Céu
- Nota: Para outros significados, veja Céu (desambiguação).
O céu (do latim cælum)[1] é o espaço infinito onde se movem os astros e estrelas.
Índice[esconder] |
[editar] Definição e composição
O céu envia-nos cerca de 10% da luz do Sol durante o dia. O seu brilho deve-se à difusão da luz do Sol pelas moléculas na atmosfera. Quando olhamos para o céu, estamos a ver apenas os raios de Sol que foram desviados pelas moléculas da atmosfera de tal modo que ficam exactamente direccionados para os nossos olhos.
Algumas partículas e moléculas da atmosfera (algumas resultando de poluição atmosférica) têm a capacidade de difundir a radiação solar em todas as direcções. Certas partículas são mais efectivas a difundir luz com um determinado comprimento de onda de luz (é a difusão selectiva - difusão de Rayleigh). É o caso das moléculas do ar, como o oxigénio e o azoto, que são de pequena dimensão e por isso difundem com mais eficiência luz com comprimentos de onda curtos (azul e violeta).
A luz branca do Sol é uma mistura de todas as cores do arco-íris: o espectro visível vai desde o vermelho, com um comprimento de onda de cerca de 720 nm, ao violeta, com um comprimento de onda de cerca de 380 nm. O que acontece é que os átomos e moléculas difundem com maior eficiência a luz com comprimentos de onda menores. Quase todos os raios vermelhos vindos do Sol atravessam sem dificuldade a atmosfera. São os azuis e violeta que são desviados. Como resultado desse fenómeno físico, o Sol tem uma cor amarela mais avermelhada do que a que tem quando observado fora da atmosfera.
Houve dúvida durante muitos anos se eram poeiras ou moléculas as responsáveis pela cor do céu. Mas desde que a fórmula detalhada da difusão da luz por moléculas, calculada por Einstein em 1911, se mostrou de acordo com a experimentação, esse facto passou a ser aceite por toda a comunidade científica.
Quando um fotão de comprimento mais curto encontra uma molécula da atmosfera, ressalta numa outra direcção. Os fotões vermelhos, laranjas, amarelos e verdes tendem a conseguir continuar em frente. E cada fotão que ressalta volta a encontrar outras moléculas e pode ressaltar de novo numa outra direcção. E acabam por chegar ao solo da Terra vindos de todo o lado, de direcções aleatórias. Por isso, para qualquer lado que olhemos, vemos fotões azuis.
O céu não é amarelado como o Sol porque a difusão funciona como uma peneira que só reflecte raios azulados. É também devido ao mesmo fenómeno que o céu fica acinzentado (lácteo) quando há luar e faz com que não se vejam tão bem as estrelas. O mesmo acontece quando se está perto de uma cidade bem iluminada e o céu fica mais esbranquiçado por causa da luz da cidade difundida pela atmosfera. (Por outro lado, as nuvens e a bruma são brancas porque consistem de gotículas de nuvens com diâmetros da ordem dos 20 mícron (maiores do que o comprimento de onda da luz visível) e por isso são suficientemente grandes para difundir todos os comprimentos de onda visíveis aproximadamente de um modo igual (difusão de Mie). Quando as nuvens se tornam muito profundas, menos e menos da radiação solar que entra nela consegue chegar ao fundo da nuvem, o que lhes dá uma aparência mais escura.
O céu, de facto, deveria ser mais violeta, embora, por causa da absorção da atmosfera, haja menos violeta na luz do Sol. O que se passa é que os nossos olhos não têm nenhuns receptores especialmente sensíveis a essa cor. O nosso sistema visual constrói as cores que vemos com base em 3 tipos de receptores de cor—os cones—que são uns mais sensíveis aos vermelhos (e menos aos laranjas e amarelos), outros aos azuis e outros aos verdes (e menos aos cianos e amarelos). A luz indigo e violeta estimula ligeiramente os cones mais sensíveis aos azuis e também, embora menos, os cones mais sensíveis aos vermelhos. E é por isso que a luz indigo e violeta acaba por ser apercebida pelo nosso sistema visual como azul com um ligeiro tom de vermelho. O efeito total é que a luz do céu estimula mais fortemente os cones azuis, mas também estimula, mais moderadamente e de um modo quase igual, os cones vermelhos (através da luz indigo e violeta) e os verdes (através da luz verde-azulada). E é esta combinação que dá ao céu a cor azul pálida que ele tem. Se não houvesse luz indigo e violeta no espectro do céu, ele pareceria azul ligeiramente esverdeado.
Quando o ar está limpo e o Sol ou a Lua (ou uma estrela) estão a nascer ou a pôr-se perto do horizonte, têm uma cor amarelada porque os raios de luz têm que percorrer um trajecto muito maior na atmosfera antes de chegarem aos nossos olhos e muito mais fotões azuis e violeta acabam por ser difundidos. Se nas camadas mais baixas da atmosfera existirem pequenas partículas de sal (sobre o mar) ou de poeira (natural ou resultante da poluição), que difundem a luz com maior eficiência, até os fotões verdes e amarelos serão difundidos e os astros terão uma cor mais alaranjada ou avermelhada. E é também por isso que ao pôr do Sol o céu não é azulado no horizonte, perto do Sol: há mais fotões amarelos e mesmo laranjas que vêm dessa direcção depois de serem difundidos a partir da luz do Sol.
Quando à noite vemos um foco de luz cilíndrico projectado no céu, o que vemos não são os raios de luz projectados na direcção do foco. O que vemos são os raios de luz que estão a ser difundidos (ou desviados) pelas partículas de poeira na atmosfera de tal modo que ficam exactamente direccionados na direcção dos nossos olhos. A luz é difundida em todas as direcções, mas nós só vemos os que estão a vir na nossa direcção.
Se iluminarmos com um foco de luz branca um tanque com água com sabão (ou com um bocado de leite à mistura) e olharmos de lado vemos um cone azulado formado pela luz que é difundida pelo líquido. Mas a luz vista directamente do fundo do tanque, depois de o ter atravessado, será avermelhada. Quando a luz passa por um fluido com partículas em suspensão suficientemente pequenas, verifica-se que a luz azul, que tem um comprimento de onda menor, é mais difundida do que a vermelha (a difusão é inversamente proporcional à 4ª potência do comprimento de onda: a luz azul sofre uma difusão 9,38 ([700/400]4) vezes maior do que a vermelha).
