Devemos empregar
"ss" em todos os substantivos derivados de verbos terminados em
"gredir/GRED", "mitir/ITIR", "ceder/CED" e
"cutir/UTIR".
Exemplos:
AGREDIR / AGRESSÃO
PROGREDIR / PROGRESSÃO
REGREDIR / REGRESSÃO
TRANSGREDIR / TRANSGRESSÃO
PROGREDIR / PROGRESSÃO
REGREDIR / REGRESSÃO
TRANSGREDIR / TRANSGRESSÃO
ADMITIR / ADMISSÃO
DEMITIR / DEMISSÃO
OMITIR / OMISSÃO
PERMITIR / PERMISSÃO
TRANSMITIR / TRANSMISSÃO
DEMITIR / DEMISSÃO
OMITIR / OMISSÃO
PERMITIR / PERMISSÃO
TRANSMITIR / TRANSMISSÃO
ACEDER / ACESSO
CEDER / CESSÃO
CONCEDER / CONCESSÃO
EXCEDER / EXCESSO, EXCESSIVO
SUCEDER / SUCESSÃO
CEDER / CESSÃO
CONCEDER / CONCESSÃO
EXCEDER / EXCESSO, EXCESSIVO
SUCEDER / SUCESSÃO
DISCUTIR / DISCUSSÃO
PERCUTIR / PERCUSSÃO
REPERCUTIR / REPERCUSSÃO
PERCUTIR / PERCUSSÃO
REPERCUTIR / REPERCUSSÃO
Devemos empregar
"s" em todos os substantivos derivados de verbos terminados em "ender",
"verter" e "pelir".
APREENDER / APREENSÃO
ASCENDER / ASCENSÃO
COMPREENDER / COMPREENSÃO
DISTENDER / DISTENSÃO
ESTENDER / EXTENSÃO
PRETENDER / PRETENSÃO
SUSPENDER / SUSPENSÃO
TENDER / TENSÃO
VERTER / VERSÃO
REVERTER / REVERSÃO
CONVERTER / CONVERSÃO
SUBVERTER / SUBVERSÃO
ASCENDER / ASCENSÃO
COMPREENDER / COMPREENSÃO
DISTENDER / DISTENSÃO
ESTENDER / EXTENSÃO
PRETENDER / PRETENSÃO
SUSPENDER / SUSPENSÃO
TENDER / TENSÃO
VERTER / VERSÃO
REVERTER / REVERSÃO
CONVERTER / CONVERSÃO
SUBVERTER / SUBVERSÃO
EXPELIR / EXPULSÃO
REPELIR / REPULSÃO
REPELIR / REPULSÃO
Os sufixos "êS" e
"eSa" são empregados na formação de nomes que designam profissão,
títulos honoríficos de posição social, assim como em palavras que indicam
origem, nacionalidade.
burguês, camponês, marquês,
português, japonês, francês, burguesa, camponesa, marquesa, princesa,
portuguesa, japonesa, francesa etc.
São grafadas com o sufixo
"iSa" as palavras que indicam ocupações femininas
poetisa, profetisa, papisa,
sacerdotisa, pitonisa.
Os sufixos "eZ" e
"eZa"são empregados para formar nomes SUBSTANTIVOS (abstratos) que
derivam de ADJETIVOS.
ADJETIVOS / DERIVADOS
agudo / agudez
escasso / escassez
estúpido / estupidez
límpido / limpidez
gago / gaguez
honra / honradez
inválido / invalidez
intrépido / intrepidez
macio / maciez
rígido / rigidez
sensato / sensatez
sisudo / sisudez
surdo / surdez
escasso / escassez
estúpido / estupidez
límpido / limpidez
gago / gaguez
honra / honradez
inválido / invalidez
intrépido / intrepidez
macio / maciez
rígido / rigidez
sensato / sensatez
sisudo / sisudez
surdo / surdez
avaro / avareza
belo / beleza
certo / certeza
duro / dureza
esperto / esperteza
justo / justeza
nobre / nobreza
pobre / pobreza
rico / riqueza
rijo / rijeza
singelo / singeleza
belo / beleza
certo / certeza
duro / dureza
esperto / esperteza
justo / justeza
nobre / nobreza
pobre / pobreza
rico / riqueza
rijo / rijeza
singelo / singeleza
Com "Z"
( )normalmente,
são grafadas palavras derivadas de outras em que já existe o "z", e
verbos terminados pelo sufixo "izar", em cujos radicais das palavras
que lhes deram origem possuam ou não a letra z.
balizado (baliza),
arrazoado, razoável (razão), canalizar, finalizar, industrializar, organizar,
utilizar, arborizar, dinamizar, regularizar, cicatrizar (cicatriz), envernizar
(verniz), enraizar (raiz), deslizar (deslize) etc.
Observação: Os verbos
terminados em "isar", com "s", têm apenas como sufixo as
letras "ar", pois as letras "is", neste caso, fazem parte
do radical da palavra que deu origem ao verbo.
Exemplos:
análise / analisar
aviso / avisar
improviso / improvisar
pesquisa / pesquisar
aviso / avisar
improviso / improvisar
pesquisa / pesquisar
EXCEÇÃO: Apesar de
originar-se da palavra "catequese", que possui um "s" em
seu radical, o verbo catequizar deve ser grafado com "z", pois a
sílaba átona final de catequese foi suprimida para se inserir o sufixo
"izar" na formação do verbo.
5. Grafam-se com "z" as palavras derivadas com os sufixos "zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, é um infixo.
Exemplos: pazada, cafezal,
canzarrão, açaizeiro, papelzinho, cãozito, mãezona, mãozorra, pezudo etc.
Observação: Em palavras
como "asinha, risinho, risada, casinha, caseiro, casebre", o
"s" pertence ao radical dos vocábulos de origem (asa, riso, casa).
6. Também grafa-se com "s":
_ Após os ditongos;
Exemplos: lousa, coisa,
causa, Neusa, ausência, Eusébio, náusea.
_ Nas formas dos verbos
"pôr" (e derivados) e "querer";
Exemplos: pus, pusera,
pusesse, puséssemos; repus, repusera, repusesse, repuséssemos; quis, quisera,
quisesse, quiséssemos.
EMPREGO DO C E DO QU
Existem palavras que
podemos escrever com "c" e também com "qu".
Exemplos: catorze /
quatorze cociente / quociente cota / quota cotidiano / quotidiano cotizar /
quotizar
Observação: As palavras a
seguir, porém, possuem uma só grafia: "cinqüenta, cinqüentenário,
cinqüentão, cinqüentona."
EMPREGO DO X E DO CH
Deve-se empregar o
"x" após os ditongos (encontros vocálicos = vogal + semivogal em uma
mesma sílaba).
Exemplos: ameixa, feixe,
caixa, trouxa, frouxo, gueixa, peixe, peixada, queixo, queixada, eixo, baixo,
encaixar, paixão, rebaixar etc.
EXCEÇÃO: recauchutar (mais
seus derivados) e caucho (espécie de árvore que produz o látex).
Emprega-se também o x:
_ Após as sílabas
"en" e "me";
Exemplos: enxada,
enxurrada, enxame, enxaqueca, enxerido, enxovalho, enxugar, mexer, mexilhão,
mexerico, mexerica, mexicano etc.
Observação: Palavras como
"enchente, encharcar, enchiqueirar, enchapelar, enchumaçar", embora
se iniciem pela sílaba "en", são grafadas com "ch", porque
são palavras formadas por prefixação, ou seja, pelo prefixo en + o radical de
palavras que tenham o ch (enchente, encher e seus derivados = prefixo en +
radical de cheio; encharcar = en + radical de charco; enchiqueirar = en +
radical de chiqueiro; enchapelar = en + radical de chapéu; enchu- maçar = en +
radical de chumaço).
EXCEÇÃO: Em relação à regra
da sílaba "me", uma exceção é O SUBSTANTIVO "mecha"; não
confundir com a forma verbal "mexa" do verbo mexer que deve ser
grafada com x.
_ Nas palavras de origem
indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas.
Exemplos: xavante, xingar,
xique-xique, xará, xerife, xampu.
Outras palavras com X:
bexiga, bruxa, caxumba, laxativo, laxante, maxixe, paxá, muxoxo, quixotesco,
rixa, xarope, xícara, xucro, xereta, capixaba, faxina, lixo, graxa, praxe,
puxar, relaxar, roxo, xaxim, xenofobia.
Outras palavras com CH:
charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estrebuchar,
fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, salsicha, broche,
arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachimbo, comichão, chope, chute,
debochar, fachada, fechar, linchar, mochila, piche, pichar, tchau.
Existem vários casos de
palavras homófonas, isto é, palavras que possuem a mesma pronúncia, mas a
grafia diferente. Nelas a grafia se distingue pelo contraste entre o x e o ch.
Exemplos:
- brocha (pequeno prego)
- broxa (pincel para caiação de paredes)
- broxa (pincel para caiação de paredes)
- chá (planta para preparo
de bebida)
- xá (título do antigo soberano do Irã)
- xá (título do antigo soberano do Irã)
- chalé (casa campestre de
estilo suíço)
- xale (cobertura para os ombros)
- xale (cobertura para os ombros)
- chácara (propriedade
rural)
- xácara (narrativa popular em versos)
- xácara (narrativa popular em versos)
- cheque (ordem de
pagamento)
- xeque (jogada do xadrez)
- xeque (jogada do xadrez)
- cocho (vasilha para
alimentar animais)
- coxo (capenga, imperfeito)
- coxo (capenga, imperfeito)
- tacha (mancha, defeito;
pequeno prego); daí "tachar": colocar defeito
ou nódoa em alguém ou em algo.
- taxa (imposto, tributo); daí "taxar": cobrar impostos.
ou nódoa em alguém ou em algo.
- taxa (imposto, tributo); daí "taxar": cobrar impostos.
Escreve -se com S e não com
C/Ç as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt,
pel, corr e sent.
Ex.: pretender - pretensão
/ expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir
aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo /
compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer -
discurso / sentir - sensível / consentir - consensual
Escreve -se com S e não com
Z
nos sufixos: ês, esa, esia,
e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos
nobiliárquicos.
Ex.: freguês, freguesa,
freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
nos sufixos gregos: ase,
ese, ise e ose.
Ex.: catequese,
metamorfose.
nas formas verbais pôr e
querer.
Ex.: pôs, pus, quisera,
quis, quiseste.
nomes derivados de verbos
com radicais terminados em d.
Ex.: aludir - alusão /
decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão
no diminutivos cujos
radicais terminam com s
Ex.: Luís - Luisinho / Rosa
- Rosinha / lápis - lapisinho
após ditongos
Ex.: coisa, pausa, pouso
em verbos derivados de
nomes cujo radical termina com s.
