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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

DIGA AÍ, PROFESSOR!!! E LÍNGUA E LINGUAGEM...



1. Linguagem

A linguagem é um sistema sofisticado de comunicação que revela a capacidade do ser humano em criar um conjunto de signos para representar as entidades da
nossa realidade.

2. Língua

A língua é um sistema abstrato de regras, não só gramatical, mas também semântico e fonológico, através do qual a linguagem (ou fala) se revela.
Parece-nos que Martinet (1971) teria sido o primeiro lingüista a apresentar uma distinção clara entre língua e linguagem. Segundo ele, a linguagem designa
propriamente a faculdade de que os homens dispõem para se compreenderem por meio de signos vocais.

O que é a língua?

Para Martinet, a língua é um instrumento de comunicação por força do qual, de modo variável, de comunidade para comunidade, se analisa a experiência humana
em unidades providas de conteúdo semântico e de expressão fônica.

A conceituação apresentada por Martinet permite que levantemos algumas características da língua: (a) sua função de comunicação social, (b) seu componente
semântico, (c) seu componente fonológico e (d) um certo número de unidades distintivas - produto das articulações.

Martinet conclui, afirmando que a língua só se manifesta no discurso ou, se preferir, nos atos da fala, mas os atos da fala (o discurso) não são a língua.

Portanto, a língua é um sistema abstrato de regras, enquanto a linguagem (ou fala) compreende a totalidade de um comportamento verbal, sendo, pois, sempre
individual.

3. Linguagem escrita

A linguagem escrita é tida como uma tentativa de transpor um sistema oral (a fala ou a oralidade) para um nível gráfico.

4. Oralidade x escrita

Há poucos estudos sobre a diferença entre os dois tipos de linguagem. A modalidade oral, intrinsecamente diferente da escrita, implica um conjunto de recursos,
ausentes na escrita, que auxiliam o falante na comunicação lingüística. Dentre os recursos expressivos, podemos mencionar o timbre da voz, a altura da emissão
vocal, o padrão entonacional, a linguagem gestual, a presença do interlocutor e a capacidade do falante em prender a atenção dos seus ouvintes. Se por um lado
há vantagens no uso da oralidade, a escrita apresenta também a vantagem de servir para a manifestação de conceitos e desenvolvimento de idéias mais bem
elaborados.



É importante observar que a linguagem, enquanto meio de interação social, normalmente dá ensejo à coexistência de diversas funções numa mesma mensagem,
pois elas estão constanemente se inter-relacionando e imbricando, embora, obviamente, haja a preominância de uma das funções, caracterizando, dessa forma, a
comunicação.


A fim de entendermos os diferentes níveis de linguagem e suas mudanças, temos de recorrer à sociolingüística, ramo da lingüística que tem como foco de estudos
a relação direta entre língua e sociedade.

O objetivo principal do estudo dos níveis de fala é encaminhar o estudante a reconhecer as diferenças entre a linguagem padrão e a linguagem coloquial, para que
possa selecionar o registro adequado nas mais diferentes situações decomunicação.

O domínio dos diferentes níveis de linguagem propicia ao falante oportunidades mais efetivas, para que possa promover a adequação da sua linguagem às
exigências do contexto social e, dessa forma, estabelecer uma comunicação ingüística mais eficiente.

1. Linguagem padrão

A linguagem padrão (ou culta), utilizada na comunicação formal, é contrlada por um conjunto de hábitos lingüísticos praticado por uma comunidade sociocultural
privilegiada, com bom índice de escolarização e acesso aos bens culturais das elites. Trata-se de um registro marcado pela obediência às normas gramaticais
ígidas, que evidenciam aspectos elaborados da língua. É a linguagem que tem prestíio junto ao grupo social, servindo de modelo lingüístico para a comunidade em
geral.

2. Linguagem coloquial

A linguagem coloquial, utilizada na comunicação do dia-a-dia, caracteriza-se por uma certa flexibilidade gramatical e evidencia um aspecto mais simples da língua.