De noite, o céu é negro porque não existe difusão de luz solar. No entanto, se o universo é infinito em tamanho e as estrelas e galáxias estão distribuídas por este universo infinito, então poderíamos esperar ver uma estrela em cada direcção em que observamos o céu. O que se passa é que não podemos ver a luz das estrelas e galáxias a todas as distâncias ao mesmo tempo. A luz viaja a uma velocidade de cerca de 300 000 km/s. Como só podemos ver uma coisa depois de a luz que ela emite ter tempo para chegar aos nossos olhos e o universo teria uns 10 ou 15 bilhões anos de idade, só podemos ver estrelas e galáxias que estejam no máximo a uma distância de uns 10 ou 15 bilhões de anos-luz de distância. Mesmo que haja galáxias mais distantes, não as poderemos ver porque a sua luz não teve ainda tempo de chegar até nós. Por outro lado, as estrelas e as galáxias não são infinitamente velhas, ou seja, elas eventualmente morrem e deixam de emitir luz. E vemos este efeito mais cedo para as que estão mais perto de nós. Por isso, não podemos ver a luz de estrelas e galáxias a todas as distâncias ao mesmo tempo; a luz das realmente muito distantes ainda não chegou até nós e, no caso das mais distantes cuja luz já chegou até nós, tanto tempo se passou já que muitos objectos perto delas já se extinguiram e estão negros.
[editar] Concepções religiosas do céu
Por sua grandiosidade, o céu esteve presente nas mais diversas religiões e mitologias. Cogita-se que o céu tenha sido o primeiro objeto de culto da humanidade, geralmente associado às quase ubíquas dinvidades uranianas[2].
[editar] Céu bíblico
Há vários céus que são mencionados na Bíblia. Haveria o céu que vemos, onde os pássaros voam, onde os relâmpagos brilham e de onde a chuva cai [3]. Há o céu no sentido de firmamento, ou expansão, onde estão o Sol, a Lua e as estrelas [4]. Há ainda o céu onde se encontra o trono de Deus [5], de ao qual Jesus teria ascendido. Esse seria o céu onde os anjos estão [6]. A Bíblia fala ainda dos "céus dos céus" [7] e que haverá "novos céus" [8].
[editar] Céu na mitologia
Céu era a divindade romana equivalente à grega Urano. Filho e marido de Terra (Gaia). Pai dos titãs: Oceano, Crios, Hipérion, Jápeto, Téia, Réia, Têmis, Mnemósine, Febe, Tétis e Cronos; dos Hecatônquiros: Coto, Briareu e Giges; dos Ciclopes: Brontes, Estéropes e Arges; das Erínias; dos Gigantes; das Ninfas Melianas e de Afrodite.
Em geral, aceita-se o mito do Céu como esposo de Gaia, a Terra, com quem teve os titãs, os ciclopes e os hecatônquiros. Rejeitava os filhos ao nascer e, logo após o seu nascimento, escondia-os no seio de Gaia, condenando-os a permanecer ali para sempre. Gaia decidiu vingar-se; incitou seus filhos a punir o pai. Todos recusaram-se. Somente Cronos, o mais jovem, se dispôs a enfrentar o genitor. Durante a noite, quando Céu unia-se a Terra, Cronos, com uma foice, cortou-lhe os testículos e lançou-os ao mar. As gotas do sangue fecundaram a Terra, originando as Erínias ou Fúrias. Os testículos jogados ao mar, fizeram surgir uma espuma da qual nasceu Afrodite.
[editar] Ver também
Referências
- ↑ http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=céu
- ↑ Mircea Eliade. Tratado de História das Religiões. Editora Martins Fontes, São Paulo, 1998, pp. 38-101.
- ↑ Gn 7.23; Dt 11.11; Dn 4.21; Lc 17.24
- ↑ Gn 1.14,15,17
- ↑ Sl 2.4; 11.4; Mt 5.34
- ↑ Ap 10.1
- ↑ Dt 10.14; 1 Rs 7.27
- ↑ 2 Pd 3.13
[editar] Ligações externas
- Astrologia
- Astronomia
- Mitologia romana
- Conceitos religiosos
Inferno
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.- Nota: Para outros significados, veja Inferno (desambiguação).
Inferno é um termo usado por diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada dos mortos, ou lugar de grande sofrimento e de condenação. A origem do termo é latina: infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo inferior".
Índice
[esconder][editar] Etimologia
A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se da palavra latina pré-cristã inferus "lugares baixos", infernus.[1] Na Bíblia latina, a palavra é usada para representar o termo hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena, sem distinção. A maioria das versões em idioma Português seguem o latim, e eles não fazem distinção do original hebraico ou grego:
V.T. Hebraico V.T. Grego N.T. Grego Latim Português vezes no N.T. Seol [2] Hades Hades [3] infernus inferno 10 vezes Ge Hinom [4] Ennom [5] Geena [6] infernus inferno 11 vezes Das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material.[7] Alguns teólogos observaram, contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. Porém, o próprio Jesus fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava no inferno, essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não estava no inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo molhado em água, pois em chamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16, versículos de 19 ao 31).[8] Obviamente tal relato não foi em sentido literal, pois uma gota de água não alivia dor de quem está em chamas ou num calor intenso, mas queria dizer que pelo enorme sofrimento precisaria aliviar-se de qualquer jeito. A crença na existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna. Alguns teólogos concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado ao terceiro dia conforme relatam os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos veem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada ser humano que estava destinado à morte eterna pelo pecado original de Adão, e sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar de não ter visto corrupção.
[editar] Mudanças no Sentido da Palavra Inferno
O Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento diz a respeito do uso de inferno para traduzir as palavras originais do hebraico Sheol e do grego Hades (Bíblia): Hades . . . Corresponde a Sheol no Antigo Testamento. Na Versão Autorizada do A.T. e do N. T., foi vertido de modo infeliz por Inferno.[9]
A Enciclopédia da Collier diz a respeito de Inferno: Primeiro representa o hebraico Seol do Antigo Testamento, e o grego Hades, da Septuaginta e do Novo Testamento. Visto que Seol, nos tempos do Antigo Testamento, se referia simplesmente à habitação dos mortos e não sugeria distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme entendida atualmente, não é uma tradução feliz.[10]
O Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster diz: Devido ao entendimento atual da palavra inferno (Latim Infernus) é que ela constitui uma maneira tão infeliz de verter estas palavras bíblicas originais. A palavra inferno não transmitia assim, originalmente, nenhuma idéia de calor ou de tormento, mas simplesmente de um lugar coberto ou oculto (de . . . helan, esconder).[11]
A Enciclopédia Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco.[12]
O significado atribuído à palavra inferno atualmente é o representado em A Divina Comédia de Dante[13], e no Paraíso Perdido de Milton[14], significado este completamente alheio à definição original da palavra. A idéia dum inferno de tormento ardente, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante ou a Milton.
