1. Linguagem
A linguagem é um
sistema sofisticado de comunicação que revela a capacidade do ser humano em
criar um conjunto de signos para representar as entidades da
nossa realidade.
2. Língua
A língua é um sistema
abstrato de regras, não só gramatical, mas também semântico e fonológico,
através do qual a linguagem (ou fala) se revela.
Parece-nos que Martinet
(1971) teria sido o primeiro lingüista a apresentar uma distinção clara entre
língua e linguagem. Segundo ele, a linguagem designa
propriamente a
faculdade de que os homens dispõem para se compreenderem por meio de signos
vocais.
O que é a língua?
Para Martinet, a língua
é um instrumento de comunicação por força do qual, de modo variável, de
comunidade para comunidade, se analisa a experiência humana
em unidades providas de
conteúdo semântico e de expressão fônica.
A conceituação
apresentada por Martinet permite que levantemos algumas características da
língua: (a) sua função de comunicação social, (b) seu componente
semântico, (c) seu
componente fonológico e (d) um certo número de unidades distintivas - produto
das articulações.
Martinet conclui,
afirmando que a língua só se manifesta no discurso ou, se preferir, nos atos da
fala, mas os atos da fala (o discurso) não são a língua.
Portanto, a língua é um
sistema abstrato de regras, enquanto a linguagem (ou fala) compreende a
totalidade de um comportamento verbal, sendo, pois, sempre
individual.
3. Linguagem escrita
A linguagem escrita é
tida como uma tentativa de transpor um sistema oral (a fala ou a oralidade)
para um nível gráfico.
4. Oralidade x escrita
Há poucos estudos sobre
a diferença entre os dois tipos de linguagem. A modalidade oral,
intrinsecamente diferente da escrita, implica um conjunto de recursos,
ausentes na escrita,
que auxiliam o falante na comunicação lingüística. Dentre os recursos
expressivos, podemos mencionar o timbre da voz, a altura da emissão
vocal, o padrão
entonacional, a linguagem gestual, a presença do interlocutor e a capacidade do
falante em prender a atenção dos seus ouvintes. Se por um lado
há vantagens no uso da
oralidade, a escrita apresenta também a vantagem de servir para a manifestação
de conceitos e desenvolvimento de idéias mais bem
elaborados.
É importante observar
que a linguagem, enquanto meio de interação social, normalmente dá ensejo à
coexistência de diversas funções numa mesma mensagem,
pois elas estão
constanemente se inter-relacionando e imbricando, embora, obviamente, haja a
preominância de uma das funções, caracterizando, dessa forma, a
comunicação.
A fim de entendermos os
diferentes níveis de linguagem e suas mudanças, temos de recorrer à
sociolingüística, ramo da lingüística que tem como foco de estudos
a relação direta entre
língua e sociedade.
O objetivo principal do
estudo dos níveis de fala é encaminhar o estudante a reconhecer as diferenças
entre a linguagem padrão e a linguagem coloquial, para que
possa selecionar o
registro adequado nas mais diferentes situações decomunicação.
O domínio dos
diferentes níveis de linguagem propicia ao falante oportunidades mais efetivas,
para que possa promover a adequação da sua linguagem às
exigências do contexto
social e, dessa forma, estabelecer uma comunicação ingüística mais eficiente.
1. Linguagem padrão
A linguagem padrão (ou
culta), utilizada na comunicação formal, é contrlada por um conjunto de hábitos
lingüísticos praticado por uma comunidade sociocultural
privilegiada, com bom
índice de escolarização e acesso aos bens culturais das elites. Trata-se de um
registro marcado pela obediência às normas gramaticais
ígidas, que evidenciam
aspectos elaborados da língua. É a linguagem que tem prestíio junto ao grupo
social, servindo de modelo lingüístico para a comunidade em
geral.
2. Linguagem coloquial
A linguagem coloquial,
utilizada na comunicação do dia-a-dia, caracteriza-se por uma certa flexibilidade
gramatical e evidencia um aspecto mais simples da língua.
