sexta-feira, 11 de novembro de 2011

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO; ENCENA

PORTUGUÊS NO PALCO (DRAMATIZADO)

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

- FRASE BREVE – Deve ter sentido completo, deve comunicar algum significado. Ex.: Socorro! Silêncio! Fogo!

- FRASE LONGA – Usa-se uma série de Palavras para comunicar o pensamento. Ex.: O tempo está nublado. Que menina bonita!

- ORAÇÃO – É uma Frase que contém um verbo (com Sujeito e Predicado). Ex.: A fanfarra desfilou na Avenida.

- PERÍODO – É a Frase estruturada em ORAÇÃO ou ORAÇÕES. Classifica-se em:

a) PERÍODO SIMPLES – É constituído de UMA SÓ ORAÇÃO, que se chama ORAÇÃO ABSOLUTA. Ex.: Fui à livraria ontem.

b) PERÍODO COMPOSTO – Constitui-se de mais de uma Oração. Ex.: Fui à livraria ontem e comprei vários livros.

CHATONILDO – É! Essa tal de ANÁLISE SINTÁTICA deixa a gente maluco! São tantos conceitos! Vige!

PROFESSOR – Meu filho, não se desespere nunca! Uma porta sempre se abre para quem procura abrigo. Para facilitar o nosso estudo, vamos fazer uma viagem até a TABA dos Índios MACHUCARRAMÃE, onde, em meio à Natureza e Hospitalidade Indígena, podemos entender a Matéria numa boa, tomando cauim (que deixa a gente meio doidão), namorando as Índias, pegando surucucu na mão, baiacu no anzol etc. Para começar, os rapazes preparem suas sunguinhas e as meninas seus biquínis não muito cavadão e pegamos uma piroga, que nos levará até os nossos irmãos nativos. A Diferença entre FRASE e ORACÃO é mole demais. Bom e bonito, conforme diz o Jecaguei. A Oração tem Verbo e a Frase não. Ah! Assim até jacaré aprende com o Zé de bicho no pé. Prestem muita atenção, isto sim, na ORAÇÃO ABOSOLUTA. Veja aí. Nunca se esqueça! O Período o que é? Veja aí em cima a explicação, que é mais fácil do que comer mamão.

ANÁLISE SINTÁTICA DA ORAÇÃO

SUJEITO – O Sujeito é constituído pr um Núcleo e por palavras secundárias. O Núcleo (palavra mais importante) é sempre um Substantivo ou um Pronome e as Palavras Secundárias podem ser Artigos, Adjetivos, Pronomes e Numerais Adjetivos. O SUJEITO pode ser:

1) SIMPLES – Apresenta apenas um Núcleo. Ex.: O garfo é uma colher.

2) COMPOSTO – Apresenta dois ou mais Núcleos. Ex.: O garfo e a colher são talheres.

3) DETERMINADO –

a) CLARO – Aparente

b) OCULTO ou ELÍPTICO – Não vem expresso na Oração, mas é facilmente determinado pela Desinência do Verbo. Ex.: Cantei (Sujeito Oculto EU) uma bela canção.

c) INDETERMINADO

1 – Com o Verbo da Terceira Pessoa do Plural. Ex.,: Encontraram o seu carro num ferro-velho.

2 - Com o Verbo na Terceira Pessoa do Singular, acompanhado da Partícula SE. Ex.: Dançava-se muito naqueles tempos.

PROFESSOR – Atenção, depois de muitas peripécias, finalmente chegamos à TABA, que não é Tábua, muito menos TAUBA, conforme falam os nossos amigos camponeses. Minha mãe uma vez brigou com um Doutor que chegou lá em casa dizendo “tábua”. Ela não gostou. Achou-o metido. E falou-lhe: “Tábua é uma ova! Aqui todo mundo fala Tauba. O senhor faça favor de se adaptar ao nosso contexto literário, senão lhe aplicamos uma dessas taubas na cabeça e serramos-lhe o pescoço”... Guardem a piroga lá debaixo da casa do Índio Pajé, que se escreve com J porque é nome Indígena, assim como Jiló. E não reclame. Vá olhar as Regras Ortográficas. Lá estão vindo as ÍNDIAS COM AS PARTES PUDENDAS SARADINHAS, como disse o Pero Paz de Caminha, primeiro escritor de carta ao Rei de Portugal. Dêem uma paradinha antes para estudar tudo sobre SUJEITO. E o principal aqui é entender o SUJEITO INDETERMINADO com Verbo na Terceira Pessoa do Singular e com a PARTÍCULA “SE”, distinguindo-o do “SE” APASSIVADOR. Dei todas as DICAS, portanto estou com a consciência tranqüila. Agora vocês tratem de estudar, que eu não tenho tempo para repetir, porque já vejo as ÍNDIAS COM AS VERGONHAS SARADINHAS vindo ao nosso encontro. E elas querem Namorar, ó xente!