[editar] O Inferno de Fogo e a Igreja
O conceito sobre o inferno de fogo começou a ser adotado pelos cristãos principalmente a partir do 2.° século EC, bem depois da época dos primitivos cristãos, segundo a “Apocalypse of Peter (Apocalipse de Pedro do 2.° século EC) foi a primeira obra cristã apócrifa a descrever a punição e as torturas de pecadores no inferno”.[15]
No entanto, os primeiros Pais da Igreja discordavam na questão do inferno. Justino, o Mártir, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Cipriano acreditavam que o inferno era um lugar de fogo. Orígenes e o teólogo Gregório de Nissa achavam que o inferno era um lugar de separação de Deus — de sofrimento espiritual. Agostinho de Hipona, por outro lado, sustentava a idéia de que o sofrimento no inferno era tanto espiritual como físico — conceito que passou a ser aceito. “Por volta do quinto século a rigorosa doutrina de que os pecadores não terão uma segunda oportunidade após a vida, e que o fogo que os devorará jamais se extinguirá, prevalecia em toda a parte”.[16]
No século XVI, reformadores protestantes tais como Martinho Lutero e João Calvino entenderam que o tormento ardente do inferno simbolizava passar a eternidade separado de Deus. No entanto, a idéia de o inferno ser um lugar de tormento ressurgiu nos dois séculos seguintes. O pregador protestante Jonathan Edwards costumava aterrorizar o coração dos colonos americanos no século XVIII com a descrição vívida do inferno.
Pouco depois, porém, as chamas do inferno começaram a diminuir lentamente. “O inferno quase morreu no século 20”.[17]
[editar] Inferno como arquétipo contemporâneo
A fusão entre paixão, desejo, pecado e condenação envolvida na imagem do Inferno permitiram ao imaginário contemporâneo imaginar antes lugar de prazer e de servidão ao prazer do que propriamente de sofrimento ou purificação. O fenômeno é bem observado na cultura cristã que, no seguimento dos esforços aplicados às ideias de purificação do monoteísmo, condenou as divindades mais materiais da fertilidade, das paixões e da energia sexual, o que literalmente as transformou em demônios. Assim, os arquétipos da paixão e do prazer ficaram associados ao do inferno, com a conseqüente mudança de sentido e de atração sobre a imaginação.
Outras correntes de pensamento actuais, curiosamente também com base na cultura católica-cristã, demonstram a sua opinião de inferno não como um local físico, mas antes como um estado de espírito, indo ao encontro da ideia preconizada por diversas correntes filosófico-religiosas partidárias da reencarnação.
[editar] Politeísmo
[editar] Mitologia grega
Na mitologia grega, as profundezas correspondiam ao reino de Hades, para onde iam os mortos. Daí ser comum encontrar-se a referência de que Hades era deus dos Infernos. O uso do plural, infernos indica mais o caráter de submundo e mundo das profundezas do que o caráter de lugar de condenação, em geral dado pelo singular, inferno. Distinguindo o lugar dos mortos - o Hades - a mitologia grega também concebeu um lugar de condenação ou de prisão, o Tártaro.
A Grolier Universal Encyclopedia(Enciclopédia Universal Grolier, 1971, Vol. 9, p. 205), sobre “Inferno”, diz:
“Os hindus e os budistas consideram o inferno como lugar de purificação espiritual e de restauração final. A tradição islâmica o considera como um lugar de castigo eterno.” O conceito de sofrimento após a morte é encontrado entre os ensinos religiosos pagãos dos povos antigos da Babilônia e do Egito. As crenças dos babilônios e dos assírios retratavam o “mundo inferior . . . como lugar cheio de horrores, . . . presidido por deuses e demônios de grande força e ferocidade”. Embora os antigos textos religiosos egípcios não ensinem que a queima de qualquer vítima individual prosseguiria eternamente, eles deveras retratam o “Outro Mundo” como tendo “covas de fogo” para “os condenados”. — The Religion of Babylonia and Assyria (A Religião de Babilônia e Assíria), de Morris Jastrow Jr., 1898, p. 581; The Book of the Dead (O Livro dos Mortos), com apresentação de E. Wallis Budge, 1960, pp. 135, 144, 149, 151, 153, 161, 200.
[editar] Religiões abraâmicas
[editar] Judaísmo
No judaísmo, o termo Gehinom (ou Gehena) designa a situação de purificação necessária à alma para que possa entrar no Paraíso - denominado por Gan Eden. Nesse sentido, o inferno na religião e mitologia judaica não é eterno, mas uma condição finita, após a qual a alma está purificada. Outro termo designativo do mundo dos mortos é Sheol, que apresenta essa característica de desolação, silêncio e purificação.
A palavra vem de Ceeol, que mais tarde dá origem ao termo sheol, não confundindo com "Geena" que era o nome dado a uma ravina profunda ao sul de Jerusalém, onde sacrifícios humanos eram realizados na época de doutrinas anteriores. Mais tarde, tornou-se uma espécie de lixão da cidade de Jerusalém, frequentemente em chamas devido ao material orgânico. O uso do termo Sheol indica lugar de inconsciência e inexistência, conforme o contexto nos mostra e não um lugar de punição.
[editar] Cristianismo
No Cristianismo existem diversas concepções a respeito do inferno, correspondentes às diferentes correntes cristãs. A idéia de que o inferno é um lugar de condenação eterna, tal como se apresenta hoje para diversas correntes cristãs, nem sempre foi e ainda não é consenso entre os cristãos. Nos primeiros séculos do cristianismo, houve quem defendesse que a permanência da alma no inferno era temporária, uma vez que inferno significa "sepultura", de onde, segundo os Evangelhos, a pessoa pode sair quando da ressurreição. Essa idéia é defendida hoje por várias correntes cristãs.
[editar] Adventismo
Na criação da humanidade, a união do pó da terra com o fôlego de vida produziu uma criatura ou alma vivente. Adão não recebeu uma alma como entidade separada; ele tornou-se alma vivente (Gênesis 2:7). Na morte, ocorre o inverso: o pó da terra menos o fôlego de vida resulta numa pessoa morta ou alma morta, sem qualquer grau de consciência (Jó 34:14-15; Salmo 146:4; Eclesiastes 9:5,6). Os elementos que haviam composto o corpo retornam à terra de onde haviam provindo (Gênesis 3:19), enquanto que fôlego de vida volta a Deus, que o deu (Eclesiastes 12:7). Cabe lembrar que na Bíblia, os termos hebraico e grego para 'espírito' (ruach e pneuma, repectivamente) NÃO se referem a uma entidade inteligente, capaz de existência consciente à parte do corpo. Ao contrário, esses termos se aplicam ao 'fôlego de vida' - o princípio vital da existência que anima seres humanos e animais. (baseado no livro 'Nisto Cremos' - Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia - download: http://www.cpb.com.br/arqs/nc/NC.pdf) A Bíblia é enfática ao afirmar que uma pessoa viva É uma alma (Atos 7:14); afirma, também, que a alma NÃO é imortal (Ezequiel 18:4; Romanos 6:23), que o homem busca a imortalidade (Romanos 2:6-7; I Coríntios 15:53) e que o Único que possui e imortalidade é Deus (I Timóteo 6:16).
