dấu hỏi ( ̉ ) corno / dấu móc ( ̛ ) gancho polonês / ogonek ( ˛ ) anel / kroužek ( °) spiritus asper ( ῾ ) spiritus lenis ( ᾿ ) |
Sinais utilizados por vezes como diacríticos |
apóstrofo ( ’ ) barra vertical ( | ) dois pontos ( : ) vírgula ( , ) hífen ( - ) til ( ~ ) titlo( ҃ ) |
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Um diacrítico (do grego διακρητικός, que distingue) é um sinal gráfico que se coloca sobre, sob ou através de uma letra para alterar a sua realização fonética, isto é, o seu som, ou para marcar qualquer outra característica linguística.ģ ú
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Exemplos:
No que diz respeito a acentuação gráfica das palavras, uma ideia equivocada, que geralmente se tem, é achar que são os acentos que fazem com que os fonemas modifiquem seu som. Pensa-se, por exemplo, que é o acento agudo "´" que faz com que /é/ seja pronunciado de modo "mais aberto" do que /e/. Ou então, outro exemplo, algumas pessoas ficam tentando pronunciar "corretamente" o a com crase [à] repetindo duas vezes a pronúncia da vogal [aa].
A linguística moderna esclareceu de uma vez por todas tal equívoco. Trabalhos como os de Ferdinand de Saussure, Roman Jacobson, Emille Benvenist, André Martinet, Louis Hjelmslev e muitos outros que, no século XX, proporcionaram tamanho impulso aos conhecimentos linguísticos, principalmente a linguística estruturalista, tornaram claro que, em todas as línguas, a escrita é uma representação da fala, e não o contrário como se costuma pensar. As letras são uma tentativa de representação dos fonemas da fala, mas apenas tentativa, pois as representações nunca são perfeitas o que é bastante fácil de constatar. Basta lembrar que, dentre os mais variados agrupamentos étnicos do mundo, existem povos cuja língua sequer tem escrita e, no entanto, tais povos (o termo "indígenas" não é adequado; "primitivos" muito menos), se não têm escrita, nem por isso deixam de ter fala, e usam-na normalmente no seu dia-a-dia.
Desse modo, os sinais diacríticos, assim como todo o sistema da escrita, nada mais são do que uma tentativa de representar os sons dos fonemas. O acento de /é/ tem meramente a função gráfica de representar esse som, preexistente na língua, que é a vogal aberta a ele associada.
Usos
- A língua Inglesa apresenta pouquíssimos diacríticos, usados em certas palavras como zoölogist e coöperation (a revista The New Yorker é um exemplo conhecido de publicação que o usa) e para os casos de palavras oriundas de outros idiomas, tais como naïve e café;
Encontram-se muitos diacríticos, porém em menor escala do que nas eslavas nas línguas Escandinavas e Bálticas, bem como em Húngaro, Turco, Romani, Catalão e Galego.
- Várias romanizações da língua chinesa usam o trema, mas apenas no u (ü). No Pinyin, os quatro tons do mandarim são marcados pelo macron, acento agudo, caron e acento grave.
- aimará usa "horn" (chifre) sobre P, T, K, Q, Ch
- guarani usa agudo, e til em todas as vogais mais o Y, N e G, onde esta última sendo a única língua que a usa.
- catalão usa grave, agudo, cedilha e diérese.
- checo usa agudo, caron e anel.
- francês usa grave, agudo, circunflexo, cedilha e diérese.
- italiano usa agudo e grave.
- português usa agudo, grave, circunflexo, til e cedilha; até a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1945 em Portugal, África, Ásia e Oceania e até entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 no Brasil, usa o trema.
- neerlandês usa o trema. Por exemplo em ruïne ele indica que o u e o i são separadamente pronunciados de suas formas normais. Ele funciona como sinal de separação e não como uma indicação de uma versão alternativa do i. Os diacríticos podem ser usados para dar ênfase (érg koud para muito frio) ou para desambiguação entre os numeral um e o artigo um (één appel, uma [numeral] maçã; een appel, uma [artigo] maçã). Os acentos grave e agudo são usados por um pequeno número de palavras, a maioria palavras emprestadas de outros idiomas.
- No estoniano carons no š ou ž podem aparecer apenas em nomes proprios estrangeiros e em palavras emprestadas de outros idiomas, mas podem ser também substituídas por sh ou zh em alguns textos. O apóstrofo pode ser usado na declinação de alguns nomes estrangeiros para separar a raiz de qualquer declinação final; Por exemplo, Monet' ou Monet'sse para os casos genitivo e ilativo, respectivamente, para o famoso pintor Monet.
- Na análise das línguas que usam o alfabeto Latino, pode-se observar:
As consoantes B, F, M, V, X não apresentam diacríticos em nenhuma língua.
As consoantes W (Galês), H (Maltês), J (Esperanto), P e Q (Aimará), Y e G (Tupi e Guarani respectivamente) apresentam diacríticos localizados apenas nessas poucas línguas.
A letra G apresenta, considerando diversos idiomas, 6 tipos diferentes de diacríticos; N e S apresentam, cada, 5 tipos; 4 são os diacríticos para o L;
C, S, Z apresentam diacríticos em grande quantidade de idiomas.
Há menos usos de diacríticos para D, T, R, K;
Desafios na informática
O advento da ciência da informação e da ampla distribuição de textos codificados em computador entre várias culturas trouxe um desafio de representação dos sinais diacríticos. Um dos resultados é o problema conhecido como Mojibake, criado (entre outras situações) quando não há suficiente coerência entre os métodos de codificação de diacríticos empregados em um conjunto de programas de computador.A popularização da World Wide Web (mais conhecida simplesmente como Web ou www) aumentou muito a demanda para a correta representação de sinais diacríticos entre computadores das mais variadas nacionalidades. Por esse motivo a linguagem HTML, muito usada para disponibilizar textos na WWW, inclui um conjunto bastante completo de códigos padronizados para representação de diacríticos. Veja também: Unicode.
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