quinta-feira, 9 de junho de 2011

TRANSCRIÇÃO FONÉTICA - O QUE INTERESSA É A PRONÚNCIA PARA CLASSIFICAR A PALAVRA

DICAS:

1. FONEMA X LETRA - A LETRA NEM SEMPRE CORRESPONDE AO SOM, O SOM NEM SEMPRE CORRESPONDE À LETRA.


2. NA DÚVIDA, SEMPRE SEPARE AS SÍLABAS

3. NA DÚVIDA SEMPRE FAÇA A TRANSCRIÇÃO FONÉTICA


A Fonética é o ramo da Linguística que estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana. Preocupa-se com a parte significante do signo linguístico e não com o seu conteúdo[1]. Segundo Borba[1], subdivide-se em:
  • Fonética articulatória: estuda como os sons são produzidos, isto é, a posição e a função de cada um dos órgãos do aparelho fonador (língua, lábios, etc.);
  • Fonética acústica: analisa as características físicas dos sons da fala, ou seja, as ondas mecânicas produzidas e a sua percepção auditiva;


A unidade básica de estudo para a Fonética é o fone. A fala humana é capaz de produzir inúmeros fones. A forma mais comum de representar os fones pelos linguistas é através do Alfabeto Fonético Internacional (AFI), desenhado pela Associação Internacional de Fonética (I.P.A.).

Alguns fones são auditivamente próximos entre si a ponto de se tornarem indistinguíveis. Por exemplo, o som de "rr" em alguns dialetos do português do Brasil é realizado foneticamente pela consoante fricativa velar surda (x no AFI). Entretanto, essa pode ser substituída pela consoante fricativa glotal surda (h no AFI) que a palavra que nela estiver continuará a ser reconhecida. A esse fenômeno, dá-se em fonologia o nome de alofonia. Assim, [x] e [h] são alofones do "erre" forte em português brasileiro. Um grupo composto de um fone e seus alofones para os falantes de um idioma é denominado fonema. Deve-se ressaltar que a alofonia entre dois fones é relativa. Por exemplo, no Alemão compõem fonemas separados.

O estudo dos fonemas é desenvolvido pela Fonologia. A fonologia e a fonética são frequentemente confundidas porque os conceitos de fone e fonema também geram confusão.

Ver também


A palavra falada constitui-se de uma combinação de unidades mínimas de som (fonemas). Essas unidades sonoras são representadas graficamente na escrita através de letras. Não se deve confundir fonema com letra. Um é o elemento acústico, enquanto o outro é um sinal gráfico, que representa o fonema segundo a convenção da língua.

Nem sempre há uma correspondência entre letra e som. Uma mesma letra pode representar sons diferenciados (próximo, exame, caixa), existem letras diferentes correspondendo ao mesmo som (seco, cedo, laço, próximo), uma letra pode representar mais de um som (fixo), há letra que não tem som algum (hora) e certos sons ora são representados por uma só letra, ora por duas (xícara/chinelo, gato/guitarra, rabo/carro).

fonema = menor elemento sonoro capaz de estabelecer distinção de significado.

(pata ≠ bata ≠ mata ≠ nata ...)


Há quatro os critérios de classificação para as vogais:

As consoantes também apresentam quatro critérios de classificação


Sílaba - conjunto de sons que pode ser emitido numa só expiração. Pode ser aberta ou fechada se terminada por vogal ou consoante, respectivamente.

Na estrutura da sílaba existe, necessariamente, uma vogal, à qual se juntam, ou não, semivogais e/ou consoantes. Assim, não há sílaba sem vogal e esse é o único fonema que, sozinho, forma sílaba.

A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente, de forma melódica.

Toda consoante precedida de vogal forma sílaba com a vogal seguinte. Merece a lembrança de que m e n podem ser índices de nasalização da vogal anterior, acompanhando-a na sílaba. (ja-ne-la, su-bu-ma-no, é-ti-co, tran-sa-ma-zô-ni-ca; mas bom-ba, sen-ti-do)

Consoante inicial não seguida de vogal fica na sílaba seguinte (pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co). Se a consoante não seguida de vogal estiver dentro do vocábulo, ela fica na sílaba precedente (ap-to, rit-mo).

Os ditongos e tritongos não se separam, porém no hiato cada vogal está numa sílaba diferente.

Os dígrafos do h e do u também são inseparáveis, os demais devem ser separados. (cha-ve, ne-nhum, a-qui-lo, se-gue)

Em geral, os grupos consonantais onde a segunda letra é l ou r não se separam. (bra-ço, a-tle-ta)

Em sufixos terminados por consoante + palavra iniciada por vogal, há união dessa consoante final com a vogal, não se considerando a integridade do elemento mórfico (bi-sa-vô ≠ bis-ne-to, tran-sa-cio-nal ≠ trans-pa-ren-te).