Assim sendo, fica evidente que os mortos dormem num estado de insconsciência (I Reis 2:10; 11:43; Jó 14:12; Salmo 17:15; Mateus 27:52; João 11:11-14; I Coríntios 15:51; I Tessalonicenses 4:13-17); logo, não estão em alguma habitação intermediária mas, unicamente, na sepultura (Jó 3:11-19; 14:10-12; Salmo 89:48; Eclesiastes 9:10; João 5:28-29), donde não poderão retornar às suas casas (Jó 7:9-10), não possuem glórias (Salmo 49:17), não sabem de nada do que se passa (Jó 14:21), não possuem sentimentos e nem lembrança alguma (Eclesiastes 9:5-6), não lembram de Deus e nem louvam a Deus (Salmos 6:5; 88:11; 115:17; Isaías 38:18-19). É impossível que algum homem esteja, agora, no Céu, pois a Bíblia afirma que ninguém subiu ao Céu, a não ser Jesus Cristo (João 3:13; Atos 2:34; Hebreus 11:13). O próprio Cristo afirmou que não subiu ao Céu por ocasião de Sua morte (João 27:17), mas desceu ao Hades (greg. supultura - Atos 2:31), ressuscitando ao terceiro dia (Atos 2:32)
Todos aguardam a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos serão ressuscitados e reinarão com Jesus durante mil anos (I Tessalonicenses 4:15-18; 2 Corintios 4:14, Apocalipse 20:6). Depois desse período, os ímpios ressuscitarão para o Juízo final (Apocalipse 20:5-9). Então cairá fogo e enxofre do Eterno Deus para purificar a Terra (2 Pedro 3:10-12). Esse fogo queimará tudo (Isaias 33:12; Malaquias 4:1); não restará nada (Salmo 37:20). Satanás, os demônios e os ímpios também serão aniquilados (Apocalipse 20:9). Isso é chamado pela Bíblia de segunda morte (Apocalipse 20:6, 14) Jesus e Seu povo fiel reinará para sempre na Nova Terra (Apocalipse 21:1-5).
Nos textos originais, o significado da palavra inferno está associado à total inconsciência dos mortos na sepultura. A nomenclatura inferno não aparece nos textos gregos e hebraicos por se tratar de uma palavra de origem latina (inferuim - mundo inferior). Na Bíblia, os próprios termos originais já denotam isso - Sheol (hebraico, sig. sepultura: Salmos 16:10; 49:15; 89:48); Hades (grego, sig, sepultura: Atos 2:27 e 31, Apocalipse 20:13-14). O fogo da destruição final vem da palavra hebraica "Geena", e mesmo este só ocorre após o juizo final e resulta na aniquilação completa de Satanás, os demônios e os perversos (Mateus 10:28). Cada um receberá seu castigo de acordo com suas obras (Mateus 16:27; II Timóteo 4:1; Apocalipse 20:11-15; 22:12)
Por fim, é interessante notar que em Mateus 25 e Apocalipse 14, as palavras traduzidas por "eterno" e "séculos dos séculos" não significam necessariamente sem fim. As palavras gregas aion e aionios expressam duração enquanto a natureza do objeto permite. Por exemplo, em Judas 7 registra que as cidades de Sodoma e Gomorra estão sofrendo o fogo do castigo eterno (aionios) Mas 2 Pedro 2:6 diz que elas foram reduzidas a cinzas, tanto que é facilmente verificável que tais cidades não estão mais queimando em chamas. Quando o objeto das palavras "eterno" ou "para sempre" é a vida dos remidos que recebem imortalidade, a palavra significa um tempo sem fim. Quando se refere ao castigo dos ímpios, que não recebem a imortalidade, a palavra tem o significado de um período limitado de tempo. (baseado na Lição da Escola Sabatina - Jan/Mar 2009 - Casa Publicadora)
Para os adventistas do sétimo dia, o plano de Deus não é a destruição da humanidade, mas a salvação das pessoas gratuitamente por meio da fé (Efésios 2:8-9) no sacrifício do Seu Filho (João 3:16). O objetivo de Deus é restaurar a Terra em sua imagem edênica (Atos 3:21), criando um novo Céu, um novo Lar para Seus filhos queridos (Apocalipse 21 e 22), livre da dor e da morte (Isaías 25:8-9), com um ambiente perfeito e puro (Isaías 35), nesta terra renovada (Salmos 37:9 e 22; 78:69; Mateus 5:5; Apocalipse 5:11), onde os salvos habitarão para sempre (Isaías 66:22-23) nas moradas que Cristo foi preparar (João 14:1-3) ... O pecado não se levantará segunda vez (Naum 1:9)
[editar] Catolicismo
Para a corrente católica, conduzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, o inferno é eterno e corresponde a um dos chamados novíssimos: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso. Baseando-se em textos bíblicos como quando Jesus disse que o homem que desprezar seu irmão “incorrerá os fogos da Gehenna” (Mt 5,22). Jesus também advertiu, “não temais os que matam o corpo mas não podem matar a alma. Antes, temei quem pode destruir tanto corpo como alma na Gehenna” (Mt 10,28). Jesus disse, “Se tua mão te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só mãos que manter ambas as mãos e ir para a Gehenna com seu fogo inextinguível” (Mc 9,43). Usando a parábola do joio e do trigo para descrever o juízo final, Jesus disse, “os anjos lançarão [os pecadores] na fornalha inflamável onde prantearão e moerão os seus dentes (Mt 13,42). Também, quando Jesus fala sobre o juízo final onde a ovelha será separada dos lobos, Ele dirá ao pecador, “afastai-vos de mim, malditos, para o fogo perpétuo preparado para o demônio e seus anjos (Mt 25,41). No Livro da Revelação, é relatado que cada pessoa é julgada individualmente e os pecadores são lançados em uma “fosso de fogo, a segunda morte” (20,13-14).
[editar] Protestantismo
Para muitas das denominações protestantes, o inferno é o local destituido da presença de Deus, porém não lhe está oculto, sendo que no cumprir das profecias esse inferno será lançado no lago que arde com fogo e enxofre.
A interpretação bíblica protestante afirma que, após a morte, a alma, uma vez no inferno, não poderá mais sair, assim como em relação ao paraíso (céu), não existindo forma de cruzar a fronteira que separa estes dois locais.
Há ainda outra visão dentro do cristianismo não-católico, que coloca a morte como um sono, um estado sem consciência (Eclesiastes 9:5; Jó 14:21; João 11:11-14), de forma que, conseqüentemente, os ímpios mortos não estão no inferno nem os salvos mortos no céu, mas aguardando a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos entrarão para o céu, que é eterno, e os ímpios entrarão no lago de fogo, o inferno, (Apocalipse 20:15), que também será eterno (Miquéias 4:3). Segundo esta interpretação, o inferno é um lugar preparado para a punição de Satanás, seus anjos e seus seguidores (Mateus 25:41), ao contrário da visão comum que coloca Satanás como dominante do inferno.
