sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Vícios de linguagem

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Vícios de linguagem são, segundo Napoleão Mendes de Almeida, palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor.

Índice

[esconder]

[editar] Lista de vícios de linguagem

[editar] Ambiguidade

Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. Ela geralmente é provocada pela má organização das palavras na frase. A ambiguidade é um caso especial de polissemia, a possibilidade de uma palavra apresentar vários sentidos em um contexto.

Exemplos:

  • "Onde está a vaca da sua avó?" (Que vaca? A avó ou a vaca criada pela avó?)
  • "Onde está a cachorra da sua mãe?" (Que cachorra? A mãe ou a cadela criada pela mãe?)
  • "Este líder dirigiu bem sua nação"("Sua"? Nação da 2ª ou 3ª pessoa (o líder)?).

Obs 1: O pronome possessivo "seu(ua)(s)" gera muita confusão por ser geralmente associado ao receptor da mensagem.

Obs 2: A preposição "como" também gera confusão com o verbo "comer" na 1ª pessoa do singular.

A ambiguidade normalmente é indesejável na comunicação unidirecional, em particular na escrita, pois nem sempre é possível contactar o emissor da mensagem para questioná-lo sobre sua intenção comunicativa original e assim obter a interpretação correta da mensagem.

[editar] Barbarismo

Barbarismo, peregrinismo, idiotismo ou estrangeirismo (para os latinos qualquer estrangeiro era bárbaro) é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira no lugar de equivalente vernácula.

De acordo com a língua de origem, os estrangeirismos recebem diferentes nomes:

Ex:

  • Mais penso, mais fico inteligente (galicismo; o mais adequado seria "quanto mais penso, (tanto) mais fico inteligente");
  • Comeu um roast-beef (anglicismo; o mais adequado seria "comeu um rosbife");
  • Eles têm serviço de delivery. (anglicismo; o mais adequado seria "Eles têm serviço de entrega").
  • Premiê apresenta prioridades da Presidência lusa da UE (galicismo, o mais adequado seria Primeiro-ministro)
  • Nesta receita gastronômica usaremos Blueberries e Grapefruits. (anglicismo, o mais adequado seria Mirtilo e Toranja)
  • Convocamos para a Reunião do Conselho de DA's (plural da sigla de Diretório Acadêmico). (anglicismo, e mesmo nesta língua não se usa apóstrofo 's' para pluralizar; o mais adequado seria DD.AA. ou DAs.)

Há quem considere barbarismo também divergências de pronúncia, grafia, morfologia, etc., tais como "adevogado" ou "eu sabo", pois seriam atitudes típicas de estrangeiros, por eles dificilmente atingirem alta fluência no dialeto padrão da língua.

Em nível pragmático, o barbarismo normalmente é indesejável porque os receptores da mensagem frequentemente conhecem o termo em questão na língua nativa de sua comunidade linguística, mas nem sempre conhecem o termo correspondente na língua ou dialeto estrangeiro à comunidade com a qual ele está familiarizado. Em nível político, um barbarismo também pode ser interpretado como uma ofensa cultural por alguns receptores que se encontram ideologicamente inclinados a repudiar certos tipos de influência sobre suas culturas. Pode-se assim concluir que o conceito de barbarismo é relativo ao receptor da mensagem.

Em alguns contextos, até mesmo uma palavra da própria língua do receptor poderia ser considerada como um barbarismo. Tal é o caso de um cultismo (ex: "abdômen") quando presente em uma mensagem a um receptor que não o entende (por exemplo, um indivíduo não escolarizado, que poderia compreender melhor os sinônimos "barriga", "pança" ou "bucho").

[editar] Cacofonia

A cacofonia é um som desagradável ou obsceno formado pela união das sílabas de palavras contíguas. Por isso temos que tomar cuidado ao falar para não ofendermos a pessoa que ouve. São exemplos desse fato:

  • "Ele beijou a boca dela."
  • "Bata com um mamão para mim, por favor."
  • "Deixe ir-me já, pois estou atrasado."

Não são cacofonia:

  • "Eu amo ela demais !!!"
  • "Eu vi ela."
  • "você veja"

Como cacofonias são muitas vezes cômicas, elas são algumas vezes usadas de propósito em certas piadas, trocadilhos e "pegadinhas".