Ex.: anális(e) + ar -
analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Escreve-se com SS e não com
C e Ç.
os nomes derivados dos
verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por
tir ou meter
Ex.: agredir - agressivo /
imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso
/ percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão /
comprometer - compromisso / submeter - submissão
quando o prefixo termina
com vogal que se junta com a palavra iniciada por s
Ex.: a + simétrico -
assimétrico / re + surgir - ressurgir
no pretérito imperfeito
simples do subjuntivo
Ex.: ficasse, falasse
Escreve -se com C ou Ç e
não com S e SS.
nos vocábulos de origem
árabe
cetim, açucena, açúcar
nos vocábulos de origem
tupi, africana ou exótica
Ex.: cipó, Juçara, caçula,
cachaça, cacique
nos sufixos aça, aço, ação,
çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Ex.: barcaça, ricaço,
aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço
nomes derivados do verbo
ter.
Ex.: abster - abstenção /
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
após ditongos
Ex.: foice, coice, traição
palavras derivadas de
outras terminadas em te, to(r)
Ex.: marte - marciano /
infrator - infração / absorto - absorção
Escreve -se com Z e não com
S.
nos sufixos ez e eza das
palavras derivadas de adjetivo
Ex.: macio - maciez / rico
- riqueza
nos sufixos izar (desde que
o radical da palavra de origem não termine com s)
Ex.: final - finalizar /
concreto - concretizar
como consoante de ligação
se o radical não terminar com s.
Ex.: pé + inho - pezinho /
café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
Escreve -se com G e não com
J
nas palavras de origem
grega ou árabe
Ex.: tigela, girafa, gesso.
estrangeirismo, cuja letra
G é originária.
Ex.: sargento, gim.
nas terminações: agem,
igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)
Ex.: imagem, vertigem,
penugem, bege, foge.
Observação
|
|
Exceção: pajem
|
nas terminações: ágio,
égio, ígio, ógio, ugio.
Ex.: sufrágio, sortilégio,
litígio, relógio, refúgio.
nos verbos terminados em
ger e gir.
Ex.: eleger, mugir.
depois da letra “r” com
poucas exceções.
emergir, surgir.
depois da letra a, desde
que não seja radical terminado com j.
Ex.: ágil, agente.
Escreve -se com J e não com
G
nas palavras de origem
latinas
Ex.: jeito, majestade,
hoje.
nas palavras de origem
árabe, africana ou exótica.
Ex.: alforje, jibóia,
manjerona.
nas palavras terminada com
aje.
Ex.: laje, ultraje
Escreve -se com X e não com
CH.
nas palavras de origem
tupi, africana ou exótica.
Ex. abacaxi, muxoxo, xucro.
nas palavras de origem
inglesa (sh) e espanhola (J).
Ex.: xampu, lagartixa.
depois de ditongo.
Ex.: frouxo, feixe.
depois de en.
Ex.: enxurrada, enxoval
Observação
|
|
Exceção: quando a palavra
de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - enchente)
|
Escreve -se com CH e não
com X.
Nas palavras de origem
estrangeira
Ex.: chave, chumbo, chassi,
mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
|
|
|
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A palavra
dígrafo é formada pelos
elementos gregos di,
"dois", e grafo,
"escrever". O dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para
representar um único fonema. Também se pode usar a palavra digrama (di,
"dois"; grama,
"letra") para designar essas ocorrências. Podemos dividir os dígrafos
da língua portuguesa em dois grupos: os
consonantais e os vocálicos.
[editar] Dígrafos Consonantais
Dígrafo
|
Exemplos
|
ch
|
chuva, China
|
lh
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alho, milho
|
nh
|
sonho, venho
|
rr (usado unicamente entre vogais)
|
barro, birra, burro
|
ss (usado unicamente entre vogais)
|
assunto, assento,
isso
|
sc
|
ascensão, descendente
|
sç
|
nasço, cresça
|
xc
|
exceção, excesso
|
xs
|
exsuar, exsudar
|
gu
|
guelra, águia
|
qu
|
questão, quilo
|
Gu e qu nem sempre representam dígrafos. Isso ocorre apenas quando, seguidos de e ou i, representam os fonemas /g/ e /k/: guerra, quilo. Nesses casos, a letra u não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o u representa uma semivogal ou uma vogal: agüentar, lingüiça, freqüente, tranqüilo, averigúe, argúi - o que significa que gu e qu não são dígrafos. Também não há dígrafo quando são seguidos de a ou o: quando, aquoso, averiguo.
[editar] Dígrafos Vocálicos
Quando m e n aparecem no final da sílaba.
Dígrafo
|
Exemplos
|
am/an
|
campo, sangue
|
em/en
|
sempre, tento
|
im/in
|
limpo, tingir
|
om/on
|
rombo, tonto
|
um/un
|
bumbo, sunga
|
O agrupamento de duas ou
mais consoantes,
sem vogal
intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Há dois tipos básicos de
encontros consonantais:
consoante + l ou r - são encontros que pertencem a uma mesma sílaba:
pra-to, pla-ca, bro-che, blu-sa, trei-no, a-tle-ta, cri-se, cla-ve, fran-co, flan-co.
duas consoantes
pertencentes a sílabas diferentes - é o que ocorre em: ab-di-car, sub-so-lo, ad-vo-ga-do, ad-mi-tir,
al-ge-ma, cor-te.
Há grupos consonantais que
surgem no ínicio dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu-mo-ni-a, psi-co-se, gno-mo.
Seqüência de duas ou mais
consoantes, sem vogal intermediária, desde que não constituam dígrafo. Podem
ocorrer na mesma sílaba ou não (perfeitos/próprios ou imperfeitos/impróprios) -
pe-dra, cla-ro, por-ta, lis-ta.
Os encontros (gn, mn, pn,
ps, pt e tm) não são muito comuns. Quando iniciais, são inseparáveis. Quando
mediais, criam uma pronúncia mais difícil. (gnomo/digno, ptialina/apto). No uso
coloquial, há uma tendência a destruir esse encontro, inserindo uma vogal
epentética i.
Quando x corresponde a cs,
há um encontro consonantal fonético. Nesse caso, x é chamado de dífono.
|
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© Gramática On-line 1999
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Para que possamos entender
os encontros vocálicos, precisamos saber que a língua portuguesa apresenta três
tipos de fonemas: vogais, semivogais e consoantes.
Desses três fonemas, dois
são formadores dos encontros vocálicos: as vogais e semivogais.
Então, vamos definir o que
é vogal e semivogal.
Vogal – é o fonema sonoro
que chega livremente ao meio exterior sem fazer ruído. É o elemento básico para
a formação da sílaba.
Exemplo:
Pedido retiro
V v v
v v v
Semivogal – consideramos
semivogais o i e o u,
átonos, quando se unem a uma vogal, formando uma sílaba.
Exemplo: peixe, ameixa.
Vsv
vsv
Observação:
O i e o u
serão classificados como vogal se for à base da sílaba, se estiverem unidos a
uma vogal será semivogal.
Exemplo:
Mi to,
pei xe, saudade, puma.
V v vsv vsv v
Então, podemos definir
encontro vocálico da seguinte maneira: a seqüência de sons vocálicos
(vogal/semivogal) um imediatamente após o outro em uma palavra.
Classificamos esses
encontros em:
Ditongo
Tritongo
Hiato
DITONGO
É uma vogal e uma semivogal
juntas na mesma sílaba. O ditongo é classificado em:
Ditongo crescente
Ditongo decrescente
Ditongo oral
Ditongo nasal
DITONGO CRESCENTE
É formado por semivogal +
vogal.
Exemplo:
Quarto prêmio
DITONGO DECRESCENTE
É formado por vogal +
semivogal.
Exemplo:
Feixe mão frouxo
DITONGO ORAL
Pronunciado totalmente pela
boca.
Exemplo:
Feixe véu prêmio
DITONGO NASAL
Pronunciado parte pelo
nariz e parte pela boca.
Exemplo:
Anão portão
Observação:
Não aparece escrita a
semivogal no ditongo em (ẽi) e am (ãu).
Exemplo:
Amém (amẽi) importam (importãu)
Abaixo a relação dos
ditongos decrescente e crescente:
DITONGO DECRESCENTE
ÃE - mãe
AI – sair
ÃI – câimbra
ÃO – anão
AU – grau
ÉI – anéis
EI – feixe
ẼI – entrem
ÉU – fogaréu
EU – teu
IU – aboliu
ÕE – põe, pulmões
ÓI – destrói
OI – coice, foice
OU – pouco, touro
UI – ruiva
ỮI – muita
DITONGOS CRESCENTES
EA – área
EO – páreo
IA – sorria
IE – espécie
IO – curiosa
OA – perdoa
UA – água
UÃ – quando
EU – tênue
UẼ - agüenta
UI – tranqüilo
UO – ingênuo
TRITONGO
É o encontro vocálico
formado por semivogal + vogal + semivogal formando uma só sílaba. Existem dois
tipos de tritongo:
Tritongo oral
Tritongo nasal
TRITONGO ORAL
Pronunciado totalmente pela
boca.
Exemplo:
Uruguai quaisquer
TRITONGO NASAL
Pronunciado em parte pelo
nariz.
Exemplo:
Saguão quão
HIATO
É o encontro de duas vogais
pronunciadas em sílabas diferentes.
Exemplo:
Juízo – ju – í – zo
Cooperativa – co – o – pe –
ra – ti – va
Saída – sa - í – da
Observação:
As palavras como veia,
saia, praia, etc, podemos ver um hiato (vei-a, sai-a, prai-a) ou dois ditongos
(vei-ia, sai-ia, prai-ia).
A seguir uma questão sobre
encontro vocálico:
(Unirio – RJ) – Há inúmeras
palavras na língua portuguesa em que é indiferente considerar-se o encontro
vocálico como ditongo crescente ou hiato. Assinale o item em que tal fato não ocorre, isto é, em ambas só podemos ter ditongo:
a)ofício, cuidou
b)matrimônio, melancolia
c)Rubião, Sofia
d)riquezas, oblíquos
e)freqüentes, quase.
Resposta (e)
ENCONTRO CONSONANTAL
É o encontro de duas ou
consoantes, sem a presença de vogais, desde que não constituam dígrafos.
Psicologia, sangue, ringue, pinto.
Podem ser inseparáveis ou
separáveis.
INSEPARÁVEIS
Crônico – crô-ni-co
Bravo – bra-vo
Planta – plan-ta
SEPARÁVEIS
Admirável – ad-mi-rá-vel
Ritmo – rit-mo
DÍGRAFO
São duas letras que representam
um só fonema. São dígrafos:
Os terminados na letra H,
com CH, NH, LH.
Exemplo:
Palhaço, ninhada, chuvisco.
Os formados pelas letras RR
e SS.
Sorriso, passeio,
churrasco, assunto.
GU, QU, SC, SÇ, XC, XS
Exemplo:
Guerreiro, quilograma,
nascimento, cresça, exceção, exsurgir.
SÍNTESE DO TUTORIAL
Vimos nesse tutorial que:
Encontro vocálico é a
seqüência de sons vocálicos (vogal/semivogal) um imediatamente após o outro em
uma palavra.
Vogal é o fonema sonoro que
chega livremente ao meio exterior sem fazer ruído.
Consideramos semivogal o i e o u,
átonos, quando se unem a uma vogal, formando uma sílaba.
Ditongo - é uma vogal e uma
semivogal juntas na mesma sílaba. Ele é classificado em ditongo crescente,
ditongo decrescente, ditongo oral e ditongo nasal.