[editar] Testemunhas de Jeová
Para as Testemunhas de Jeová, o inferno de fogo como lugar literal de tortura das pessoas iníquas é rejeitado. Citam na Bíblia, os termos normalmente traduzidos por "inferno", Hades (Bíblia) [termo grego] e Seol [ou Sheol, termo hebraico], significando "sepultura" ou "lugar dos mortos". Também no caso de Geena [termo grego] com a ideia de destruição e aniquilação eterna.(Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas). Citam Atos 2:27, onde Jesus desceu ao Inferno (Hades ou Seol) e foi ressuscitado . As Testemunhas de Jeová acreditam que após a ressurreição dos mortos, os pecados anteriores não lhes serão imputados [Romanos 6:7 "Pois aquele que morreu foi absolvido do [seu] pecado".(TNM) mas poderão recomeçar a vida escolhendo voluntariamente servir a Deus e alcançar assim a salvação.
[editar] Espiritismo
O inferno, segundo a visão do Espiritismo, é um estado de consciência da pessoa que incorre em ações contrárias às estabelecidas pelas Leis morais, as quais estão esculpidas na consciência de cada pessoa.
Uma vez tendo a criatura a sua consciência “ferida”, passa a viver em desajuste mais ou menos significativo de acordo com o grau de gravidade de suas ações infelizes, e se estampam através de desequilíbrios Espiritual, emocional, psicológico ou até mesmo orgânico. Esta situação lhe causa terríveis dissabores.
Uma vez morta, se a criatura não evitou ações infelizes, buscando vivência saudável de acordo com as leis divinas, ela segue para o Plano Espiritual ou incorpóreo. Lá, junta-se a outros espíritos, que trazem conturbações conscienciais semelhantes. Afins, atraem afins.
Os Planos Espirituais de sofrimentos são inumeráveis e, guardam níveis de sofrimentos diferenciados, cujos níveis são estabelecidos pelos tipos de degradação da consciência, resultantes das ações perpetradas por cada criatura.
Portanto o Inferno na visão espírita, como região criada por Deus para sofrimento eterno da criatura e geograficamente constituído, não existe. Se um dia todas estas criaturas sofredoras na erraticidade regenerarem-se, estas regiões deixarão de existir. É como se todos os pacientes de um manicômio terrestre fossem curados; o hospital poderia ser demolido e ceder o seu espaço a um jardim, etc.
Deus não imputa pena eterna a nenhum de seus filhos. Podem Sofrer, enquanto não despertarem para o Bem e se propuserem a trilhar o reto caminho. Um dia mais cedo ou mais tarde Ele, O Criador, na Sua Misericórdia e Amor, concederá à criatura sofredora retorno à carne para continuar o seu aprendizado e aperfeiçoamento.
Estes conceitos são encontrados em O Livro dos Espíritos, editado em Abril de 1857 na sua quarta parte e, no livro O Céu E O Inferno editado em 1865. Ambas obras tendo como autor, Allan Kardec.
[editar] Islamismo
No Islã, o inferno é eterno, consistindo em sete portões pelos quais entram as várias categorias de condenados, sejam eles muçulmanos injustos ou não-muçulmanos. Como na crença judaica, para o islamismo o inferno também é um lugar de purificação das almas, onde aqueles que, se ao menos um dia de suas vidas acreditaram que Deus (Allah) é único, não Gerou e nem Foi gerado, terão suas almas levadas ao Paraíso um dia. Não raro, é comum a crença de que no Islã o castigo é eterno, por ter bases fundamentalistas de alguns praticantes, pelo fato de o Alcorão mencionar diversas vezes a palavra castigo e sofrimento no fogo do inferno. Porém é fato que o mesmo Texto deixa claro que existem condições para se pagar os pecados e sofrer as consequencias, como também existem meios de se alcançar o perdão para o não banimento ao inferno por meio de aplicações de condutas que condizem com os bons costumes e a maneira de enxergar Deus, a vida e a forma de como deverá cada ser conduzi-la, a ponto de pagarem seus pecados post mortem, ou alcançarem a graça do perdão Divino.
[editar] Religiões orientais
[editar] Budismo
De certo modo, todo o samsara é um lugar de sofrimento para o budismo, visto que em qualquer reino do samsara existe sofrimento. Entretanto, em alguns reinos, o sofrimento é maior correspondendo à noção de inferno como lugar ou situação de maior sofrimento e menor oportunidade de alcançar a liberação do samsara. Por esse motivo, muitas vezes expressam-se esses mundos de sofrimento maior como infernos. Nenhum renascimento em um inferno é eterno, embora o tempo da mente nessas situações possa ser contado em eras.
Contam-se dezoito formas de infernos, sendo oito quentes, oito frios e mais dois infernos que são, na verdade, duas subcategorias de infernos: os da vizinhança dos infernos quentes e o infernos efêmeros. Além desses dezoito que constituem o "Reino dos Infernos", pelo sofrimento, o "Reino dos Fantasmas Famintos" é comparável à noção de inferno, sendo constituído de estados de consciência de forte privação - como fome ou sede - sem que haja possibilidade de saciar essa privação.
No budismo, o renascimento em um inferno é uma conseqüência das virtudes e não-virtudes praticadas, de acordo com a verdade relativa do karma. Entretanto, alguns poucos atos podem, por si, conduzir a um renascimento nos infernos, principalmente o ato de matar um Buda e o ato de matar o próprio pai ou a própria mãe. A meditação sobre os infernos deve gerar compaixão.
[editar] Segundo as mais variadas mitologias
O Inferno, recebe várias versões nas mais variadas mitologias:
- Di Yu, o inferno da mitologia chinesa;
- Hades, o inferno da mitologia greco-romana;
- Helgardh, o inferno da mitologia nórdica;
- Mundo dos mortos, o inferno da mitologia egípcia;
- Mag Mell, o inferno da Mitologia irlandesa;
- Ne no Kuni e Yomi no Kuni, os infernos da mitologia japonesa.
Referências
- ↑ Lewis & Short Inferus
- ↑ Sheol: Gênesis, 37:35, 42:38, 44:29, 44:31, e assim por diante
- ↑ Hades: Mateus 11:23 16:18 Lucas 10:15. Atos 2:27,31. 1 Coríntios 15:55. Apocalipse 1:18 6:8 20:13,14
- ↑ גֵיא בֶן־הִנֹּם Hinnom: Jeremias 19:6 "Por isso eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que este lugar não se chamará mais Tofete, nem o Vale do Filho de Hinom, mas o Vale da Matança". e assim por diante
- ↑ LXX πολυάνδριον υἱοῦ Εννομ - o Vale do Filho de Hinom
- ↑ Gehenna: Mateus 5:22,29,30, 10:28, 18:09, 23:15,33. Marcos 9:43,45,47, Lucas 12:05, Tiago 3:6.