A linguagem coloquial pode se dividida em dois tipos: informal e popular. O primeiro, regido pelas normas lingüísticas, revela a linguagem das classes privilegiadas
com um índice maior de educação formal, enquanto o segundo, mais espontâneo, sem a preocupaço de seguir uma gramática disciplinada, é praticado pelas
classes populares da socedade, com acesso restrito à escolarização e aos bens culturais da classe dominante.

3. Dialeto

O dialeto é uma variação regional ou social de uma língua. É uma forma própria de uma língua, praticada por falantes de uma certa região ou de uma classe social
específica, com diferenças lingüísticas na pronúncia, na construção gramatical e na sintaxe, em como no uso do vocabulário.

Normalmente, o falante de um dialeto entende um outro dialeto de sua língua. Há, no entanto, casos em que um dialeto se distancia tanto da linguagem padrão,
que se torna difcil para o falante de outro dialeto entendê-lo, dificultando, assim, a comunicção entre falantes das duas variedades lingüísticas em questão.

4. Gíria

A gíria é uma linguagem peculiar oriunda de um determinado grupo (social ou profissional) que, por ser expressiva, normalmente passa a ser utilizada pela
comunidade em geral.

Há dois tipos de gíria: o de domínio técnico (jargão profissional) e o de domínio popular (social). O jargão é uma linguagem praticada por pesoas que exercem a
mesma atividade, por exemplo, atores, jornalistas, bandidos, prostitutas, enquanto a gíria de domínio popular é praticada por um certo grupo social.

A gíria nasce pela mudança de significado de palavras já existntes na língua (fumo, legal, perua), pela criação de palavras novas (brega, fofoca, rlé) e, até
mesmo, por empréstimos de palavras estrangeiras (boy, cafona, suíngue).

5. Linguagem literária

A linguagem literária está para o escritor assim como as tintas e os pincéis estão para o pintor. É, pois, a linguagem do artista, variedade lingüística que apresenta,
normalmente, bastante rigor em relação às normas prescritas pela gramática.

Em geral, a linguagem literária revela-se apurada e elegante com características diversas: ordenação especial do pensamento, clareza de idéias, vocabulário rico,
precisamente selecionado, e estilo requintado. Trata-se de uma linguagem elaborada em função de uma gama bastante diversificada da experiência humana.

Visto que a escrita não dispõe dos mesmos recursos da fala, os escritores selecionam elementos lingüísticos - adjetivação e linguagem figurada - que possam
imprimir mais expressividade à linguagem. Muitos autores modernos e contemporâneos registram em suas obras a linguagem coloquial, numa tentativa de
aproximar a linguagem literária da oralidade.

Diante disso, a linguagem literária vem se modificando ao longo das décadas e, s vezes, foge àquelas características tradicionais rígidas. Torna-se uma
linguagemmais flexível e democrática, com o registro de uma outra variedade lingüística.

É importante observar que a linguagem, enquanto meio de interação social, normalmente dá ensejo à coexistência de diversas funções numa mesma mensagem, pois elas estão constanemente se inter-relacionando e imbricando, embora, obviamente, haja a preominância de uma das funções, caracterizando, dessa forma, a comunicação.


A fim de entendermos os diferentes níveis de linguagem e suas mudanças, temos de recorrer à sociolingüística, ramo da lingüística que tem como foco de estudos
a relação direta entre língua e sociedade.

O objetivo principal do estudo dos níveis de fala é encaminhar o estudante a reconhecer as diferenças entre a linguagem padrão e a linguagem coloquial, para que possa selecionar o registro adequado nas mais diferentes situações decomunicação.

O domínio dos diferentes níveis de linguagem propicia ao falante oportunidades mais efetivas, para que possa promover a adequação da sua linguagem às exigências do contexto social e, dessa forma, estabelecer uma comunicação ingüística mais eficiente.


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