Tritongo – é encontro
vocálico formado por semivogal, vogal e semivogal. Existem dois tipos de
tritongo: oral e nasal.
Hiato – é o encontro de
duas vogais pronunciadas em sílabas diferentes.
Encontro consonantal - é o
encontro de duas ou consoantes, sem a presença de vogais, desde que não
constituam dígrafos.
Dígrafos - São duas letras
que representam um só fonema.
Usos ortográficos especiais
» Onde / aonde
Onde: É usado junto com verbos
que não transmitem idéia de movimento.
- Te procurei, mas não
sabia onde você estava.
- Onde está a faca?
Aonde: Equivale a para
onde. É usado para transmitir idéia de movimento.
- Aonde você vai?
- Aonde vamos?
» Cessão / sessão / secção
/ seção
Cessão: significa “ceder,
conceder, oferecer, dar”.
- Cedi todos os meus bens
aos pobres.
- O governo cedeu verba
para a educação.
Sessão: significa
“intervalo de duração”.
- A câmara dos deputados
reuniu-se em sessão extraordinária.
- última sessão de cinema.
Secção ou seção: significa
“parte, segmento, subdivisão”.
- Quero ler a seção de
fofoca.
- Trabalho na seção de
informações.
- Vou ligar na secção de
informações.
» Mas / mais
Mas: equivale a “porém,
entretanto, contudo”.
- Queria muito ir, mas
tenho que trabalhar.
- Sei de tudo, mas não
posso falar.
Mais: é o oposto de menos.
- Eu pesquisei mais.
- Estou mais preparado
agora do que antes.
» Mau / mal
Mau: é um adjetivo,
antônimo de bom.
- Menino mau!
- Passei por maus pedaços.
- Mal: equivale a “assim
que, logo que, quando”.
- Mal vi a cena, chorei!
- Mal também pode ser usado
como antônimo de bem.
- Estou mal humorada.
» Por que / por quê /
porque / porquê
Por que (separado e sem
acento) é empregado quando:
- O que equivale a qual
motivo.
- Por que você foi lá? (Por
qual motivo você foi lá?)
- O que equivale a qual
razão ou qual motivo.
- Não sabemos por que ele
faleceu. (por qual razão)
- Por que é usado também
como um equivalente a pelo qual / pela qual / pelos quais / pelas quais.
- Ignoro o motivo por que
ele se demitiu. (pelo qual)
- Estas são as causas por
que não voltei. (pelas quais)
Por quê (separado e com
acento) usos:
- Como pronome
interrogativo, colocado no fim de frase.
- Ela estava chorando, você
sabe por quê?
- isolado, numa frase
interrogativa.
- Você deve fazer isso
agora.
- Por quê?
Porque (uma só palavra, sem
acento) usos:
- Como função explicativa,
equivalente a pois, porquanto, uma vez que, precedida por virgula ou
ponto-e-vírgula ou ponto final.
- Termine isto agora,
porque depois não poderá.
- Não pude ir, porque tive
que trabalhar.
- É usado substituindo:
pela causa, razão de que, pelo fato, motivo de que.
- Não fui à festa porque estava
cansado.
- O governador vetou porque
tinha razões políticas.
- Porque é usado também
como conjunção subordinativa final, em orações com verbo no subjuntivo,
equivalente a para que.
- Não julguemos, porque não
venhamos a ser julgados.
Porquê (uma só palavra com
acento) usos:
- como substantivo usado no
sentido de causa, razão ou motivo, admitindo pluralização (porquês).
- Quero saber o porquê de
tudo isso.
- As crianças são cheias de
porquês.
Encontros vocálicos
É a reunião de duas ou mais
vogais numa palavra. Há três tipos de encontros vocálicos na língua portuguesa.
Veja quais são:
» Ditongo: é o encontro de
uma vogal e uma semivogal ou vice e versa em uma mesma sílaba. (semivogal são o
i e o u se estiverem ligados a uma vogal)
Vitória
(i-semivogal;a-vogal)
a
Chapéu
(e-vogal;u-semivogal)
Os ditongos classificam-se
em:
- Crescentes-formados por
semivogal+vogal (mais fraca+mais forte):água, história, vácuo.
- decrescentes-formados por
vogal+semivogal(mais forte+mais fraca):degrau, beijo, breu.
» Tritongo: é o encontro
vocálico constituído por semivogal+vogal+semivogal: Uruguai, quão, enxaguou.
» Hiato: é a seqüência de
duas vogais pronunciadas em sílabas diferentes: baú (ba-ú), caatinga
(ca-a-tin-ga).
Encontros consonantais
É a reunião de duas ou mais
consoantes numa mesma palavra. Pode ocorrer na mesma sílaba ou em sílabas
diferentes.
- encontros consonantais
perfeitos - unem-se na mesma sílaba e são inseparáveis: fla-u-ta, bri-sa.
- encontros consonantais
imperfeitos - aparecem em sílabas diferentes e são separáveis: cac-to,
ad-vo-ga-do.
- encontros consonantais
mistos - misturam os dois modos acima: fel-tro, dis-pli-cen-te, des-tro.
Dígrafo
Dígrafo é o conjunto de
duas letras que representam um único fonema. Encontram-se os seguintes dígrafos
na língua portuguesa:
- consonantais – quando o
encontro de duas letras representa um fonema consonantal:
ch – chave, chinelo
lh – telha, galho
nh – ninho, cegonha
rr – barro, serra
ss – assado, pássaro
sc – piscina, descer
xc – exceção, excesso
gu – guerra, águia
qu – queijo, querer
- vocálicos – quando
encontro de duas letras representa fonema vocálico:
am, an – ambos, anta
em, en – embora, vento
im, in – impulso, pincel
om, on – bomba, ponta
um, um – algum, fundo
Sílaba
Sílaba é o grupo de sons
que se emite em cada impulso de voz. Toda sílaba tem por base uma vogal.uma
palavra tem tantas sílabas quantos forem os impulsos de voz para pronunciá-la.
Oi-
uma sílaba
Vo-cê
duas sílabas
Pa-li-to
três sílabas
Quan-ti-da-de
quatro sílabas
Sen-si-bi-li-da-de
seis sílabas
Quanto ao número de
sílabas, os vocábulos classificam-se em:
Monossílabos :possuem
apenas uma sílaba: mar, dó, fé oi.
Dissílabos :possuem duas
sílabas: ho-je, bar-co, ca-as, vi-da.
Trissílabos :possuem três
sílabas:a-si-lo, co-mi-da, de-ci-são.
Polissílabos :possui quatro
ou mais sílabas:quan-ti-da-de, mar-ga-ri-na, pu-bli-ci-da-de.
Regras de divisão silábica:
A divisão é feita conforme
o impulso de voz que damos à palavra. Quando escrevemos separamos as sílabas
com o uso do hífen (-).
Separam-se:
- as vogais dos hiatos:
ci-ú-me, e-co-lo-gi-a.
- separam-se as letras dos
dígrafos rr, ss, sc, xc: sos-se-go, car-ro, cons-ci-ên-ci-a, ex-ce- cão.
- separam-se os encontros
consonantais em sílabas diferentes: ab-so-lu-to, op-tar, ad-vo-ga-do.
Não se separam:
- não se separam as vogais
que formam ditongos e tritongos: sé-rie, á-gua, ou-tu-bro, Pa-ra guai.
- não se separam os
dígrafos ch, nh, gu, qu: ra-i-nha, ga-lho, guin cho, ques-tão.
- não se separam as letras
dos encontros consonantais que contiverem L ou r: pla-no, pre-ci-so.
Obs: quando o L ou o r
puderem ser pronunciados separadamente, nos encontros consonantais, deverão ser
separados: ab-ro-gar, sub-le-gen-da.
Sílaba átona e sílaba
tônica
A sílaba tônica é a que tem
pronúncia mais intensa que as outras, chamadas átonas. Veja:
caderno
médico
Nas palavras caderno e
médico as sílabas tônicas são der e mé. As demais são as sílabas átonas.
Quanto à posição da sílaba
tônica, as palavras se classificam em:
- oxítonas: quando a sílaba
tônica é a ultima: valor, maltratei, varrer.
- paroxítonas: quando a
sílaba tônica é a penúltima: parede, revólver, fazenda.
- proparoxítonas:quando a
sílaba tônica é a antepenúltima: vocábulo, poética, súbito.
Advérbio
O advérbio é uma categoria gramatical invariável que
modifica verbo, adjetivo ou outro
advérbio,
atribuindo-lhes uma circunstância de tempo, modo, lugar, afirmação,
negação, dúvida ou
intensidade. Por
exemplo, a frase Ontem, ela não agiu muito bem. tem quatro advérbios: ontem, de
tempo; não, de negação; muito, de intensidade;
bem, de modo.
As circunstância podem também ser expressas por
uma locução adverbial - duas ou mais palavras
exercendo a função de um advérbio. Por exemplo, a
frase Ele, às vezes, age às escondidas. Tem duas
locuções adverbiais: às vezes, de
tempo; às escondidas, de modo.
Classificação dos Advérbios
01) Advérbios de Modo
Assim, bem, mal, acinte (de propósito,
deliberadamente), adrede (de caso pensado, de propósito, para
esse fim), debalde (inutilmente), depressa,
devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente e
muitos outros terminados em mente.
Locuções Adverbiais de Modo:
às pressas, às claras, às cegas, à toa, à
vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo,
dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a
lado, a pé, de cor, em vão.
02) Advérbios de Lugar
abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além,
algures (em algum lugar), alhures (em outro lugar),
nenhures (em nenhum lugar), ali, aquém, atrás,
cá, dentro, embaixo, externamente, lá, longe, perto.
Locuções Adverbiais de Lugar:
a distância, à distância de, de longe, de perto,
em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.
03) Advérbios de Tempo
afinal, agora, amanhã, amiúde (de vez em quando),
ontem, breve, cedo, constantemente, depois, enfim,
entrementes (enquanto isso), hoje, imediatamente,
jamais, nunca, outrora, primeiramente, tarde,
provisoriamente, sempre, sucessivamente, já.
Locuções Adverbiais de Tempo:
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente,
de vez em quando, de quando em quando, a qualquer
momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em
dia.
04) Advérbios de Negação
não, tampouco (também não).
Locuções Adverbiais de
Negação:
Polícia Rodoviária Federal
Apostila de Português para Concursos 151
de modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma.
05) Advérbios de Dúvida
acaso, casualmente, porventura, possivelmente,
provavelmente, talvez, quiçá.
Locuções Adverbiais de Dúvida:
por certo, quem sabe.
06) Advérbios de Intensidade
assaz (bastante, suficientemente), bastante,
demais, mais, menos, muito, quanto, quão, quase, tanto,
pouco.
Locuções Adverbiais de
Intensidade:
em excesso, de todo, de muito, por completo.
07) Advérbios de Afirmação
certamente, certo, decididamente, efetivamente,
realmente, deveras (realmente), decerto,
indubitavelmente.
Locuções Adverbiais de
Afirmação:
sem dúvida, de fato, por certo, com certeza.
