1. FONEMA X LETRA - A LETRA NEM SEMPRE CORRESPONDE AO SOM, O SOM NEM SEMPRE CORRESPONDE À LETRA.
2. NA DÚVIDA, SEMPRE SEPARE AS SÍLABAS
3. NA DÚVIDA SEMPRE FAÇA A TRANSCRIÇÃO FONÉTICA
A Fonética é o ramo da Linguística que estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana. Preocupa-se com a parte significante do signo linguístico e não com o seu conteúdo[1]. Segundo Borba[1], subdivide-se em:
- Fonética articulatória: estuda como os sons são produzidos, isto é, a posição e a função de cada um dos órgãos do aparelho fonador (língua, lábios, etc.);
- Fonética acústica: analisa as características físicas dos sons da fala, ou seja, as ondas mecânicas produzidas e a sua percepção auditiva;
A unidade básica de estudo para a Fonética é o fone. A fala humana é capaz de produzir inúmeros fones. A forma mais comum de representar os fones pelos linguistas é através do Alfabeto Fonético Internacional (AFI), desenhado pela Associação Internacional de Fonética (I.P.A.).
Alguns fones são auditivamente próximos entre si a ponto de se tornarem indistinguíveis. Por exemplo, o som de "rr" em alguns dialetos do português do Brasil é realizado foneticamente pela consoante fricativa velar surda (x no AFI). Entretanto, essa pode ser substituída pela consoante fricativa glotal surda (h no AFI) que a palavra que nela estiver continuará a ser reconhecida. A esse fenômeno, dá-se em fonologia o nome de alofonia. Assim, [x] e [h] são alofones do "erre" forte em português brasileiro. Um grupo composto de um fone e seus alofones para os falantes de um idioma é denominado fonema. Deve-se ressaltar que a alofonia entre dois fones é relativa. Por exemplo, no Alemão compõem fonemas separados.
O estudo dos fonemas é desenvolvido pela Fonologia. A fonologia e a fonética são frequentemente confundidas porque os conceitos de fone e fonema também geram confusão.
Ver também
fonema = menor elemento sonoro capaz de estabelecer distinção de significado.
(pata ≠ bata ≠ mata ≠ nata ...)
Há quatro os critérios de classificação para as vogais:
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abertas - a, é, ó (em sílaba tônica ou subtônica)
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fechadas - ê, ô, i, u (em sílabas tônicas, subtônicas ou átonas)
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reduzidas - vogais átonas finais, proferidas fracamente
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papel das cavidades bucal e nasal
As consoantes também apresentam quatro critérios de classificação
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oclusivas - corrente de ar encontra na boca obstáculo total - p, b, t, d, c(=k) e q, g (=guê)
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Observação as consoantes nasais (m, n, nh) são ponto de divergência entre gramáticos, no tocante a agrupá-las como oclusivas ou constritivas. Isso se deve ao fato de a oclusão ser apenas bucal, chegando o ar às fossas nasais onde ressoa. Para Faraco e Moura, são oclusivas. Hildebrando não as coloca em nenhum dos dois grupos.
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surdas - sem vibração - p, t, c(=k), qu, f, s, x
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sonoras - com vibração - b, d, g, v, z, j, l, lh, m, n, nh, r (fraca), rr (forte)
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A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente, de forma melódica.
Os ditongos e tritongos não se separam, porém no hiato cada vogal está numa sílaba diferente.
Em geral, os grupos consonantais onde a segunda letra é l ou r não se separam. (bra-ço, a-tle-ta)
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seqüência de duas vogais em sílabas diferentes. (saúde, cooperar, ruim, crêem)
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dit. crescente - SV + V (glória, qual, freqüente, tênue)
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dit. decrescente - V + SV (pai, chapéu, muito, mãe)
-
dit. oral - os ditongos não nasais são ditos orais.
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uma vogal entre duas semivogais numa só sílaba. (Uruguai, saguões, enxaguou, delinqüem [ueim])
Também podem ser classificados em nasais ou orais, seguindo os mesmos princípios dos ditongos.
Observações -
a é sempre vogal e se estiver acompanhada de outra(s) "vogal" na mesma sílaba, esta será semivogal.
-
i e u geralmente funcionam como semivogais, mas e e o podem também desempenhar este papel.
-
am / em, em fim de palavra, correspondem aos ditongos ao / ei nasalisados
-
falsos ditongos - quando átonos finais, os encontros (ia, ie, io, oa e ua) são normalmente ditongos crescentes, mas também podem ser hiatos. Se esses grupos não forem finais nem átonos, só podem ser hiatos. (his-tó-ria ou ri-a, geo-gra-fi-a, di-e-ta, di-á-li-se, pi-ru-á - marcadas as sílabas tônicas).
