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terça-feira, 8 de abril de 2014

FONOLOGIA & FONÉTICA

Fonologia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fonologia (do Grego phonos = voz/som e logos = palavra/estudo) é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma, do ponto de vista de sua função no sistema de comunicação linguística. 1 Esta é uma área muito relacionada com a Fonética, mas as duas têm focos de estudo diferentes. Enquanto a Fonética estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala (chamados de fones), a Fonologia preocupa-se com a maneira como eles se organizam dentro de uma língua, classificando-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas. 1
/f/ e /v/ são exemplos de unidades distintivas do Português. É o que podemos observar num par mínimo como faca/vaca, pois o que garante a diferenciação entre essas duas palavras é a permutação entre os dois fonemas referidos. Unidades como [d] e [d͡ʒ], por sua vez, não fazem distinção entre palavras no português, embora sejam diferentes sob a ótica da Fonética.
Por exemplo, em quase todas as variedades do português no Brasil, o fonema /d/ é pronunciado de maneiras diferentes, dependendo de sua posição relativa a outros sons: diante de [i], é realizado como [d͡ʒ], ao passo que, diante de outras vogais, é pronunciado como [d] (cf. a diferença na pronúncia do primeiro som das palavras dívidaedúvida). Por não haver contraste entre as duas formas de pronúncia, a Fonologia não concebe os dois sons como fonemas distintos; entende-os como uma unidade do ponto de vista funcional e examina as condições sob as quais se dá a alternância entre eles.
Além disso, a Fonologia também estuda outros tópicos, como a estrutura silábica, o acento e a entonação.

Fonologia Gerativa

Há uma abordagem para Fonologia que trabalha com uma contrapartida mental e abstrata do som. Baseada em um sistema de traços distintivos, essa abordagem é uma das bases, por exemplo, da Fonologia Gerativa. A seleção de uma entidade abstrata como foco remete aos trabalhos do Círculo Linguístico de Praga. Nessa abordagem, é mais relevante a estrutura de traços de um fonema do que sua realidade concreta.
A partir do uso de traços distintivos em um plano mental, é possível explicar fenômenos fonológicos como o da assimilação /d/ por /n/ na formação do gerúndio na norma não padrão do Português Brasileiro. Por dividir muitas marcações de traços em comum com o /d/, o /n/ acaba assimilando esse fonema. Pode-se visualizar esse processo através do esquema abaixo:

/n/ /d/
Soante + +
Contínuo - -
Anterior + +
Coronal + +
Sonoro + +
2 3 4

Fonemas e ortografia

Os sistemas ortográficos de algumas línguas são baseados no princípio fonêmico de um grafema (letra ou combinação de letras) para cada fonema e vice-versa. Na prática, esse ideal de biunivocidade nem sempre é alcançado, sendo mais aproximado em algumas línguas do que em outras. Em português, por exemplo, o mesmo som é, por vezes, representado de maneiras diferentes, dependendo da palavra (e.g. /ʃ/, representado como x em e como ch em — diferenciado como [ʃ] / [tʃ] apenas por escassos milhares de falantes do extremo nordeste de Portugal); outra possibilidade é a de uma mesma letra ser usada para fonemas diferentes (e.g. a letra e representa [e] em , como o [ɨ] em (em português europeu) e [ɛ] em ).
Para inequivocamente representar todos os sons das línguas humanas, fonólogos e foneticistas empregam alfabetos fonéticos, projetados com o objetivo de caracterizar precisamente cada símbolo. O mais conhecido deles é o Alfabeto Fonético Internacional, conhecido como IPA, na sigla em Inglês. Uma das convenções largamente utilizadas em estudos da área é usar colchetes, "[ ]", para delimitar uma transcrição fonética, barras inclinadas à direita, "/ /", para delimitar categorias ou sequências de fonemas e parentesis angulares, "< >", para delimitar cadeias de caracteres (palavras, etc) de uma língua.

Ver também

Referências

  1. Dicionário Terminológico para consulta em linha. Ministério da Educação e Ciência de Portugal. Página visitada em 15 de fevereiro de 2014.
  2. A. SHANE. Sanford. Fonologia Gerativa. 1 ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975.
  3. Título não preenchido, favor adicionar. Página visitada em 13 de abril de 2011.
  4. Título não preenchido, favor adicionar. Página visitada em 13 de abril de 2011.
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