08) Advérbios Interrogativos
onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por
que (causa).
Flexão do advérbio
O advérbio pode flexionar-se nos graus
comparativo e superlativo absoluto.
Comparativo de Superioridade
O advérbio flexiona-se no grau comparativo de
superioridade por meio de mais ... (do) que. Ex.
• Ele agiu mais generosamente que você.
Comparativo de Igualdade
O advérbio flexiona-se no grau comparativo de
igualdade por meio de tão ... como, tanto ... quanto.
Ex.
• Ele agiu tão generosamente quanto você.
Comparativo de Inferioridade
O advérbio flexiona-se no grau comparativo de
inferioridade por meio de menos ... (do) que.
Ex.
• Ele agiu menos generosamente que você.
Superlativo Absoluto Sintético
O advérbio flexiona-se no grau superlativo
absoluto sintético por meio dos sufixos -issimamente, -íssimo
ou -inho.
Ex.
• Ela agiu educadissimamente.
• Ele é muitíssimo educado.
• Acordo cedinho.
Superlativo Absoluto Analítico
O advérbio flexiona-se no grau superlativo
absoluto analítico por meio de um advérbio de intensidade
Polícia Rodoviária Federal
Apostila de Português para Concursos 152
como muito, pouco, demais, assaz, tão, tanto...
Ex.
• Ela agiu muito educadamente.
• Acordo bastante cedo.
Melhor e pior são
formas irregulares do grau comparativo dos advérbios bem e mal; no
entanto, junto
a adjetivos ou particípios, usam-se as formas mais
bem e
mais mal. Ex.
• Estes alunos estão mais bem preparados que
aqueles.
Havendo dois ou mais advérbios terminados em -mente, numa
mesma frase, somente se coloca o sufixo
no último deles.
Ex.
• Ele agiu rápida, porém acertadamente.
Advérbios sentenciais
de afirmação: sim, realmente, certamente, verdadeiramente, com certeza, de
fato, efetivamente, deveras, etc.
de negação: Não, absolutamente,tampouco, de modo algum, de forma alguma,
etc.
de dúvida: Talvez, possivelmente, provavelmente, hipoteticamente, quiçá,
etc.
Advérbios temporais
de passado: ontem, anteontem, trás-anteontem, etc.
de presente: hoje, agora, atualmente, etc.
de futuro: amanhã, futuramente, posteriormente, etc.
de período: anualmente, semanalmente, mensalmente, eventualmente, sempre,
etc.
Advérbios de lugar: aqui, lá, cá, aí, perto, longe, abaixo, acima, dentro,
fora, além, adiante, em cima, ao lado, à direita, à esquerda, alures (= em
algum lugar), alhures (= em outro lugar), nenhures (= em nenhum lugar), etc.
Advérbios de modo: rapidamente, belamente, tristemente, loucamente (a
maioria terminada em "mente") etc.
Advérbios de intensidade: muito, pouco, bastante, suficiente, demais,
assaz, menos, tão, de todo, etc.
As palavras nunca e jamais podem servir de advérbios temporais ou de
negação, dependendo do contexto em que se inserem.
|
Substantivo é toda a palavra que é
determinada por um artigo,
pronome ou numeral, ou
modificada por um adjetivo. De acordo com a gramática
portuguesa, um substantivo é determinado pelo seu
gênero, número e grau. Para transformar uma palavra de outra classe
gramatical em um substantivo, basta precedê-lo de um artigo, pronome ou numeral. Exemplo:
"O não é uma palavra dura". Artigos sempre precedem palavras
substantivadas, mas substantivos (que são substantivos em sua essência) não
precisam necessariamente ser precedidos por artigos.ClassificaçãoQuanto à
formaçãoQuanto à existência de radical, o
substantivo pode ser classificado em:Primitivo: palavras que não derivam
de outras. Ex: flor, pedra. Derivado: vem de outra palavra existente na
língua. O substantivo que dá origem ao derivado (substantivo primitivo) é
denominado radical. Ex: floreira, pedreira. Quanto ao número de radicais, pode
ser classificado em:Simples: tem apenas um radical. Ex: água, couve, sol
Composto: tem dois ou mais radicais. Ex: água-de-cheiro, couve-flor,
girassol, lança-perfume. Quanto à
semânticaQuando se referir a especificação dos seres, pode ser classificado
em:Concreto: designa seres que existem ou que podem existir por si só.
Ex: casa, cadeira. Também concretos os substantivos que nomeiam divindades
(Deus, anjos, almas) e seres fantásticos (fada, duende), pois, existentes ou
não são sempre considerados como seres com vida própria.Abstrato:
designa idéias ou conceitos, cuja existência está vinculada a alguém ou a
alguma outra coisa. Ex: justiça, amor, trabalho, etc. Comum: denomina um
ser de uma espécie de maneira geral, ou seja, um ser sem diferenciar dos outros
de sua mesma espécie. Ex: lobo, pizza, mascara. Próprio: denota um
elemento específico dentro de um grupo, sendo grafado sempre com letra
maiúscula. Ex: Pedro, Fernanda, Portugal, Brasília, Fusca. Coletivo: um
substantivo coletivo designa um conjunto de seres de uma mesma espécie no
singular. No entanto, vale ressaltar que não se trata necessariamente de
quaisquer seres daquela espécie. Alguns exemplos: Uma biblioteca
é um conjunto de livros,
mas uma pilha de livros desordenada não é uma biblioteca. A biblioteca
discrimina o gênero dos livros e os acomoda em prateleiras. Uma orquestra ou banda é um conjunto
de instrumentistas, mas nem todo conjunto de músicos ou instrumentistas pode
ser classificado como uma orquestra ou banda. Em uma orquestra ou banda, os
instrumentistas estão executando a mesma peça musical ao mesmo tempo, e uma
banda não tem instrumentos de corda. Uma turma
é um conjunto de estudantes, mas se juntarem num mesmo alojamento os estudantes
de várias carreiras e várias universidades numa sala, não se tem uma turma. Na
turma, os estudantes assistem simultaneamente à mesma aula. Flexão do
substantivoQuanto ao gêneroOs substantivos
flexionam-se nos gêneros masculino e feminino e quanto às formas, podem ser:Substantivos
biformes: apresentam duas formas originadas do mesmo radical. Exemplos:
menino - menina, traidor - traidora, aluno - aluna.Substantivos heterônimos:
apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou flexão para indicar gênero.
Exemplos: arlequim - colombina, arcebispo - arquiepiscopisa, bispo -
episcopisa, bode - cabra.Substantivos uniformes: apresentam a mesma
forma para os dois gêneros, podendo ser classificados em:Epicenos:
referem-se a animais ou plantas, e são invariáveis no artigo precedente,
acrescentando as palavras macho e fêmea, para distinção do sexo do animal.
Exemplos: a onça macho - a onça fêmea; o jacaré macho - o jacaré fêmea; a foca
macho - a foca fêmea. Comuns de dois gêneros: o gênero é indicado pelo
artigo precedente. Exemplos: o dentista, a dentista. Sobrecomuns:
invariáveis no artigo precedente. Exemplos: a criança, o indivíduo (não existem
formas como "crianço", "indivídua", nem "o
criança", "a indivíduo"). Quanto
ao númeroOs substantivos apresentam singular e plural.Os substantivos
simples, para formar o plural, substituem a terminação em n, vogal ou ditongo oral por s.
Ex: elétron/ elétrons, povo/ povos, caixa/ caixas, cárie/ cáries; a terminação
em ão, por ões, ães, e ãos; as terminações em s,
r, e z, por es; terminações em x são invariáveis;
terminações em al, el, ol, ul, trocam o l
por is, com as seguintes exceções: "mal" (males),
"cônsul" (cônsules), "mol" (mols), "gol" (gols);
terminação em il, é trocado o l por is (quando oxítono) ou
o il por eis (quando paroxítono).Os substantivos compostos
flexionam-se da seguinte forma quando ligados por hífen:se os
elementos são ligados por preposição,
só o primeiro varia (mulas-sem-cabeça); se os elementos são formados por
palavras repetidas ou por onomatopéia,
só o segundo elemento varia (tico-ticos, pingue-pongues); nos demais casos,
somente os elementos originariamente substantivos, adjetivos e numerais variam
(couves-flores, guardas-noturnos, amores-perfeitos, bem-amados, ex-alunos). Quanto ao grauOs substantivos possuem três
graus, o aumentativo, o diminutivo e o normal que são
formados por dois processos:Analítico: o substantivo é modificado por
adjetivos que indicam sua proporção (rato grande, gato pequeno); Sintético:
modifica o substantivo através de sufixos que podem representar além de aumento
ou diminuição, o desprezo ou um sentido pejorativo (no aumentativo sintético:
gentalha, beiçorra), o afeto ou sentido pejorativo (no diminutivo sintético: filhinho,
livreco). Exemplos de diminutivos e aumentativos
sintéticos:sapato/sapatinho/sapatão; casa/casebre/casarão;
cão/cãozinho/canzarrão; homem/homenzinho/homenzarrão; gato/gatinho/gatarrão;
bigode/bigodinho/bigodaço; vidro/vidrinho/vidraça; boca/boquinha/bocarra;
muro/mureta/muralha; pedra/pedregulho/pedrona; rocha/rochinha/rochedo;
Adjetivos (português brasileiro) são as palavras
que caracterizam um substantivo atribuindo-lhe qualidade, estado ou
modo de ser. Flexionam-se em gênero, número e grau.Sua função gramatical
pode ser comparada com a do advérbio em relação aos verbos, aos adjetivos
e a outros advérbios.Exemplos:borboletas azuis céu cinza sandálias
sujas Da mesma forma que os substantivos,
os adjetivos contribuem para a organização do mundo em que vivemos. Assim,
distinguimos uma fruta azeda de uma doce, por exemplo. Eles também
estão ligados a nossa forma de ver o mundo: o que pode ser bom para uns
pode ser mau para outros. Quanto à semânticaA classificação semântica dos adjetivos
pode variar de acordo com o tipo de característica que exprimem. Alguns
exemplos:Cor: vermelho, amarelo, azul, preto, etc. Forma:
quadrado, redondo, triangular, etc. Temperatura: quente, frio, morno,
gelado, etc. Intensidade: forte, fraco, moderado, etc. Proporção:
grande, médio, pequeno, nanico, enorme, etc. Qualidade: bom, bonito,
amável, agradável, etc. Defeito: mau, ruim, feio, horrível, etc. Adjetivos
gentílicos: brasileiro, português, paulista, carioca, lisboeta, etc. Quanto à formaçãoCom
relação à formação das palavras, os adjetivos podem ser classificados em:Primitivo:
Não provém de outra palavra, e serve de base para a formação de outras
palavras, em geral, substantivos abstratos. Exemplos: Triste é
primitivo de tristeza; Negro é primitivo de negritude. Derivado:
Apresenta afixos e
provém de outra palavra. Exemplos: Integral é derivado de íntegro(íntegro
+ sufixo -al); Amansado é derivado de manso(prefixo a-
+ manso + sufixo -ado). Simples: É constituído de um só elemento:
surdo, mudo, etc. Composto: É aquele que é constituído de mais de um
elemento: Plantão médico-cirúrgico, Uniforme alviverde(alvo + verde).