Não se esqueçam da Importância do SUJEITO. Sem entendê-lo, nós não saberemos CONCORDAR COM O VERBO. O ladrão roubou uma galinha. Onde está o SUJEITO? Na cadeia, ora! A “otoridade” roubou do povo. Onde está o Sujeito? Passeando de avião a jato no exterior.

PARTÍCULA ”SE” APASSIVADORA – Quando o PRONOME “SE” agrega-se a um verbo Transitivo Direto que não vem seguido de Preposição, pode ser analisado como PARTÍCULA APASSIVADORA. Para dirimir qualquer duvida, transporta-se o Verbo para a voz PASSIVA com o Verbo SER (Passiva Analítica). Se essa transposição for possível, o Pronome SE é Partícula Apassivadora e o SUJEITO sempre estará presente na oração, levando o Verbo a concordar com ele. Ex.: Compra-se uma casa (uma casa é comprada); compram-se duas casas (duas casas são compradas).

PROFESSOR – Para saber onde está o SUJEITO, pergunte ao Verbo, assim diz a Gramática. Ele responde, quando houver. Você chega ao Quadro-negro e chega bem pertinho do Verbo e pergunta: - Verbo, Verbinho do meu coração! Dá para você dizer quem é o Sujeito desta Oração? Se não responder é porque é uma oração SEM SUJEITO. Não vale subornar o Sujeito, hein, malandro velho? Explique humoristicamente o SUJEITO OCULTO, Diogo.

DIOGO – Preste atenção no SUJEITO OCULTO: “Aí nós namoramos, CASAMOS e nos TORNAMOS três. – Viram a mágica para o Pronome e o Verbo passarem do Singular para o Plural? (Eu + Tu = Nós). Ih, saiu sem querer, mas gostei, professor paisão! , , !

ALUNOS – Professor, Professor, eis que estão chegando as Índias. Venha nos ajudar. Nós não sabemos namorar índia. Dá uma força aqui, professor!

PROFESSOR – Gente, é muito simples! É que nem vocês fazem com suas namoradas: muito carinho, palavras doces e suaves, valorizando o ser humano psicológica e espiritualmente e depois dando alguns presentes. Elas se entregam com muita libido.

MONTÃO – Libido? Que bicho é este, professor?

PROFESSOR - Montão, preste atenção! Libido é aquele sentimento de amor que rola pra lá e pra cá.

U, U, U, U, U – Nós índias das Vergonhas Peladas. E vocês, quem ser?

PROFESSOR – Eu sou o Professor Odlano e estes são meus lindos e inteligentes e bagunceiros alunos.

ÍNDIAS – Bem que nós sonhamos esta noite que teríamos namorados diferentes hoje, pois já estamos cansados dos mesmos homens.

JOÃOZINHO – Professor, eu vou sair desta furada, pois já tenho minha esposa e minha religião manda que eu seja fiel a ela.

PROFESSOR – Não, Joãozinho, não é nada do que você está pensando. Namorar aqui significa bater papo, trocar umas idéias, coisas deste jaez.

ÍNDIO PAJÉ DA CALÇA FURADA – Mim ser índio Pajé. Se tiver alguém doente aí mim fazer pajelança e curar enfermos.

PROFESSOR ODLANO – PAJÉ, eu tenho andado com uma dor de cabeça de rachar os miolos.

PAJÉ (faz pajelança, Professor fica curado e dá presente para Pajé) – PAJÉ, muito obrigado pela sua ajuda. Aceite este presente como prova de gratidão e carinho.