As letras duplas e os encontros consonantais pronunciados disjuntamente devem ser separados. (oc-cip-tal, ca-a-tin-ga, ad-vo-ga-do, dig-no, sub-li-nhar, ab-ro-gar, ab-rup-to)

Na translineação, devem-se evitar separações que resultem no fim de uma linha ou no início da outra vogais isoladas ou termos grosseiros. (i//déi//a, cus//toso, puta//tivo, fede//ral)

Dependendo da quantidade de sílabas, as palavras podem ser classificadas em: monossílaba (mono = um), dissílaba (di = dois), trissílaba (tri = três) e polissílaba (poli = vários / + de quatro)

Seqüência de sons vocálicos (vogais e/ou semivogais) que pode ocorrer numa mesma sílaba ou em sílabas separadas. As vogais serão as pronunciadas mais fortes, enquanto as semivogais serão mais fracas na emissão e sempre átonas. São três tipos de encontros vocálicos: hiatos, ditongos e tritongos.



1.6. Encontro vocálico

Seqüência de sons vocálicos (vogais e/ou semivogais) que pode ocorrer numa mesma sílaba ou em sílabas separadas. As vogais serão as pronunciadas mais fortes, enquanto as semivogais serão mais fracas na emissão e sempre átonas. São três tipos de encontros vocálicos: hiatos, ditongos e tritongos.

*

hiatos

seqüência de duas vogais em sílabas diferentes. (saúde, cooperar, ruim, crêem)
*

ditongos

vogal e semivogal pronunciadas numa só sílaba, independente da ordem destas. Estes podem ser classificados em decrescentes ou crescentes e orais ou nasais.
o

dit. crescente - SV + V (glória, qual, freqüente, tênue)
o

dit. decrescente - V + SV (pai, chapéu, muito, mãe)
o

dit. nasal - com índices claros de nasalidade: a presença de ~ e as letras m ou n em fim de sílaba (mão, quando, também [~ei])
o

dit. oral - os ditongos não nasais são ditos orais.
*

tritongos

uma vogal entre duas semivogais numa só sílaba. (Uruguai, saguões, enxaguou, delinqüem [ueim])

Também podem ser classificados em nasais ou orais, seguindo os mesmos princípios dos ditongos.
[Nota] Observações
o

a é sempre vogal e se estiver acompanhada de outra(s) "vogal" na mesma sílaba, esta será semivogal.
o

i e u geralmente funcionam como semivogais, mas e e o podem também desempenhar este papel.
o

am / em, em fim de palavra, correspondem aos ditongos ao / ei nasalisados
o

falsos ditongos - quando átonos finais, os encontros (ia, ie, io, oa e ua) são normalmente ditongos crescentes, mas também podem ser hiatos. Se esses grupos não forem finais nem átonos, só podem ser hiatos. (his-tó-ria ou ri-a, geo-gra-fi-a, di-e-ta, di-á-li-se, pi-ru-á - marcadas as sílabas tônicas).
o

encontros instáveis - além dos falsos ditongos, são os encontros de i ou u (átonos) com a vogal seguinte (piaga, fel, prior, muar, suor, crueldade, violento, persuadir). Tais encontros, na fala do RJ, tendem a hiatos, segundo Rocha Lima.
o

os encontros de palavras como praia, maio, feio, goiaba e baleia são separados de forma a criar um ditongo e uma vogal sozinha depois.

1.7. Encontro consonantal

Seqüência de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, desde que não constituam dígrafo. Podem ocorrer na mesma sílaba ou não (perfeitos/próprios ou imperfeitos/impróprios) - pe-dra, cla-ro, por-ta, lis-ta.

Os encontros (gn, mn, pn, ps, pt e tm) não são muito comuns. Quando iniciais, são inseparáveis. Quando mediais, criam uma pronúncia mais difícil. (gnomo/digno, ptialina/apto). No uso coloquial, há uma tendência a destruir esse encontro, inserindo uma vogal epentética i.
[Nota] Observação

quando x corresponde a cs, há um encontro consonantal fonético. Nesse caso, x é chamado de dífono.

1.8. Dígrafo

Grupo de duas letras, representando um só fonema. São dígrafos em língua portuguesa: lh, nh, ch, rr, ss, qu (+e ou i), gu (+e ou i), sc, sç, xc, além das vogais nasais (V+m ou n - chamados dígrafos vocálicos)
[Nota] Observações

letra diacrítica - segunda letra do dígrafo e não é fonema (membro - 1º m é fonema; o segundo, letra diacrítica). Letra h no início de palavra não é fonema nem forma dígrafo e classifica-se como Justificarletra etimológica.

3 comentários:

  1. Onde eu posso conseguir a transcrição fonetica da música Balaio - para Coral?

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    Respostas
    1. MARIA CELESTE B.S.P.6 de agosto de 2012 09:31

      ???
      ZliaBR- INFELIZMENTE NÃO SEI E DESCONHEÇO A MÚSICA.

      Excluir

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É O QUE TEM PRA HOJE: "POUCO PAPO E SÓ... SU-CEEEEEEES-SO!!!"



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