Flexão de adjetivosOs adjetivos
podem sofrer três tipos de flexão:por gênero,por número e por grau.Flexão de GêneroOs adjetivos
podem ser divididos em dois grupos em relação ao género.Adjetivos uniformes:
Apresentam uma única forma para os dois gêneros(masculino e feminino).
Exemplos: empregado competente(masculino)/empregada competente(feminino)
Adjetivos biformes: Apresentam duas formas para os dois
gêneros(masculino e feminino). Exemplo: o homem burguês(masculino)/a
mulher burguesa(feminino) Em geral, para formar o feminino,os adjetivos
levam a vogal -a no final do adjetivo e,para formar o masculino,eles levam
a vogal -o no final do adjetivo. Exemplo:criativo(masculino)/criativa(feminino).
Entretanto, pode haver exceções, como no caso dos masculinos terminados em -eu,
que podem fazer o feminino em -eia (europeu, européia) ou em -ia
(judeu, judia). Flexão de NúmeroO
adjetivo flexiona-se no plural de acordo com as regras existentes para o
substantivo.Nos adjetivos compostos, como regra geral, só o último elemento vai
para o plural Exemplo: poemas herói-comicos Há exceção para o adjetivo
surdo-mudo, que faz o plural surdos-mudos.Não há variação de número nem de
gênero para os seguintes casos: adjetivos compostos com nome de cor +
substativo: olhos verde-mar adjetivo azul-marinho: calças azul-marinho locuções
adjetivas formadas pela expressão cor + de + substantivo: chapéus cor-de-rosa
os substantivos empregados em função adjetivas quando está implicita a idéia de
cor: sapatos cinza Regras para flexão de número para adjetivos compostos Nos
adjetivos compostos,só o último elemento vai para o plural Exemplos: lente
côncavo-convexasNos adjetivos cores,eles ficam invariáveis quando o
último elemento for um substantivo Exemplos: papel azul-turquesa/papéis
azul-turquesa; olho verde-lagoa/verde-água olhos verde-marFlexão de GrauA única flexão de grau propriamente dita dos
adjetivos é entre o grau normal e o grau superlativo absoluto. Exemplos: atual
- atualíssimo, negro - nigérrimo, fácil - facílimo. Algumas
palavras ainda admitem o grau comparativo de superioridade. Exemplos: grande
- maior, bom - melhor.Nos demais casos, o grau é indicado não por
flexões, mas por advérbios. São distintos os seguintes graus:Comparativo de
igualdade: Usa-se para expressar que um ser têm um grau de igualdade a
outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: tanto...quanto, ...assim
como..., tão...quanto, ...do mesmo jeito que..., e outras
variações. Por exemplo: "Fulano é tão alegre quanto sicrano". Comparativo
de superioridade: Usa-se para expressar que um ser têm um grau de
superioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: mais...que
ou mais...do que. Exemplo: "José é mais alegre que
Pedro". Comparativo de inferioridade: Usa-se para expressar que um
ser têm um grau de inferioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas
locuções: menos...que ou menos...do que. Exemplo: "José é menos
alegre que Pedro". Superlativo absoluto (analítico): Exprime
um aumento de intensidade sobre o substantivo determinado pelo adjetivo, sem
compará-lo com outros da mesma espécie. Exemplo: "José é muito alto".
Superlativo absoluto (sintético): É expresso com a participação de
sufixos. O mais comum é –íssimo. Exemplo: “Trata-se de um artista originalíssimo”,
“Seremos tolerantíssimos”. Superlativo relativo de superioridade:
Exprime uma vantagem de um ser entre os demais da mesma espécie. Exemplo:
"José é o mais alto de todos". Superlativo relativo de
inferioridade: Exprime uma desvantagem de um ser entre os demais da mesma
espécie. Exemplo: "José é o menos alto de todos". Locução adjetiva.Locução
adjetiva é a reunião de duas ou mais palavras com função de adjetivo.Elas
são usualmente formadas por:uma preposição e um advérbio uma preposição e um
substantivo Exemplos:Conselho de mãe = Conselho maternal Dor de
estômago = Dor estomacal Périodo da tarde = Périodo vespertino
Pronome - Os pronomes constituem a classe
de palavras categoremáticas,
ou seja, são palavras cujo significado é apenas categorial, sem representar
nenhuma matéria extra-lingüística. A análise de um pronome em isolado não
permitiria identificar nele um significado léxico dentro
de si mesmo, pois seu significado na frase ocorre de acordo com a situação ou
outras palavras do contexto.Assim, o pronome adquire sua classe de acordo com
sua função na frase, de acordo com a coesão textual, e por isto os pronomes são
substantivos, adjetivos, ou adjuntos. Todavia, ao contrário dessas classes de
palavras, o pronome não aceita sufixos aumentativos, diminutivos,
e superlativos
tais como ão, zão, inho, íssimo, etc, no que são
semelhantes aos numerais.Essencialmente,
um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma mais longa), que
funciona como um sintagma nominal completo. Caracterização SemânticaA
semântica caracteriza o pronome por indicar algo, caracteriza-o como dêixes;
dêixes quer dizer apontar para, pois se fomos observar o pronome atua na
frase remetendo a algo dentro dela, ou em seu exterior, apontando e se
referindo a outros elementos do contexto, situação, discurso.O pronome (dêixes)
divide-se primeiramente em três tipos, de acordo com essa idéia de referência, dêixes
ad oculos, dêixes anafórica, dêixes catafórica. Todos estes
tipos indicam a condição do pronome em relação aos falantes do discurso.Dêixes
Ad Oculos: O dêixes ad Oculos é situacional, um pronome com dêixes
situacional aponta para um elemento que está presente para o(s) falante(s).É
óbvio que isto é melhor que aquilo!Na frase sugerida como exemplo, os
pronomes substantivos isto e aquilo não se referem aparentemente a qualquer
substântivo em específico, pois apontam para algo que apenas durante o
enunciado seria possível conhecer, que estaria presente apenas na enunciação. Dêixes
Anafórica: Um pronome com dêixes anafórica aponta para um elemento que foi
dito ao longo da frase, e que pode ser encontrado através de coesão textual.Fui
professora durante minha juventude, mas já não o sou agora.Na frase
sugerida como exemplo, o pronome demonstrativo O remete no caso à profissão de
professor do sujeito da frase, já citada anteriormente. Dêixes Catafórica:
A dêixes catafórica aponta para um elemento que ainda não foi citado no
discurso, ou mesmo que não presente dentro dele.Farei-o, libertarei o Brasil
do domínio português.Na frase sugerida como exemplo, o pronome
demonstrativo O , que é alvo da ação verbal, faz referência ao ato de
libertar o Brasil, uma ação que é enunciada apenas após a aparição do pronome. Dêixes
em Fantasma: Há um quarto tipo de dêixes estabelecido por K. Brugmann
e que se encaixaria no primeiro e no terceiro tipo de dêixes, seria um quarto
tipo especial intitulado como Dêixes em Fantasma.
A dêixes em fantasma
aconteceria em uma conversa hipotética em que o falante transporta o ouvinte a
um cenário de fantasia e no qual usa pronomes para apresentar ao ouvinte os
supostos elementos ali dispostos. Embora tenha valor dentro de uma consideração
psicológica, normativamente não há diferença real, é mais prático ter a Dêixes
em Fantasma encaixada nas outras duas categorias. É ainda de acordo com a
semântica que os pronomes classificam-se em vários tipos: pessoais,
possessivos, demonstrativos (incluindo nesta classificação também o artigo
definido de acordo com o o caso), indefinidos (incluindo nesta classificação
também o artigo indefinido de acordo com o o caso), interrogativos, e relativo.
Alguns pronomes são:mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elasPronome Substantivo e Pronome AdjetivoComo
já foi observado, um pronome aponta para algum elemento do enunciado, e
localiza este elemento (objeto-substantivo) dentro do enunciado. Quando ele faz
referência a um elemento que surge explicito no enunciado, é um pronome
adjetivo ou adjunto; quando porém, ele faz referência a um elemento que não foi
citado, e é encaixado no lugar dele, então caracteriza-se como pronome substantivo
ou absoluto.Pronome pessoal:
Pessoais Retos e Pessoais OblíquosOs pronomes pessoais apontam sempre
para as duas pessoas do enunciado (Eu, Tu, Nós, Vós) e para a
terceira pessoa não inserida no enunciado, que alguns gramáticos chamam por
isto de não-pessoa, e que é a terceira pessoa do plural e também do
singular (Ele, Ela, Eles, Elas). Deve-se compreender que quando elas são
chamadas assim, é por se referirem a elas no enunciado, mas não o construirem,
participarem dele.Os pronomes pessoais dividem-se em retos e oblíquos, os
pronomes retos são Eu, Tu, Ele, Ela, Nós, Vós, Eles, Elas, e funcionam sujeito.
É importante ver que cada pronome pessoal reto possui seus respectivos pronomes
pessoais oblíquos, e por sua vez os pronomes pessoais oblíquos se dividirão em átonos
(fracos) e tônicos (fortes), sendo que cada pronome tônico vem sempre
atrelado a uma preposição.
Pronomes pessoais
|
||||
Pessoa
|
Pronome pessoal reto
|
Pronome pessoal oblíquo
|
||
Átonos
|
Tônicos
|
|||
Singular
|
1ª
|
Eu
|
me
|
mim, comigo
|
2ª
|
Tu
|
te
|
ti, contigo
|
|
3ª
|
Ele, ela
|
se, lhe, o, a
|
si, consigo, ele, ela
|
|
Plural
|
1ª
|
Nós
|
nos
|
nós, conosco
|
2ª
|
Vós
|
vos
|
vós, convosco
|
|
3ª
|
Eles, elas
|
se, lhe, os, as
|
eles, elas, si, consigo
|
A) Pronomes Pessoais Oblíquos Tônicos com
preposições atreladas:
- Os nossos sonhos estão perdidos de nós mesmos.
- Os homens todos perdem quando dois deles brigam entre si.
- Sei o que cabe a mim fazer.
Pronome Oblíquo Reflexivo
Quando é usado o pronome oblíquo reflexivo, isto
quer dizer que a ação da oração recai sobre o próprio sujeito que a praticou.
Observando isto de forma mais técnica, a reflexividade é quase uma inversão da
norma, por que com ela não há a transitividade verbal de um alvo A para
um alvo B, o verbo é praticado por A e reflete sobre A.
- Eu me demorei escrevendo este artigo!
- Ele se matou hoje pela manhã.
- Eu não me vanglorio disso. (O 'me' poderia referir-se a que outro 'eu'?)
- Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
- Assim tu te prejudicas. (Mesma coisa com o 'te')
- Conhece-te a ti mesmo.
- Lavamo-nos no rio.
- Vós vos beneficiastes com a Boa Nova.
Pronome Oblíquo Recíproco
Quando o pronome oblíquo recíproco ele transmite a
idéia de que a ação praticada na oração ocorre entre os sujeitos dela
simultaneamente, com reciprocidade; neste caso são utilizados os pronomes nos,
vos, se.