ÍNDIO SURU SEM PALAVRÃO – Mim gostar de Verbos FENÔMENOS DA NATUREZA. Nós ter muitos verbos da Natureza. Eles bater com Gramática de Brasileiros que roubam terra de índio.

ORAÇÃO SEM SUJEITO – Expressa um fato que não é atribuído a nenhum ser. Ocorre em três casos:

a) Com o verbo HAVER no sentido de EXISTIR. Ex.: HOUVE poucas

reprovações este ano (POUCAS REPROVAÇÕES = Objeto Direto).

b) Com os verbos SER, ESTAR e FAZER quando indicam TEMPO. Ex.: Era TRÊS DIAS PROPÍCIOS à folia (Três dias propícios = Predicativo) – FAZ três dias que não namoro (ui, ui!)

c) Com os verbos ANOITECER, CHOVER, VENTAR, GEAR e outros que indicam FENÔMENOS DA NATUREZA. Ex.: VENTAVA muito ontem

OBS.: Se o Verbo não estiver no sentido de Fenômeno da Natureza, então temos o Sujeito na oração dada. Ex.: CHOVIAM canivetes; CHOVIAM lágrimas de seus olhos.

ÍNDIA CAÇA JIBÓIA – Professor, uu!? Quantos garotos bonitos o senhor trouxe para nós! Posso dar uma beijoca naquele loiro de olhos azuis?

PROFESSOR – Puxa vida, Índia Caça Jibóia, eu pensei que hoje ia arrumar uma namorada Índia pelada com todo o respeito, mas já vi que estou muito velho. Vá lá dar um beijo no Chicão, mas cuidado, pois ele é famoso de ser bom de cama.

ÍNDIA – Não tem problema! Mim ser também caliente e dormir muito... Professor, aqui em nossa TABA está havendo uma revolução danada com referência ao PREDICADO da Análise Sintática. Houve até ameaça de guerra, porque a TABA de lá diz que PREDICADO ser tudo que diz respeito ao SUJEITO, enquanto a TABA de cá dizer que PREDICADO ser tudo, inclusive o SUJEITO. Quem ter razão?

PROFESSOR – Essa eu deixo para o Carlão, aquele rapaz morenão sarado de olhos pretos de jaboticaba.

ÍNDIA – Nossa! Ele é todo meu? Então primeiro vem dar beijinhos e abraços e carinhos e amor à ÍNDIA PELADA DA TABA RASPADA COM BOMBRIL NESTE CÉU DE ANIL. Mim ser também POETISA.

CONFLITO SEXUAL – Perguntei a Deus, a Jesus Cristo e ao Espírito Santo e à minha esposa, e às Onaldetes (meninas alunas ajudantes do Prof. Onaldo) se eu podia deixar a Índia Taba Larga “pelada” neste trecho, porque estou na dúvida de haver alguma censura. Oh! Censura! Você deve censurar toda esta corrupção e mentiras-sem-fim que existe lá nas “otoridades” mandatárias do nosso lindo país. Quanto à Índia da Taba Pelada, você não sabe que a História registra que os PORTUGUESES quando chegaram aqui encontraram os índios e índios tudo pelados. E nem por isso havia falta de respeito. E os Portugueses também não reclamaram. Muito pelo contrário. Deitaram e rolaram. Vamos parar de criticar tudo, tipo o Burguês do livro de José de Alencar (“Lucíola”), que a deflorou e depois falou para o rapaz ingênuo vindo de Campos: “Você quer falar com uma prostituta?” Viu Jesus Cristo o que fez quando lhe apresentaram uma prostituta pega em adultério, que a Lei de Moisés mandava apedrejar? Ele falou para aquela platéia: “Quem não tiver pecado atire a primeira pedra”. E saiu todo mundo de fininho. Para encurtar este parágrafo, lá vai o veredicto do Juiz máximo: “Meus filhinhos, procurem não pecar, mas se pecarem o Sangue de Jesus os purifica. Mas também não vai abusar, hein?! Então, depois dessa, meu caro, fica ÍNDIA PELADA DA TABA LARGA. E se algum Burguês ou Sepulcro Caiado reclamar, mande-o botar ovo em cima da mesa... E aproveita, que estou calmo.

CARLÃO – Professor, assim fica difícil eu explicar a Matéria. Com uma Índia das Vergonhas Saradinhas deste jeito eu nem posso pensar em estudar Português.