[editar] Plebeísmo

O plebeísmo normalmente utiliza palavras de baixo calão, gírias e termos considerados informais.

Exemplos:

  • "Ele era um tremendo mané!"
  • "Tô ferrado!"
  • "Tá ligado nas quebradas, meu chapa?"
  • "Esse bagulho é 'radicaaaal'!!! Tá ligado mano?"
  • 'Vô piálá'mais tarde ' !!! Se ligou maluco ?

Por questões de etiqueta, convém evitar o uso de plebeísmos em contextos sociais que requeiram maior formalismo no tratamento comunicativo.

[editar] Prolixidade

É a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou argumentos e à sua superabundância. É o excesso de palavras para exprimir poucas idéias. Ao texto prolixo falta objetividade, o qual quase sempre compromete a clareza e cansa o leitor.

A prevenção à prolixidade requer que se tenha atenção à concisão e precisão da mensagem. Concisão é a qualidade de dizer o máximo possível com o mínimo de palavras. Precisão é a qualidade de utilizar a palavra certa para dizer exatamente o que se quer.

[editar] Pleonasmo vicioso

O pleonasmo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa redundância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considerado um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chamamos pleonasmo vicioso.

Ex:

  • "Grande maioria" - "Maioria" já expressa o sentido de "grandeza", no caso, "grande".
  • "Ele vai ser o protagonista principal da peça". (Um protagonista é, necessariamente, a personagem principal)
  • "Meninos, entrempara dentro!" (O verbo "entrar" já exprime ideia de ir para dentro)
  • "Estou subindo para cima." (O verbo "subir" já exprime ideia de ir para cima)
  • "Tenho certeza absoluta " - (Toda "certeza" é absoluta)

Não é pleonasmo:

  • "As palavras são de baixo calão". Palavras podem ser de baixo ou de alto calão.
  • "Não deixe de comparecer pessoalmente." É possível comparecer a algum lugar na forma de procurador.

O pleonasmo nem sempre é um vício de linguagem, mesmo para os exemplos supra citados, a depender do contexto. Em certos contextos, ele é um recurso que pode ser útil para se fornecer ênfase a determinado aspecto da mensagem.

Especialmente em contextos literários, musicais e retóricos, um pleonasmo bem colocado pode causar uma reação notável nos receptores (como a geração de uma frase de efeito ou mesmo o humor proposital). A maestria no uso do pleonasmo para que ele atinja o efeito desejado no receptor depende fortemente do desenvolvimento da capacidade de interpretação textual do emissor. Na dúvida, é melhor que seja evitado para não se incorrer acidentalmente em um uso vicioso.

[editar] Solecismo

Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa do idioma. Há três tipos de solecismo:

De concordância:

  • "Fazem três anos que não vou ao médico." (Faz três anos que não vou ao médico.)
  • "Aluga-se salas nesse edifício." (Alugam-se salas nesse edifício.)

De regência:

  • "Ontem eu assisti um filme de época." (Ontem eu assisti a um filme de época.)

De colocação:

  • "Me empresta um lápis, por favor." (Empresta-me um lápis, por favor.)
  • "Me parece que ela ficou contente." (Parece-me que ela ficou contente.)
  • "Eu não respondi-lhe nada do que perguntou." (Eu não lhe respondi nada do que perguntou.)

[editar] Eco

O Eco vem a ser a própria rima que ocorre quando há na frase terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.

  • "Falar em desenvolvimento é pensar em alimento, saúde e educação."
  • "O aluno repetente mente alegremente."
  • O presidente tinha dor de dente constantemente.

[editar] Colisão

A repetição de uma mesma, ou semelhante consoante em várias palavras é denominada aliteração. Aliterações são preciosos recursos estilísticos quando usados com a intenção de se atingir efeito literário ou para atrair a atenção do receptor. Entretanto, quando seus usos não são intencionais ou quando causam um efeito estilístico ruim ao receptor da mensagem, a aliteração torna-se um vício de linguagem e recebe nesse contexto o nome de colisão. Exemplos:

  • "Eram comunidades camponesas com cultivos coletivos."
  • "O papa Paulo VI pediu a paz."

Uma colisão pode ser remediada com a reestruturação sintática da frase que a contém ou com a substituição de alguns termos ou expressões por outras similares ou sinônimas.

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