- Nós nos ajudamos para editar o artigo.
- Eles se entenderam depois da briga.
- Elas se abraçaram como verdadeiras amigas!
Pronomes em Formas de Tratamento
Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes
de tratamento ou formas pronominais de tratamento, que são formas substantivas
de tratamento indireto, e se referem à segunda pessoa do discurso, mas sua
concordância é feita em terceira pessoa. São palavras ou expressões que
substituem o pronome pessoal no discurso. O pronome de tratamento é uma maneira
de se referir ou tratar com uma pessoa utilizando-se de seus atributos ou com
referência a posição familiar, profissional, religiosa, social, etc que ocupam.
- Vossa eminência. (cardeais)
- Vossa Onipotência ( para Deus)
- Vossa reverendíssima (sacerdotes)
- Vossa Majestade (reis, imperadores)
- Vossa Alteza (príncipes, Duques)
Nota: No Brasil, costuma-se usar o pronome 'si' também com sentido reflexivo,
contudo o mesmo não ocorre em Portugal. Portanto, uma oração como "Ela
falou de si" seria genéricamente entendida no Brasil como "de si
mesma" enquanto em Portugal como "de outrem". O mesmo vale para
'consigo': "Antônio conversou consigo mesmo".
Nota: A gente: utilizar o substantivo gente associado ao artigo definito A
remetendo a um grupo de pessoas (Eu + Tu, Eu + Nós, Eu + Eles, etc) é
caracterizado como pronome de lingua informal e sua conjugação se faz com verbo
na terceira pessoa do singular.
Nota: Você: é um pronome de uso coloquial popularizado; tem como origem o
pronome de tratamento Vossa Mercê, hoje em desuso assim como vós, embora com
uso de Tu, sua conjugação se faz pela terceira pessoa do singular; já a forma
plural ‘vocês’ tem conjugação pela terceira pessoal do plural.
Pronome Possessivo
São aqueles que se referem às três pessoas do
discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa. Flexionam-se em gênero e
número, concordando com a coisa possuída, e em pessoa, concordando com o
possuidor.
Pronomes possessivos
|
|||||
Pessoa
|
Singular
|
Plural
|
|||
Masc.
|
Fem.
|
Masc.
|
Fem.
|
||
Singular
|
1ª
|
meu
|
minha
|
meus
|
minhas
|
2ª
|
teu
|
tua
|
teus
|
tuas
|
|
3ª
|
seu
|
sua
|
seus
|
suas
|
|
Plural
|
1ª
|
nosso
|
nossa
|
nossos
|
nossas
|
2ª
|
vosso
|
vossa
|
vossos
|
vossas
|
|
3ª
|
seu
|
sua
|
seus
|
suas
|
Pronome Possessivo Adjetivo
Como já foi observado, o pronome possessivo
atribui posse à alguma das pessoas do discurso; quando o pronome possessivo é
empregado ele pode estar se refereindo a um objeto que já foi citado e que por
isso não precisa ser repetido, ou a um objeto que sequer foi citado.
Quando o pronome possessivo faz referência a um
substantivo já citado, atribuindo sua posse à um sujeito, ele tem função
ADJETIVA ou de ADJUNTO.
- O MEU coturno é melhor que o TEU.
Os dois pronomes estão adjetivando o substantivo
coturno, já citado.
Pronome Possessivo Substantivo
Quando um pronome possessivo faz referência a um
substantivo que não foi sequer enunciado, ele acaba cumprindo o papel desse
substantivo ausente dentro da frase, e é portanto um pronome possessivo
substantivo ou também chamado pronome possessivo absoluto.
- O MEU é melhor que o TEU.
Os dois pronomes estão referindo à posse de algo
que não foi citado na frase e estão em lugar dele.
Pronome Indefinido
São aqueles que se referem a substantivos de modo
vago, impreciso ou genérico. São pronomes indefinidos aqueles que se referem à
3ª pessoa do discurso de modo, ou em quantidade, indeterminada. Um pronome
indefinido pode ser variável ou invariável:
Pronomes Indefinidos Substantivos (Invariáveis)
- Os invariáveis não se alteram com desinências
para ter concordância verbal, serão sempre os mesmos independente de contexto
masculino, feminino, plural, ou singular; e por isso também atuarão como
pronomes substantivos:
Pronomes Indefinidos
Substantivos
|
|
Alguém, Ninguém, Tudo, Nada, Algo, Outrem
|
Pronomes Indefinidos Adjetivos (Variáveis)
Os variáveis são aqueles que se alteraram para
concordar com seu contexto, e terão função adjetiva.
Pronomes Indefinidos
Adjetivos
|
|
Todo, toda, um, uma, algum, alguma, nenhum,
nenhuma, certo, certa, muito,
|
|
muita, outro, outra, pouco, pouca, tanto,
tanta, qualquer, quaisquer, cada
|
Nota: Cada: embora seja pronome indefinido adjetivo, é o único que não é
variável.
Nota: A disposição das palavras no enunciado muda o sentido do texto, bem como
sua classificação.
- "Certos objetos chegam na hora certa."
A primeira ocorrência da palavra ‘certos’ é
realmente um pronome indefinido adjetivo variável, porém a segunda ocorrência é
um adjetivo em estado puro.
Pronome Demonstrativo
São aqueles que indicam a posição do ser no espaço
(em relação às pessoas do discurso), no tempo ou dentro do próprio texto
(coesão textual). Essa classe pronominal possui as seguintes relações com as
pessoas do discurso:
- primeira pessoa: este, esta, estes, estas, isto.
Indicam algo próximo à primeira pessoa,
que irá acontecer em breve ou que será citado mais adiante no texto.
- segunda pessoa: esse, essa, esses, essas, isso.
Indicam algo próximo à segunda pessoa, que
aconteceu há pouco ou que foi citado anteriormente no texto.
- terceira pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Indicam algo próximo à terceira pessoa ou
com algo que vem antes em uma enumeração de coisas.
Os pronomes "isto", "isso" e
"aquilo" são classificados geralmente como demonstrativos, mas
funcionam como pronomes pessoais de terceira pessoa, representantes do gênero
neutro.
Outros pronomes
demonstrativos
|
|
mesmo, mesma, mesmos, mesmas: quando
têm sentido de "identico", "em pessoa";
|
|
próprio, própria, próprios,
próprias: quando têm sentido de "idêntico", "em
pessoa";
|
|
semelhante, semelhantes; são
demonstrativos quando equivalerem a "tal" ou "tais";
|
|
tal, tais;
|
|
o, a, os, as: quando puderem
ser substituídos por "isto", "isso", "aquilo" e
variações.
|
Pronome Relativo
O pronome relativo é em geral um pronome de dêixes
anafórica, ou seja, um pronome de retorno que está apontando para algo que já
foi citado, para um elemento anterior. Afora isto, o pronome relativo pode
apresentar dois diferentes papéis gramaticais, esse com dêixes anafórica, e
ainda o de transpositor de oração.
- Bloquearam a página para edição, a qual ficou incompleta. (pronome relativo a qual)
- Ela me mostrou uma página de usuário que eu gostei! (pronome relativo que)
Pronomes Relativos
|
|
qual, o qual, a qual os quais, as quais, cujo,
cuja, cujos cujas,
|
|
Que quanto, quantas, quantos, onde
|
A) Transpositor de Oração Pronome Relativo Que: O transpositor pronome relativo que
age fazendo a ligação de duas orações independentes uma da outra, e então
quando isto ocorre uma delas fará adjetivação se tornando adjunto adnominal
daquilo apontado.
- Eles são wikipedistas [que] trabalham em artigos novos.
Eles são wikipedistas + Os wikipedistas trabalham
em artigos novos.
Nota: Quem funciona como pronome relativo quando aponta para elementos citados,
e é precedido de preposição.
- Ele foi o wikipedista de quem mais se falou.
Pronome Interrogativo
Os pronomes interrogativos consistem em pronomes
relativos (quem, que, qual quanto e variações) com referência à pessoas e
coisas, e são utilizados em perguntas diretas ou indiretas.
- Quem editou este artigo?
- Que bloqueio, senhor administrador?
- Que editaste?
- Qual administrador editou?
- Qual foi feito?
- Quantos eram?
- Quantos artigos editou?
Quem: Em linhas gerais faz referência indivíduos, e é um pronome substantivo.
Que: Em linhas gerais faz referência a indivíduos e coisas, ou indicador de
seleção como no quarto exemplo, e é um pronome substantivo e adjetivo.
Qual: Em linhas gerais busca fazer uma diferenciação, selecionar, e é pronome
adjetivo.
Nota: O que: é uma forma enfatizada de Que;
Nota: Quem também pode ser caracterizado como pronome relativo indefinido de
uso absoluto.
Atenção!
O uso de classificação pronominal requer muita
atenção, posto que alguns pronomes variam de classificação de acordo com sua
posição na frase, como foi mostrado; e não obstante isto, MUITAS outras
palavras, não citadas acima, tem valor pronominal quando empregadas em certos
contextos. Há muitos erros comuns no que tange à classificação pronominal.
- O pronome O, quando empregado sem valor demonstrativo, e antecedendo um substantivo explicito ou oculto, perde de imediato seu caráter de pronome, e é considerado artigo definido!
- O, os, a, as que surgem atrelados a vários pronomes como os relativos, que surgem muitas vezes precedidos deles, são meras PREPOSIÇÕES, fora de tal situação em geral são artigos definidos!
- Os pronomes indefinidos quantitativos podem ser frequentemente confundidos com adjuntos adverbiais.
Ele sabia muito sobre a wikipedia. (adjunto adverbial).
Muito já fiz. (pronome)
Numeral é uma palavra variável que indica a quantidade exata de seres ou a posição
que o ser ocupa, podendo ser classificado como cardinal, ordinal,
multiplicativo ou fracionário.
Numerais Cardinais
Os numerais cardinais são aqueles que utilizam os
números naturais para a contagem de seres ou objetos, ou até designam a
abstração das quantidades: os números em si mesmos (Exemplo: Dois mais dois são
quatro), neste último caso valendo então, na realidade, por substantivos. Os
numerais cardinais um, dois (e todos os números terminados por estas unidades),
assim como as centenas contadas a partir de duzentos, são variáveis em gênero. Os numerais que
indicam milhões, bilhões etc. são invariáveis em gênero.
Numerais Coletivos
Os numerais coletivos são aqueles que indicam uma
quantidade específica de um conjunto de seres ou objetos. São termos variáveis
em número e invariáveis em gênero.
Exemplos de numerais coletivos são: dúzia(s),
milheiro(s), milhar(es), dezena(s), centena(s), par(es), década(s), grosa(s).
Numerais Fracionários
Os numerais fracionários são aqueles que indicam
partes, frações, sendo concordantes com os numerais cardinais. Exemplo: Três
quartos da superfície terrestre são cobertos de água.
Numerais Multiplicativos
Os numerais multiplicativos são aqueles que
indicam uma quantidade equivalente a uma multiplicação (uma duplicação, uma
triplicação etc.).
Exemplos: Às vezes, as palavras possuem duplo
sentido; Arrecadou-se o triplo dos impostos relativos ao ano passado.