A linguagem coloquial
pode se dividida em dois tipos: informal e popular. O primeiro, regido pelas
normas lingüísticas, revela a linguagem das classes privilegiadas
com um índice maior de educação
formal, enquanto o segundo, mais espontâneo, sem a preocupaço de seguir uma
gramática disciplinada, é praticado pelas
classes populares da
socedade, com acesso restrito à escolarização e aos bens culturais da classe
dominante.
3. Dialeto
O dialeto é uma
variação regional ou social de uma língua. É uma forma própria de uma língua,
praticada por falantes de uma certa região ou de uma classe social
específica, com
diferenças lingüísticas na pronúncia, na construção gramatical e na sintaxe, em
como no uso do vocabulário.
Normalmente, o falante
de um dialeto entende um outro dialeto de sua língua. Há, no entanto, casos em
que um dialeto se distancia tanto da linguagem padrão,
que se torna difcil
para o falante de outro dialeto entendê-lo, dificultando, assim, a comunicção
entre falantes das duas variedades lingüísticas em questão.
4. Gíria
A gíria é uma linguagem
peculiar oriunda de um determinado grupo (social ou profissional) que, por ser
expressiva, normalmente passa a ser utilizada pela
comunidade em geral.
Há dois tipos de gíria:
o de domínio técnico (jargão profissional) e o de domínio popular (social). O
jargão é uma linguagem praticada por pesoas que exercem a
mesma atividade, por
exemplo, atores, jornalistas, bandidos, prostitutas, enquanto a gíria de
domínio popular é praticada por um certo grupo social.
A gíria nasce pela
mudança de significado de palavras já existntes na língua (fumo, legal, perua),
pela criação de palavras novas (brega, fofoca, rlé) e, até
mesmo, por empréstimos
de palavras estrangeiras (boy, cafona, suíngue).
5. Linguagem literária
A linguagem literária
está para o escritor assim como as tintas e os pincéis estão para o pintor. É,
pois, a linguagem do artista, variedade lingüística que apresenta,
normalmente, bastante
rigor em relação às normas prescritas pela gramática.
Em geral, a linguagem
literária revela-se apurada e elegante com características diversas: ordenação
especial do pensamento, clareza de idéias, vocabulário rico,
precisamente
selecionado, e estilo requintado. Trata-se de uma linguagem elaborada em função
de uma gama bastante diversificada da experiência humana.
Visto que a escrita não
dispõe dos mesmos recursos da fala, os escritores selecionam elementos
lingüísticos - adjetivação e linguagem figurada - que possam
imprimir mais
expressividade à linguagem. Muitos autores modernos e contemporâneos registram
em suas obras a linguagem coloquial, numa tentativa de
aproximar a linguagem
literária da oralidade.
Diante disso, a
linguagem literária vem se modificando ao longo das décadas e, s vezes, foge
àquelas características tradicionais rígidas. Torna-se uma
linguagemmais flexível
e democrática, com o registro de uma outra variedade lingüística.
É importante observar
que a linguagem, enquanto meio de interação social, normalmente dá ensejo à
coexistência de diversas funções numa mesma mensagem, pois elas estão
constanemente se inter-relacionando e imbricando, embora, obviamente, haja a
preominância de uma das funções, caracterizando, dessa forma, a comunicação.
A fim de entendermos os
diferentes níveis de linguagem e suas mudanças, temos de recorrer à
sociolingüística, ramo da lingüística que tem como foco de estudos
a relação direta entre
língua e sociedade.
O objetivo principal do
estudo dos níveis de fala é encaminhar o estudante a reconhecer as diferenças
entre a linguagem padrão e a linguagem coloquial, para que possa selecionar o
registro adequado nas mais diferentes situações decomunicação.
O domínio dos
diferentes níveis de linguagem propicia ao falante oportunidades mais efetivas,
para que possa promover a adequação da sua linguagem às exigências do contexto
social e, dessa forma, estabelecer uma comunicação ingüística mais eficiente.
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