-
encontros instáveis - além dos falsos ditongos, são os encontros de i ou u (átonos) com a vogal seguinte (piaga, fel, prior, muar, suor, crueldade, violento, persuadir). Tais encontros, na fala do RJ, tendem a hiatos, segundo Rocha Lima.
-
os encontros de palavras como praia, maio, feio, goiaba e baleia são separados de forma a criar um ditongo e uma vogal sozinha depois.
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1.6. Encontro vocálico
Seqüência de sons vocálicos (vogais e/ou semivogais) que pode ocorrer numa mesma sílaba ou em sílabas separadas. As vogais serão as pronunciadas mais fortes, enquanto as semivogais serão mais fracas na emissão e sempre átonas. São três tipos de encontros vocálicos: hiatos, ditongos e tritongos.
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hiatos
seqüência de duas vogais em sílabas diferentes. (saúde, cooperar, ruim, crêem)
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ditongos
vogal e semivogal pronunciadas numa só sílaba, independente da ordem destas. Estes podem ser classificados em decrescentes ou crescentes e orais ou nasais.
o
dit. crescente - SV + V (glória, qual, freqüente, tênue)
o
dit. decrescente - V + SV (pai, chapéu, muito, mãe)
o
dit. nasal - com índices claros de nasalidade: a presença de ~ e as letras m ou n em fim de sílaba (mão, quando, também [~ei])
o
dit. oral - os ditongos não nasais são ditos orais.
*
tritongos
uma vogal entre duas semivogais numa só sílaba. (Uruguai, saguões, enxaguou, delinqüem [ueim])
Também podem ser classificados em nasais ou orais, seguindo os mesmos princípios dos ditongos.
[Nota] Observações
o
a é sempre vogal e se estiver acompanhada de outra(s) "vogal" na mesma sílaba, esta será semivogal.
o
i e u geralmente funcionam como semivogais, mas e e o podem também desempenhar este papel.
o
am / em, em fim de palavra, correspondem aos ditongos ao / ei nasalisados
o
falsos ditongos - quando átonos finais, os encontros (ia, ie, io, oa e ua) são normalmente ditongos crescentes, mas também podem ser hiatos. Se esses grupos não forem finais nem átonos, só podem ser hiatos. (his-tó-ria ou ri-a, geo-gra-fi-a, di-e-ta, di-á-li-se, pi-ru-á - marcadas as sílabas tônicas).
o
encontros instáveis - além dos falsos ditongos, são os encontros de i ou u (átonos) com a vogal seguinte (piaga, fel, prior, muar, suor, crueldade, violento, persuadir). Tais encontros, na fala do RJ, tendem a hiatos, segundo Rocha Lima.
o
os encontros de palavras como praia, maio, feio, goiaba e baleia são separados de forma a criar um ditongo e uma vogal sozinha depois.
1.7. Encontro consonantal
Seqüência de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, desde que não constituam dígrafo. Podem ocorrer na mesma sílaba ou não (perfeitos/próprios ou imperfeitos/impróprios) - pe-dra, cla-ro, por-ta, lis-ta.
Os encontros (gn, mn, pn, ps, pt e tm) não são muito comuns. Quando iniciais, são inseparáveis. Quando mediais, criam uma pronúncia mais difícil. (gnomo/digno, ptialina/apto). No uso coloquial, há uma tendência a destruir esse encontro, inserindo uma vogal epentética i.
[Nota] Observação
quando x corresponde a cs, há um encontro consonantal fonético. Nesse caso, x é chamado de dífono.
1.8. Dígrafo
Grupo de duas letras, representando um só fonema. São dígrafos em língua portuguesa: lh, nh, ch, rr, ss, qu (+e ou i), gu (+e ou i), sc, sç, xc, além das vogais nasais (V+m ou n - chamados dígrafos vocálicos)
[Nota] Observações
letra diacrítica - segunda letra do dígrafo e não é fonema (membro - 1º m é fonema; o segundo, letra diacrítica). Letra h no início de palavra não é fonema nem forma dígrafo e classifica-se como letra etimológica.
B-C-D-F-G-J-L-M-N-P-R-S-T
ResponderExcluir+
___ATO
Onde eu posso conseguir a transcrição fonetica da música Balaio - para Coral?
ResponderExcluirMARIA CELESTE B.S.P.6 de agosto de 2012 09:31
Excluir???
ZliaBR- INFELIZMENTE NÃO SEI E DESCONHEÇO A MÚSICA.