Numerais Ordinais
Os numerais ordinais são aqueles que indicam a
ordenação ou a sucessão numérica de seres e objetos. Exemplos: Recebeu o seu
primeiro presente agora mesmo.
Artigos são palavras que precedem aos substantivos
(ou seja vem antes dos substantivos) para determiná-lo ou indeterminá-lo. Os
artigos definidos (o, a, os, as),de modo geral, indicam seres
determinados, conhecidos da pessoa que fala ou escreve.
- Falei com o médico.
- Já encontramos os livros perdidos.
Os artigos indefinidos (um, uma , uns,
umas) indicam os seres de modo vago, impreciso.
- Uma pessoa lhe telefonou.
- Uns garotos faziam barulho na rua.
Os artigos definidos são declináveis, podendo se
combinar com algumas preposições, formando os seguintes casos:
- Genitivo: do, da, dos, das (preposição "de")
- Locativo: no, na, nos, nas (preposição "em")
- Dativo: ao, à, aos, às (preposição "a")
- Ablativo: pelo, pela, pelos, pelas (preposição "por")
- Comitativo (em desuso): co, coa, cos, coas (preposição "com")
Observações sobre alguns empregos dos artigos.
- 1. O artigo definido, no singular, pode indicar toda a espécie:
·
- A águia enxerga das alturas.
- O homem é mortal.
- 2. É facultativo (opcional) o uso do artigo com os pronomes possessivos:
·
- Sua intenção era das melhores.
- A 'sua intenção era das melhores.
- 3. Os nomes próprios podem vir com artigo:
·
- Os Oliveiras vêm jantar conosco.
- O Antônio é bom pedreiro.
- 4. Muitos nomes próprios de lugares admitem o artigo, outros não:
- a Bahia, o Amazonas, Santa Catarina, Goiás, os Andes.
- 5. O artigo indefinido pode realçar (dar intensidade a) uma idéia:
Ele falava com uma segurança que
impressionava a todos!
·
- Era uma euforia, uma festa, como jamais se viu!
- 6. O indefinido pode, também, dar idéia de aproximação:
·
- Eu devia ter uns quinze anos, quando isso aconteceu.
- 7. A palavra todo(a) pode variar do sentido, se vier ou não acompanhada de artigo:
·
- Toda a casa ficou alagada. (inteira, completa, total)
- Toda casa deve ter segurança. (cada, qualquer)
- 8. Com o numeral ambos (ambas) usa-se o artigo:
·
- Ambas as partes chegaram a um acordo. (ambas = as duas)
Não se emprega o artigo
- 1. Com a palavra casa e terra não especificada:
- Venho de casa.
- Passei em casa. Não estavam em casa.
- Vou para casa.
- Os marinheiros permaneceram em terra.
Porém:
- Venho da casa do meu amigo.
- Estivemos na casa do meu amigo.
- Estivemos na casa de parentes.
- Estive na terra da minha avó.
- 2. Depois do pronome relativo cujo não se usa artigo:
·
- Visitei um artista cujos quadros são famosos.
- 3. Os provérbios em geral dispensam o artigo:
·
- Filho de peixe, peixinho é.
- Tempo é dinheiro.
- Casa de ferreiro, espeto de pau.
Verbo é o nome dado à classe gramatical que designa uma ocorrência ou situação.
É uma das duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o
substantivo. É o verbo que determina o tipo do predicado.
|
Classificação
Os verbos admitem vários tipos de classificação,
que englobam aspectos tanto semânticos quanto morfológicos. Podem ser divididos
da seguinte forma:
Quanto à semântica
·
Verbos
transitivos: Designam
ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afetam outro(s)
indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação. Podem ser
transitivos diretos se precedem diretamente o objeto, ou indiretos, se exigem
uma preposição antes do objeto. Exemplos: dar, fazer, vender,
escrever, amar etc.
·
Verbos
intransitivos: Designam
ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, mas que não afetam
outros indivíduos. Exemplos: andar, existir, nadar, voar
etc.
·
Verbos
de ligação: São os verbos
que, em vez de ações, designam situações. Servem para ligar o sujeito ao
predicativo. Exemplos: ser, estar, parecer, permanecer,
continuar, andar, tornar-se, ficar, viver, virar
etc.
·
Verbos
impessoais: São verbos
que designam ações involuntárias. Geralmente, mas nem sempre, designam
fenômenos meteorológicos e, portanto, não têm sujeito nem objeto na oração.
Exemplos: chover, anoitecer, nevar, haver (no
sentido de existência) etc.
Quanto à conjugação
·
Verbos
da primeira conjugação:
São os verbos cuja vogal temática é a: molhar, cortar, relatar,
etc.
·
Verbos
da segunda conjugação:
são os verbos cuja vogal temática é e: receber, conter, poder
etc. O verbo anômalo pôr (único com o tema em o), com seus
compostos, também é considerado da segunda conjugação devido à sua forma antiga
(poer).
·
Verbos
da terceira conjugação:
são os verbos cuja vogal temática é i: sorrir, fugir, iludir,cair,colorir,
etc..
Quanto à morfologia
·
Verbos
regulares: Flexionam
sempre de acordo com os paradigmas da conjugação a que pertencem. Exemplos:
amar, vender, partir, etc.
·
Verbos
irregulares: Sofrem
algumas modificações em relação aos paradigmas da conjugação a que pertencem.
Exemplos: resfolegar, caber, medir ("eu resfolgo", "eu
caibo", "eu meço", e não "eu resfolego", "eu
cabo", "eu medo").
·
Verbos
anômalos: Verbos que não
seguem os paradigmas da conjugação a que pertence, sendo que muitas vezes o
radical é diferente em cada conjugação. Exemplos: ir, ser, ter ("eu
vou", "ele foi"; "eu sou", "tu és",
"ele tinha", "eu tivesse", e não "eu io",
"ele iu", "eu sejo", "tu sês", "ele
tia", "eu tesse"). O verbo "pôr" pertence à segunda
conjugação e é anômalo a começar do próprio infinitivo.
·
Verbos
defectivos: Verbos que
não têm uma ou mais formas conjugadas. Exemplos: reaver, precaver - não existem
as formas "reavejo", "precavenha", etc.
·
Verbos
abundantes: Verbos que
apresentam mais de uma forma de conjugação. Exemplos: encher - enchido, cheio;
fixar - fixado, fixo.
Flexão
Ver artigo principal: Modos e tempos verbais
Ver artigo principal: Formas nominais do verbo
Os verbos têm as seguintes categorias de flexão:
·
Número: singular e plural.
·
Pessoa: primeira (transmissor), segunda
(receptor), terceira (mensagem).
·
Modo: indicativo, conjuntivo ou subjuntivo,
imperativo, alem das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio).
·
Tempo: presente, pretérito perfeito, pretérito
imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do
pretérito.
·
Voz: ativa, passiva (analítica ou sintética),
reflexiva.
Advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um
verbo ou um adjetivo ou um outro advérbio. Raramente modificam um substantivo.
É a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
Não se flexionam em gênero e número, mas podem
sofrer flexão de grau.
Uma locução adverbial ocorre quando duas ou mais
palavras exercem função de advérbio. Locuções adverbiais são conjuntos de
palavras, geralmente introduzidas por uma preposição, que exercem a função de
advérbio: às pressas, à toa, às cegas, às escuras, às vezes, de quando em
quando, de vez em quando, à direita, à esquerda, em vão, frente a frente, de
repente, de maneira alguma, etc.
A função do adverbio é:
- Morfologicamente: é invariável, ou seja, não apresenta flexão de gênero, numero modo, etc;
- Semanticamente: expressa uma circunstancia como: lugar, tempo, modo, dúvida, afirmação, negação e intensidade;
- Sintacticamente: modifica um verbo, um adjetivo, um outro advérbio ou toda uma afirmação expressa em uma frase.
|
Classificação
A classificação dos advérbios é feita de acordo
com a semântica.
Podem ser distinguidas as seguintes categorias:
- Advérbios sentenciais
·
de
afirmação: sim,
realmente, certamente, verdadeiramente, com certeza, de fato, efetivamente,
deveras, etc.
·
de
negação: Não,
absolutamente,tampouco, de modo algum, de forma alguma, etc.
·
de
dúvida: Talvez,
possivelmente, provavelmente, hipoteticamente, quiçá, etc.
- Advérbios temporais
·
de
passado: ontem,
anteontem, trás-anteontem, etc.
·
de
presente: hoje, agora,
atualmente, etc.
·
de
futuro: amanhã,
futuramente, posteriormente, etc.
·
de
período: anualmente,
semanalmente, mensalmente, eventualmente, sempre, etc.
- Advérbios de lugar: aqui, lá, cá, aí, perto, longe, abaixo, acima, dentro, fora, além, adiante, em cima, ao lado, à direita, à esquerda, alures (= em algum lugar), alhures (= em outro lugar), nenhures (= em nenhum lugar), etc.
- Advérbios de modo: rapidamente, belamente, tristemente, loucamente (a maioria terminada em "mente") etc.
- Advérbios de intensidade: muito, pouco, bastante, suficiente, demais, assaz, menos, tão, de todo, etc.
As palavras nunca e jamais podem
servir de advérbios temporais ou de negação, dependendo do contexto em que se
inserem.
Flexão do advérbio
Apenas os advérbios de quantidade, de lugar e de
modo são flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única flexão
propriamente dita que existe na categoria dos advérbios é a de grau, a saber:
- Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe - longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - inconstitucionalissimamente, etc.
- Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho, etc.
Os advérbios "bem" e "mal"
admitem ainda o grau comparativo de superioridade, respectivamente,
"melhor" e "pior".
Existem também as formas analíticas de representar
o grau, que não são flexionadas, mas sim, representadas por advérbios de
intensidade como "mais", "muito", etc. Nesse caso, existe o
grau comparativo (de igualdade, de superioridade, de inferioridade) e o grau
superlativo (absoluto e relativo).
Observação
- As palavras "muito", "pouco" e "tanto" não podem ser pronomes indefinidos, e além disso são invariáveis . A diferenciação é fácil: podendo variar em gênero ou plural, serão pronomes indefinidos; quando forem invariáveis, serão advérbios.
- Não confundir advérbio interrogativo com pronome interrogativo. Usar mesma regra para diferenciação que a usada para as palavras "muito", "pouco" e "tanto".
exemplo:
Eu estou MUITO feliz.
Ele/ela está MUITO feliz.
Eles/elas estão MUITO felizes.
Nós estamos MUITO felizes.
Eu estou MUITO feliz.
Ele/ela está MUITO feliz.
Eles/elas estão MUITO felizes.
Nós estamos MUITO felizes.
Em todos os exemplos, o "muito" não muda
no singular feminino a penas no masculino outros não muda no plural masculino
só no feminino.
- "Melhor" e "pior" não são as formas irregulares do grau comparativo dos advérbios "bem" e "mal". Porém, se estão juntos de adjetivos ou particípios, usam-se as formas "mais bem" e "mais mal". Exemplos:
- Ele está melhor.
- Ele está pior.
- O seu trabalho está mais bem feito que o meu.