- ↑ Cambridge, 1811, p. 148. A Translators Handbook on the Book of Jonah (Manual do Tradutor Para o Livro de Jonas), 1978, p. 37. Encyclopædia Britannica (Enciclopédia Britânica; 1971, Vol. 11, p. 276).
- ↑ Bíblia Sagrada. Traduzida em português por J. F. Almeida. R.A. 2ªed. SBB
- ↑ Vine’s Expository Dictionary of Old and New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do A.T. e do N.T., de Vine, 1981, Vol. 2, p. 187)
- ↑ A Collier’s Encyclopedia (Enciclopédia da Collier, 1986, Vol. 12, p. 28)
- ↑ O Webster’s Third New International Dictionary (Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster)
- ↑ The Encyclopedia Americana(Enciclopédia Americana, 1956, Vol. XIV, p. 81)
- ↑ A Divina Comédia de Dante
- ↑ PARAÍSO PERDIDO (1667) John Milton (Inglaterra/1608 - 1674)
- ↑ Encyclopédia Universalis francesa.
- ↑ Professor J. N. D. Kelly.
- ↑ Revista U.S.News & World Report.
[editar] Ver também
Categorias:- Lugares hipotéticos (religião)
- Escatologia
- Conceitos religiosos
- Demonologia
Alma, em muitas regiões e filosofias, elemento imaterial que, junto como o corpo, constitui o ser humano. Em geral, concebe-se a alma como um princípio interno, vital e espiritual. No Oriente, a alma (atmám) define a identidade e a consciência, acrecentando-lhe uma dimensão eterna ao ficar presa no ciclo da reencarnação até atingir a purificação. No judaísmo primitivo define-se a personalidade humana sem fazer uma clara distinção entre corpo e alma. A doutrina cristã sustenta que cada indivíduo tem uma alma imortal e que, em seu conjunto, alma e corpo ressuscitados estarão em presença de Deus depois do Juízo Final.Segundo o Islã, Deus dotou de alma cada ser humano e, na hora da morte, o espírito dos crentes é levado até ele. O islamismo divide o céu em patamares cada vez mais sedutores e oferece, aos que morrem na guerra santa (Jihad), a entrada imediata no melhor deles, o sétimo. No sétimo céu existem rios de mel, campos floridos, mulheres belas deitadas em almofadas de pérolas e jovens másculos e sedutores.
Arranha-céu, tipo de edifício que, surgido na década de 1920, revolucionou a arquitetura moderna e as técnicas de construção. Permitiu a incorporação de novos materiais: concreto armado, vidro, e metais como o aço inoxidável e o alumínio, entre outros. Os primeiros arranha-céus foram construídos no fim do século XIX, em Chicago.Ver também Escola de Chicago; Arquitetura contemporâneas; Empire State Building; Siderurgia.
Autos, expressão genérica que engloba o conjunto de representações dramáticas, cultos, ritos litúrgicos e outras práticas festivas religiosas e profanas que têm origem na Idade Média. Em termos de uma perspectiva cronológica, os autos surgem a partir da rejeição dos modelos teatrais greco-latinos e se configuram através de representações de caráter marcadamente popular e satírico, englobando grande variedade de peças teatrais curtas entre os séculos V e XVIII. Em sua variante religiosa, convertem-se em representações de episódios bíblicos, vidas de santos e cerimônias litúrgicas e rituais. Com relação à temática, diferenciam-se os autos em milagres, moralidades, mistérios e autos sacramentais. Sua celebração relaciona o sentido ritual com a própria festa, visando à exaltação e à difusão da doutrina religiosa, ao aprendizado dos fiéis e ao prestígio da Igreja Católica. O Auto dos Reis Magos, que remonta ao século XII, constitui o mais antigo documento dramático que se conserva, escrito em castelhano.Os milagres tinham como tema fundamental os atos prodigiosos atribuídos aos santos, embora com maior freqüência seu centro fossem cenas extraídas do Antigo e Novo Testamento. Adquiriram estrutura formal definida em fins do século XIII ou princípios do século XIV, embora seu apogeu tenha sido nos séculos XV e XVI, em que já era predominante a orientação barroca. Uma obra que alcançou grande difusão na Inglaterra foi Second Shepherd’s Play (A segunda obra do Pastor). Os mistérios, também denominados obras de Corpus Christi, por ser nesta data que se celebravam, dão ênfase à vida e paixão de Cristo. Na Espanha os mistérios tiveram importância no século XV, em Aragão, e em algumas regiões do leste, destacando-se entre eles o Mistério de Elche, que comemora a assunção da Virgem e é apresentado todos os anos, sem interrupção, desde o séulo XV. Os mistérios são considerados o mais claro precedente dos autos sacramentais.As moralidades, que gozaram de grande popularidade entre o século XV e princípios do século XVI, correspondiam ao propósito da Igreja de doutrinar o público sobre a atitude cristã diante da morte. Os personagens das moralidades não são santos ou personagens bíblicos, são alegorias. Na França, a moralidade mais antiga data do século XIII e foi escrita por Estêvão Layton. Na Inglaterra, a mais conhecida é Everyman (Todo homem), datada de fins do século XV. Sua versão espanhola ficou conhecida como A disputa entre a alma e o corpo. Os autos sacramentais têm uma estrutura mais complexa e representam a expressão máxima do teatro religioso do barroco. Seus temas fundamentais são tirados do mistério da Eucaristia e demais sacramentos da Igreja Católica e sua missão consiste em ressaltar a transcendência, ao acatar e cumprir as verdades e princípios da fé, bem como proclamar, com intenção exemplar, os benefícios que trazem à alma.As obras de Juan del Encina (1469-1529), todas elas de tema pastoril, com exceção das églogas inspiradas na Páscoa cristã, se atêm à alegoria clássica, mas não está ausente de seus autos o sentido de celebração religiosa familiar, bem como as charadas e comédias. Sua influência será manifesta nos primeiros autos do português Gil Vicente (1465-1537?), cuja produção marca o ponto mais alto alcançado pelo teatro religioso do século XVI. Também merecem destaque Lope de Rueda e Juan de Timoneda.A dramaturgia espanhola passará por profunda transformação durante o século XVII e os autos sacramentais nela terão participação decisiva. Seus principais relizadores foram Félix Lope de Vega (1562-1635), Tirso de Molina (1579-1648) e, aquele que seria o mestre indiscutível do auto sacramental, Pedro Calderón de la Barca (1600-1681). Também merecem destaque dramaturgos como Juan Vélez de Guevara, Agustín Moreto y Cabaña e Antonio Mira de Amezcua. No México cabe ressaltar a soror Juana Inés de la Cruz. Atualmente uma importante seguidora do gênero é a mexicana Luisa Josefina Hernández, que desenvolveu uma visão mais universal e abarca diversas cosmovisões religiosas. Em seus Escritos sobre o teatro, o dramaturgo alemão Bertolt Brecht confessa ter baseado o essencial de sua técnica teatral nos recursos didáticos deste gênero. O português Gil Vicente foi o grande expoente do gênero em sua época. Entre suas obras, que também incluem farsas, pastorais e tragicomédias, destacam-se o Auto da barca do inferno, o Auto da alma, o Auto de Mofina Mendes, o Auto da barca do purgatório e o Auto da barca da glória. Acredita-se que se devem a ele muitas das qualidades do Auto de el-rei Seleuco, de Luís de Camões. No Brasil, Ariano Suassuna recuperou o gênero em obras como O auto da Compadecida, O arco desolado e O auto de João da Cruz.
