terça-feira, 8 de abril de 2014

VOGAL & ENCONTRO VOCÁLICO

Vogal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Modos de articulação
Obstruente
Oclusiva
Africada
Fricativa
Sibilante
Soante
Nasal
Vibrante
Simples
Múltipla
Aproximante
Líquida
Vogal
Semivogal
Lateral
Fluxo de ar
Ejetiva
Implosiva
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Vogal é todo fonema em cuja emissão o ar passa livremente pela boca (ou também pelo nariz), sem obstrução. 1 2
Também é como se denominam as letras que representam os sons vocálicos. Na língua portuguesa são cinco as letras usadas para representar vogais: A, E, I, O e U. Apesar do Y ser representado pelo som vocálico de 'i', ele ainda é considerado como sendo consoante[carece de fontes].
Na maioria das línguas as vogais constituem o que se chama de cume silábico, ou seja, qualquer sílaba tem de possuir uma vogal, quer tenha consoante(s) ou não, sendo essa vogal o segmento fonético pronunciado com maior intensidade.

Articulação

As características da articulação distinguem as diferentes qualidades das vogais. Daniel Jones elaborou o sistema de vogal cardinal, para descrever as vogais em termos comuns como a altura (posição vertical da língua), a posteridade (posição horizontal da língua) e o arredondamento (posição dos lábios). E também existem outras características como a nasalização, a fonação, a posição da raíz da língua, e mais algumas outras características.

Nasalização

São variações das vogais onde o ar é liberado também pelo nariz. As vogais nasais são encontradas em algumas línguas, as quais incluem, além do português, o francês, o polonês, o yorùbá, o navajo e o cassúbio, além do dialeto sueco älvdalzmål.

Altura

Vogais
Ver também: AFI, Consoantes
Editar Anterior Quase anterior Central Quase posterior Posterior
Fechada
Blank vowel trapezoid.svg
i • y
ɨ • ʉ
ɯ • u
ɪ • ʏ
• ʊ
e • ø
ɘ • ɵ
ɤ • o
ɛ • œ
ɜ • ɞ
ʌ • ɔ
a • ɶ
ɑ • ɒ
Quase fechada
Semifechada
Média
Semiaberta
Quase aberta
Aberta
Quando símbolos são apresentados em pares, o da
direita representa uma vogal arredondada.
O Alfabeto Fonético Internacional identifica sete diferentes alturas vocálicas.

Posteridade

O Alfabeto Fonético Internacional identifica cinco diferentes graus de posteridade.

Arredondamento

O termo arredondamento refere se as vogais são pronunciadas com os lábios arredondados ou não, na língua portuguesa, todas as vogais posteriores são arredondadas, enquanto as vogais anteriores e centrais não.

Fonação

A fonação consiste nas vibrações das cordas vocais durante a articulação, na maioria das línguas no mundo as vogais são todas sonoras.

Tensão

O contraste entre as tensões são comuns numa pequena quantidade de idiomas, principalmente nas línguas germânicas, como no caso da língua inglesa, geralmente usa-se mais o termo vogais longas e vogais curtas, como por exemplo, a diferença da pronuncia tensa de leap [liːp] e da lassa de lip [lɪp].

ATR

O ATR (do inglês Advanced Tongue Root, raíz da língua adiantada), é uma característica muito comum nos idiomas africanos. O contraste entre a raíz da língua adiantada e a retraída se assemelham acústicamente com o contraste entre o tenso e o lasso, mas são articulados de maneira diferente. As vogais ATR envolvem uma notável tensão no aparelho vocal.

R vocálico

Ocorrem em alguns idiomas, sendo o exemplo mais conhecido, o de muitos sotaques da língua inglesa, são as vogais que antecedem o R aproximante em finais silábicos, como em surfer [ˈsɝːfɚ] no inglês americano.

Fechamentos secundários no aparelho vocal

A faringalização e epiglotalização ocorrem em alguns idiomas, são assemelhantes ao ATR, mas são acusticamente distintos.

Encontros vocálicos

Quando vogais e semivogais aparecem juntas em determinadas palavras, isto é chamado de encontros vocálicos.

Ditongo

Ditongo é o encontro de uma vogal e uma semivogal (e vice-versa), em uma mesma sílaba. O ditongo decrescente é o encontro sequencial de uma vogal com uma semivogal, o ditongo crescente da semivogal com a vogal. 3
Exemplos:
  1. História → his-tó-ria
    1. ia, semivogal (i) com vogal (a).
  2. Vaidade → vai-da-de
    1. ia, semivogal (i) com vogal (a).

Tritongo

Tritongo é o encontro de uma vogal permeada por duas semivogais numa mesma sílaba. 4
Exemplos:
  1. Iguais → i-guais
    1. uai, uma semivogal (u), seguido de vogal (a), seguido de uma semivogal (i).

Hiato

Hiato é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes. 5
Exemplos:
  1. Ruído → ru-í-do
    1. u e i, duas vogais em sílabas diferentes.

Vogal temática

É uma vogal que se acrescenta a alguns a alguns radicais, antes das desinências. 6 Esse morfema é necessário em alguns casos para que uma palavra receba desinências ou sufixos. 7 São classificadas em: nominais e verbais.
Vogais temáticas nominais
São vogais como a, o ou e, acrescidas às palavras paroxítonas ou proparoxítonas. 7
Exemplos: bola, livro, estudante.
Vogais temáticas verbais
São vogais como a, e ou i, acrescidas a radicais verbais. Estas vogais formam as chamadas conjugações. A vogal a caracteriza os verbos de 1ª conjugação, o e os de 2ª, e o i os de 3ª conjugação. 7
Exemplos: alegrar, torcer, sorrir.

Tema

É a união entre o radical e a vogal temática. 6 7

Referências

  1. Dicionário Terminológico para consulta em linha. Ministério da Educação e Ciência de Portugal. Página visitada em 17 de fevereiro de 2014.
  2. Dicionário de Termos Linguísticos. Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Página visitada em 17 de fevereiro de 2014.
  3. Dicionário Terminológico para consulta em linha (ditongo). Ministério da Educação e Ciência de Portugal. Página visitada em 18 de fevereiro de 2014.
  4. Dicionário de Termos Linguísticos (tritongo). Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Página visitada em 18 de fevereiro de 2014.
  5. Dicionário Terminológico para consulta em linha (hiato). Ministério da Educação e Ciência de Portugal. Página visitada em 18 de fevereiro de 2014.
  6. Mesquita, Roberto Melo; Martos, Cloder Rivas. Português - Linguagem & Realidade. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 1994. p. 113. 1 vol. vol. 1. ISBN 85-02-01251-7
  7. Abaurre, Maria Luiza; Pontara, Marcela Nogueira; Fadel, Tatiana. Português: língua e literatura. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2005. p. 157. 1 vol. vol. 1. ISBN 85-16-03845-9

Bibliografia

  • SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e Fonologia do Português. São Paulo: Contexto, 2007.
  • MATTOSO CAMARA JR, Joaquim. História e estrutura da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Padrão. 2 ed.
  • KURY, Adriano da Gama. Ortografia, pontuação e crase. Rio de Janeiro: 2. ed. 1986

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