- O seu trabalho está mais mal feito que o meu.
- Quando na mesma frase há dois ou mais advérbios terminados em mente, o sufixo é colocado somente no último.
Ex. Ela fez tudo fria e cruelmente.
Certas palavras, apesar de apresentarem forma
semelhante a advérbios,
não se relacionam com nenhuma outra palavra da frase. São usadas para indicar
que se está querendo realçar uma idéia, incluir ou excluir uma informação,
introduzir uma explicação, corrigir algo que foi dito incorreta ou
imprecisamente. Segundo Celso Cunha, convém "dizer apenas palavra
ou locução denotativa" de afetividade, continuação, exclusão,
inclusão, retificação, realce, explicação e designação.
Preposição é uma palavra
invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao
primeiro. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo
a substantivo, verbo
a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a
substantivo, advérbio a substantivo, etc. Só não pode ligar verbo a
verbo: o termo que liga dois verbos (e suas orações)
é a conjunção.
Exemplo: "Os alunos do colégio assistiram ao
filme de Walter Salles comovidos", teremos como elementos
da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o filme, Walter Salles e a
qualidade dos alunos comovidos. O restante é preposição. Observe: "do"
liga "alunos" a "colégio", "ao"
liga "assistiram" a "filme", "de"
liga "filme" a "Walter Salles". Portanto são
preposições. O termo que antecede a preposição é denominado regente e o termo
que a sucede, regido. Portanto, em "Os alunos do colégio...",
teremos: os alunos = elemento regente; o colégio = elemento regido.
|
Tipos de preposição
As preposições são:
a,ante,até,após,com,contra,de,desde,em,para,perante,por,sem,sob,sobre,trás.
Essenciais
Aquelas que só funcionam como preposição,
são elas:
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, perante, por, per, para, sem, sob, sobre, trás.
obs.: Na linguagem informal, a preposição para
reduz-se freqüentemente à forma pra.
Acidentais
Aquelas que passaram a ser preposições, mas são
provenientes de outras classes gramaticais, como:
durante,afora,menos,salvo,conforme,exceto,como,que,etc... Exemplos: Agimos conforme
a atitude deles. Conversamos muito durante a viagem. Obtiveram como
resposta um bilhete. Ele terá que fazer o trabalho.
Locução prepositiva
As locuções prepositivas são duas ou mais palavras
que funcionam solidariamente como preposições. Sempre que há uma locução
prepositiva, a segunda palavra do conjunto por si só é uma preposição. Existe
uma infinidade de locuções prepositivas, segue alguns exemplos: "graças
a"; "para com"; "dentro de"; "em frente a";
"perto de"; "por entre"; "de acordo com";
"em vez de"; "apesar de"; "a respeito de";
"junto de"; "por cima de"; "em cima de"; acerca
de; a fim de; apesar de; através de; de acordo com; em cima de; em vez de;
junto de; para com; à procura de; à busca de; à distância de; além de; antes
de; depois de; à maneira de; junto a; a par de; entre outras. As locuções
prepositivas têm sempre como último componente uma preposição.
Contração
Junção de algumas preposições com outras palavras,
quando a preposição sofre redução.
Ex. do (de + o); neste (em + este); à (a + a)
Obs.: Não se deve contrair a preposição
"de" com o artigo que inicia o sujeito de um verbo, nem com o pronome
"ele(s)", "ela(s)", quando estes funcionarem como sujeito
de um verbo. Por exemplo, a frase "Isso não depende do professor
querer" está errada, pois professor funciona como sujeito do verbo querer.
Portanto a frase deve ser "Isso não depende de o professor querer" ou
"Isso não depende de ele querer". ou as vezes quando os verbos que
fazem referencia ao sujeito que terminem com ir ou ar no feminino pode ficar da
seguinte maneira:isso nao depende da professora cantar
Combinação
Junção de algumas preposições com outras palavras,
quando não há alteração fonética.
Ex: ao (a+o); aonde (a+onde).
Circunstâncias
As preposições podem indicar diversas
circunstâncias:
- Lugar = Estivemos em São Paulo.
- Origem = Essas maçãs vieram do Japão.
- Posse = Recebeu a herança do avô.
- Matéria = Comprei roupas de lã.
- Valor = Camisa de dez reais.
- Autoria = Quadro de Leonardo da Vinci.
- Tempo = Eu cheguei em ponto/ A favor da maioridade penal aos 16 anos. obs: o aos tem valor de : a partir de..
Conjunção, na gramática,
é uma classe de palavras
invariáveis que serve para conectar orações,
estabelecendo entre elas uma relação de dependência ou de simples coordenação.
Alguns exemplos de conjunções são: portanto, logo,
pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, porém,
todavia, quer, contudo, seja, conforme, etc.
|
Classificação das conjunções
O estudo das conjunções é bastante amplo e foi
portanto dividido de acordo com a sua classificação formal. Segue a lista dos
tipos de conjunções:
Coordenativas
Classificam-se como
-Aditivas: idéia de adição, soma: e, nem,
mas também, como (depois de não só), como ou quanto (depois de tanto) etc.
-Adversativas: exprimem oposição,
contraste, compensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto,
não obstante etc.
-Alternativas: exprimem alternativa,
alternância, escolha: ou, ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer,
seja ... seja, etc.
-Explicativas: exprimem explicação, razão,
motivo: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo). (Gramática - Teoria
e Exercícios - Paschoalin & Spadoto)
-Conclusivas: indicam conclusão:
pois(posposto ao verbo), logo, portanto, então.
Subordinativas
Ligam orações dependentes a uma oração principal
cujo sentido é incompleto.
Serve para introduzir uma oração que funciona como
sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou
aposto de outra oração.
Integrantes
São duas: que e se. Quando o verbo
exprime uma certeza, usa-se que; quando incerteza, se:
Afirmo que sou
estudante.
Não sei se existe ou
se dói.
Espero que você não
demore.
OBS: Uma forma de identificar quando o
"se" e o "que" são conjunção integrante ,podemos
substitui-los por "isso", "isto" e "aquilo".
Exemplo:
Afirmo que sou
estudante. (Afirmo isto.)
Não sei se existe ou
se dói. (Não sei isto.)
Espero que você não
demore. (Espero isto.)
Adverbiais
As adverbiais podem ser classificadas de acordo
com o valor semântico que possuem. Assim podem ser:
Conjunção causal
porque, pois,
por quanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto
como, que, entre outros.
Inicia uma oração subordinada denotadora de
causa.
Dona Luísa fora para lá
porque estava só.
Como o calor estivesse
forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
Como o frio era grande, aproximou-se
das labaredas.
Conjunção comparativa
que,
(mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como,
assim como, bem como, como se, que nem (dependendo da frase, pode expressar
semelhança ou grau de superioridade), etc.
Iniciam uma oração que contém o segundo membro de
uma comparação. Indica COMPARAÇÃO entre dois membros.
Era mais alta que baixa.
Nesse instante, Pedro se
levantou como se tivesse levado uma chicotada.
O menino está tão confuso
quanto o irmão.
O bigode do seu Leocádio
era amarelo, espesso e arrepiado que nem vassoura usada.
Conjunção concessiva
embora,
conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que,
nem que,em que, que,e, etc.
Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato
contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la.
Pouco demorei, conquanto
muitos fossem os agrados.
É todo graça, embora as
pernas não ajudem ..
Conjunção condicional
se, caso,
quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a
não ser que, etc.
Iniciam uma oração subordinada em que se indica
uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou
não o fato principal.
Seria mais poeta, se fosse
menos político.
Consultava-se, receosa de
revelar sua comoção, caso se levantasse.
Conjunção conformativa
conforme, como,
segundo, consoante, etc.
Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade
de um pensamento com o da oração principal.
Cristo nasceu para todos,
cada qual como o merece.
Tal foi a conclusão de
Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)
Conjunção consecutiva
que (combinada
com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na
oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que
Iniciam uma oração na qual se indica a
conseqüência do que foi declarado na anterior.
Soube que tivera uma emoção
tão grande que Deus quase a levou.
Falou tanto na reunião que
ficou rouco
A aluna estudou e aprendeu.
Conjunção explicativa
porque,
porquanto, que, pois, etc.
Iniciam uma oração coordenada que explica um fato
anterior.
Reza, que Deus ajuda.
Conjunção final
para que, a fim
de que, porque [= para que], que
Iniciam uma oração subordinada que indica a
finalidade da oração principal
Aqui vai o livro para que o
leia.
Fiz-lhe sinal que se
calasse.
Chegue mais cedo a fim
de que possamos conversar.
Conjunção proporcional
à medida que, ao
passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais ... (mais), quanto mais
(tanto mais), quanto mais ... (menos), quanto mais ... (tanto menos), quanto
menos ... (menos), quanto menos ... (tanto menos), quanto menos ... (mais),
quanto menos ... (tanto mais)
Iniciam uma oração subordinada em que se menciona
um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração
principal.
Ao passo que nos
elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.
Tudo isso vou escrevendo
enquanto entramos no Ano Novo.
O preço da carne aumenta à
proporção que esse alimento falta no mercado.
Conjunção temporal
quando, antes
que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as
vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.
Iniciam uma oração subordinada indicadora de
circunstância de tempo
Custas a vir e, quando
vens, não te demoras.
Implicou comigo assim que
me viu.
Observações gerais
Uma conjunção é na maioria das vezes precedida ou
sucedida por uma vírgula (",") e muito raramente é sucedida por um
ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases com as conjunções
marcadas em negrito:
"Aquele é um bom
aluno, portanto deverá ser aprovado."
"Meu pai ora
me trata bem, ora me trata mal."
"Gosto de comer
chocolate, mas sei que me faz mal."
"Marcelo pediu que
trouxéssemos bebidas para a festa."
"João subiu e
desceu a escada."
Quando a banda deu seu acorde final, os
organizadores deram início aos jogos.
Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica.
Assim é que, para classificar uma conjunção ou locução conjuntiva, é preciso
que ela seja substituível, sem mudar o sentido do período, pela conjunção
típica. Por exemplo, o "que" somente será conjunção coordenativa
aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e".
Veja o exemplo:
"Dize-me com quem andas, que eu te
direi quem és."
"Dize-me com quem andas, e eu te direi
quem és."
As conjunções alternativas caracterizam-se pela
repetição, exceto "ou", cujo primeiro elemento pode ficar subentendido.
As adversativas, exceto "mas", podem
aparecer deslocadas. Neste caso, a substituição pelo tipo (conjunção típica) só
é possível se forem devolvidas ao início da oração.
A diferença entre as conjunções coordenativas
explicativas e as subordinativas causais é o verbo: se este estiver no
imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha a
janela, porque faz frio."
O "que" e o "se" serão
integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta "Qual é a
coisa que…?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:
Não sei se morre de
amor. (Qual é a coisa que
não sei? Se se morre de amor.)
O uso da conjunção "pois" pode a ser
classificada em:
-Explicativa, quando a preposição estiver antes do verbo;
-Conclusiva, quando a preposição estiver depois do verbo;
-Causal, quando a preposição puder ser substituida por "uma vez que".
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