Céu, em religião, lugar onde moram Deus, os deuses e outros seres espirituais, e local ou condição da perfeita felicidade sobrenatural dos redimidos na vida depois da morte. A crença dos cristãos é de que, desde a ressurreição de Cristo, as almas dos justos livres de pecado são admitidas no céu imediatamente após a morte, donde sua principal alegria consistir em uma visão serena e beatífica de Deus. Alguns cristãos crêem que, antes de entrar no céu, as almas têm que passar por um estado de purificação chamado purgatório.Gregório de Matos, poeta satírico, erótico e religioso brasileiro, nasceu em Salvador (1636) e morreu no Recife (1696). Fez os primeiros estudos no Colégio dos jesuítas; em seguida (1662), foi para Coimbra, onde formou-se em Direito e foi nomeado curador de órfãos e juiz de crimes de uma comarca próxima a Lisboa. Tornou-se famoso pelo seu espírito satírico, que fustigava sem discriminação gente do povo, do governo e do clero, assim como reinos, mulatos e emergentes sociais. Perseguido e destituído de suas funções, exilou-se em Angola. Nos últimos anos de vida, voltou ao Brasil, vindo a morrer em Pernambuco. Seu arquivo satírico constitui o mais rico documento dos costumes lisboetas, e principalmente da Bahia, do século XVII. Sua poesia revela uma tensão bipolar constante e extremada, que o caracteriza como poeta típico do barroco.
Inferno, em religião, lugar ou estado de castigo e privação para as almas humanas após a morte. Em sentido estrito, o termo se aplica ao lugar ou estado de eterno castigo dos condenados, sejam anjos ou seres humanos. A crença em um mundo subterrâneo ou inferno era muito difundida na Antigüidade. Ulisses desceu ao inferno (katábasis) na Odisséia de Homero. Enéas, em Eneida, de Virgílio, faz um descensus ad inferos como meio de reconhecer seu passado e sua condição de herói, ao mesmo tempo em que vislumbrava seu futuro vinculado ao destino romano. O inferno reaparece na maioria das religiões do mundo atual.Os escritores cristãos primitivos utilizaram o termo inferno para designar o limbo, onde as crianças não batizadas desfrutavam de uma felicidade natural, embora lhes fosse negada a felicidade sobrenatural da visão de Deus. Os mesmos escritores usaram a palavra para descrever o limbo dos pais, local onde as almas dos justos esperavam a redenção trazida por Cristo. Por inferno também se entendia o purgatório e, finalmente, o inferno propriamente dito, lugar de castigo de Satã e de todos os mortos sem o devido arrependimento dos pecados graves. Orígenes, o escritor e teólogo cristão do século III, ensinava que a finalidade deste castigo era purgatorial e proporcional à culpa do indivíduo. Com o tempo, o efeito purificador chegaria a todos.
O altar do céu é parte do templo do mesmo nome, o “Tian Tan”, construído durante a dinastia Ming. Está situado na parte antiga da cidade, no Parque Tian Tan. A arquitetura do século XV, com seus muros vermelhos e ornamentação dourada, é tipica da dinastia Ming.
Paraíso, termo cristão que designa o éden como a primeira morada da humanidade, que terminou com a queda do estado de inocência após o pecado original
Alma, em muitas regiões e filosofias, elemento imaterial que, junto como o corpo, constitui o ser humano. Em geral, concebe-se a alma como um princípio interno, vital e espiritual. No Oriente, a alma (atmám) define a identidade e a consciência, acrecentando-lhe uma dimensão eterna ao ficar presa no ciclo da reencarnação até atingir a purificação. No judaísmo primitivo define-se a personalidade humana sem fazer uma clara distinção entre corpo e alma. A doutrina cristã sustenta que cada indivíduo tem uma alma imortal e que, em seu conjunto, alma e corpo ressuscitados estarão em presença de Deus depois do Juízo Final.Segundo o Islã, Deus dotou de alma cada ser humano e, na hora da morte, o espírito dos crentes é levado até ele. O islamismo divide o céu em patamares cada vez mais sedutores e oferece, aos que morrem na guerra santa (Jihad), a entrada imediata no melhor deles, o sétimo. No sétimo céu existem rios de mel, campos floridos, mulheres belas deitadas em almofadas de pérolas e jovens másculos e sedutores.
Arranha-céu, tipo de edifício que, surgido na década de 1920, revolucionou a arquitetura moderna e as técnicas de construção. Permitiu a incorporação de novos materiais: concreto armado, vidro, e metais como o aço inoxidável e o alumínio, entre outros. Os primeiros arranha-céus foram construídos no fim do século XIX, em Chicago.Ver também Escola de Chicago; Arquitetura contemporâneas; Empire State Building; Siderurgia.
Autos, expressão genérica que engloba o conjunto de representações dramáticas, cultos, ritos litúrgicos e outras práticas festivas religiosas e profanas que têm origem na Idade Média. Em termos de uma perspectiva cronológica, os autos surgem a partir da rejeição dos modelos teatrais greco-latinos e se configuram através de representações de caráter marcadamente popular e satírico, englobando grande variedade de peças teatrais curtas entre os séculos V e XVIII. Em sua variante religiosa, convertem-se em representações de episódios bíblicos, vidas de santos e cerimônias litúrgicas e rituais. Com relação à temática, diferenciam-se os autos em milagres, moralidades, mistérios e autos sacramentais. Sua celebração relaciona o sentido ritual com a própria festa, visando à exaltação e à difusão da doutrina religiosa, ao aprendizado dos fiéis e ao prestígio da Igreja Católica. O Auto dos Reis Magos, que remonta ao século XII, constitui o mais antigo documento dramático que se conserva, escrito em castelhano.Os milagres tinham como tema fundamental os atos prodigiosos atribuídos aos santos, embora com maior freqüência seu centro fossem cenas extraídas do Antigo e Novo Testamento. Adquiriram estrutura formal definida em fins do século XIII ou princípios do século XIV, embora seu apogeu tenha sido nos séculos XV e XVI, em que já era predominante a orientação barroca. Uma obra que alcançou grande difusão na Inglaterra foi Second Shepherd’s Play (A segunda obra do Pastor). Os mistérios, também denominados obras de Corpus Christi, por ser nesta data que se celebravam, dão ênfase à vida e paixão de Cristo. Na Espanha os mistérios tiveram importância no século XV, em Aragão, e em algumas regiões do leste, destacando-se entre eles o Mistério de Elche, que comemora a assunção da Virgem e é apresentado todos os anos, sem interrupção, desde o séulo XV. Os mistérios são considerados o mais claro precedente dos autos sacramentais.As moralidades, que gozaram de grande popularidade entre o século XV e princípios do século XVI, correspondiam ao propósito da Igreja de doutrinar o público sobre a atitude cristã diante da morte. Os personagens das moralidades não são santos ou personagens bíblicos, são alegorias. Na França, a moralidade mais antiga data do século XIII e foi escrita por Estêvão Layton. Na Inglaterra, a mais conhecida é Everyman (Todo homem), datada de fins do século XV. Sua versão espanhola ficou conhecida como A disputa entre a alma e o corpo. Os autos sacramentais têm uma estrutura mais complexa e representam a expressão máxima do teatro religioso do barroco. Seus temas fundamentais são tirados do mistério da Eucaristia e demais sacramentos da Igreja Católica e sua missão consiste em ressaltar a transcendência, ao acatar e cumprir as verdades e princípios da fé, bem como proclamar, com intenção exemplar, os benefícios que trazem à alma.As obras de Juan del Encina (1469-1529), todas elas de tema pastoril, com exceção das églogas inspiradas na Páscoa cristã, se atêm à alegoria clássica, mas não está ausente de seus autos o sentido de celebração religiosa familiar, bem como as charadas e comédias. Sua influência será manifesta nos primeiros autos do português Gil Vicente (1465-1537?), cuja produção marca o ponto mais alto alcançado pelo teatro religioso do século XVI. Também merecem destaque Lope de Rueda e Juan de Timoneda.A dramaturgia espanhola passará por profunda transformação durante o século XVII e os autos sacramentais nela terão participação decisiva. Seus principais relizadores foram Félix Lope de Vega (1562-1635), Tirso de Molina (1579-1648) e, aquele que seria o mestre indiscutível do auto sacramental, Pedro Calderón de la Barca (1600-1681). Também merecem destaque dramaturgos como Juan Vélez de Guevara, Agustín Moreto y Cabaña e Antonio Mira de Amezcua. No México cabe ressaltar a soror Juana Inés de la Cruz. Atualmente uma importante seguidora do gênero é a mexicana Luisa Josefina Hernández, que desenvolveu uma visão mais universal e abarca diversas cosmovisões religiosas. Em seus Escritos sobre o teatro, o dramaturgo alemão Bertolt Brecht confessa ter baseado o essencial de sua técnica teatral nos recursos didáticos deste gênero. O português Gil Vicente foi o grande expoente do gênero em sua época. Entre suas obras, que também incluem farsas, pastorais e tragicomédias, destacam-se o Auto da barca do inferno, o Auto da alma, o Auto de Mofina Mendes, o Auto da barca do purgatório e o Auto da barca da glória. Acredita-se que se devem a ele muitas das qualidades do Auto de el-rei Seleuco, de Luís de Camões. No Brasil, Ariano Suassuna recuperou o gênero em obras como O auto da Compadecida, O arco desolado e O auto de João da Cruz.
Céu, em religião, lugar onde moram Deus, os deuses e outros seres espirituais, e local ou condição da perfeita felicidade sobrenatural dos redimidos na vida depois da morte. A crença dos cristãos é de que, desde a ressurreição de Cristo, as almas dos justos livres de pecado são admitidas no céu imediatamente após a morte, donde sua principal alegria consistir em uma visão serena e beatífica de Deus. Alguns cristãos crêem que, antes de entrar no céu, as almas têm que passar por um estado de purificação chamado purgatório.Gregório de Matos, poeta satírico, erótico e religioso brasileiro, nasceu em Salvador (1636) e morreu no Recife (1696). Fez os primeiros estudos no Colégio dos jesuítas; em seguida (1662), foi para Coimbra, onde formou-se em Direito e foi nomeado curador de órfãos e juiz de crimes de uma comarca próxima a Lisboa. Tornou-se famoso pelo seu espírito satírico, que fustigava sem discriminação gente do povo, do governo e do clero, assim como reinos, mulatos e emergentes sociais. Perseguido e destituído de suas funções, exilou-se em Angola. Nos últimos anos de vida, voltou ao Brasil, vindo a morrer em Pernambuco. Seu arquivo satírico constitui o mais rico documento dos costumes lisboetas, e principalmente da Bahia, do século XVII. Sua poesia revela uma tensão bipolar constante e extremada, que o caracteriza como poeta típico do barroco.
Inferno, em religião, lugar ou estado de castigo e privação para as almas humanas após a morte. Em sentido estrito, o termo se aplica ao lugar ou estado de eterno castigo dos condenados, sejam anjos ou seres humanos. A crença em um mundo subterrâneo ou inferno era muito difundida na Antigüidade. Ulisses desceu ao inferno (katábasis) na Odisséia de Homero. Enéas, em Eneida, de Virgílio, faz um descensus ad inferos como meio de reconhecer seu passado e sua condição de herói, ao mesmo tempo em que vislumbrava seu futuro vinculado ao destino romano. O inferno reaparece na maioria das religiões do mundo atual.Os escritores cristãos primitivos utilizaram o termo inferno para designar o limbo, onde as crianças não batizadas desfrutavam de uma felicidade natural, embora lhes fosse negada a felicidade sobrenatural da visão de Deus. Os mesmos escritores usaram a palavra para descrever o limbo dos pais, local onde as almas dos justos esperavam a redenção trazida por Cristo. Por inferno também se entendia o purgatório e, finalmente, o inferno propriamente dito, lugar de castigo de Satã e de todos os mortos sem o devido arrependimento dos pecados graves. Orígenes, o escritor e teólogo cristão do século III, ensinava que a finalidade deste castigo era purgatorial e proporcional à culpa do indivíduo. Com o tempo, o efeito purificador chegaria a todos.
O altar do céu é parte do templo do mesmo nome, o “Tian Tan”, construído durante a dinastia Ming. Está situado na parte antiga da cidade, no Parque Tian Tan. A arquitetura do século XV, com seus muros vermelhos e ornamentação dourada, é tipica da dinastia Ming.
Paraíso, termo cristão que designa o éden como a primeira morada da humanidade, que terminou com a queda do estado de inocência após o pecado original
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.