PROFESSOR – ÍNDIA DA TABA PELADA, favor largar Carlão explicar Matéria. Depois da aula poder namorar.

CARLÃO – O PREDICADO, minhas jovens índias peladinhas no respeito, a outra TABA tem razão. Sinto muito! O Predicado é TUDO QUE DIZ RESPEITO AO SUJEITO, logo, como vocês, além de SENSUAIS E ERÓTICAS, são inteligentes, entendem que o SUJEITO não conta como Predicado. E vamos exemplificar: EU COMI UMA ÍNDIA, digo, digo, UMA GALINHA (no sentido de almoçar ou jantar. Você está pensando outra coisa?) – EU = Sujeito; COMI UMA GALINHA = PREDICADO. Entendeu?

PREDICADO – É tudo que se declara do SUJEITO.

1) PREDICADO VERBAL – Quando o Núcleo do Predicado é um Verbo TRANSITIVO ou INTRANSITIVO. Ex.: Meu telefone TOCOU durante a madrugada (TOCOU = Verbo Intransitivo; durante a madrugada = Adjunto Adverbial; o Verbo Tocar não tem Complemento porque é verbo INTRANSITIVO) – ATENDI o telefone para meu chefe (ATENDI = Verbo Transitivo Direto; O TELEFONE (atendi o quê?) = Objeto Direto; PARA MEU CHEFE (para quem?) = OBJETO INDIRETO – VERBO TRANSITIVO DIRETO PREPOSICIONADO – É quando o Verbo é TRANSITIVO DIRETO e pode (não é obrigatório) admitir PREPOSIÇÃO. Ex.: SACOU DA espada (o Verbo SACAR é Transitivo Direto (quem saca, saca alguma coisa, algum dinheiro), mas se você prefere a forma SACOU DA espada, então temos o Verbo Transitivo Direto com Preposição, portanto, com OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO – Já o VERBO TRANSITIVO INDIRETO pede PREPOSIÇÃO (é obrigatório). Ex.: GOSTO DE você, minha gatinha miau! (Quem Gosta Gosta DE, logo existe a Preposição) – Verbo TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO (BITRASITIVO) = É o Verbo que NECESSITA de OBJETO DIRETO e INDIRETO ao mesmo tempo. Ex.: Quem DÁ o que quer, a quem quiser. Por isso: DEI UM LÁPIS A MARIA (UM LÁPIS = Objeto Direto; A MARIA = Objeto Indireto).

2) PREDICADO NOMINAL – Quando o Núcleo é um PREDICATIVO (NOMINAL

refere-se a NOME, ou seja, Substantivo ou Adjetivo e Advérbio). Ex.: O telefone É

ALGO BASTANTE ÚTIL (É = Verbo de Ligação; ALGO BASTANTE ÚTIL –

Núcleo Nominal = PREDICATIVO DO SUJEITO).

3) PREDICADO VERBO-NOMINAL – Constitui-se de Verbo INTRANSITIVO mais PREDICATIVO DO SUJEITO ou de VERBO TRANSITIVO mais PREDICATIVO DO OBJETO. Ex.: Os rapazes VOLTARAM VITORIOSOS (Voltaram Vitoriosos = PREDICADO VERBO-NOMINAL; Vitoriosos = Predicativo do Sujeito); O juiz TORNOU PÚBLICA A SENTENÇA (TORNOU PÚBLICA A SENTENÇA = Predicado VERBO-NOMINAL; PÚBLICA = Predicativo do Objeto Direto “A sentença”).

CARLINHA – Espera aí, Professor! É Matéria demais! Estou confusa que nem a Catifunda. Me diga uma coisa: dá para o senhor esmiuçar, simplificar isso aí? Primeiro acho que devemos relaxar um pouco nossas mentes, porque eu sei que o senhor também está de saco cheio de tanto escrever a Matéria e de ter parado de conversar com as Índias e os Alunos.

PROFESSOR – Carlinha, você tem razão! Só em escrever já cansei. Vamos simplificar. Vou contar uma Historinha para vocês. Assim fica mais gostoso!

HISTORINHA DA MATÉRIA QUE A DRA. DENISE APOIOU: AQUELA DA LETRA D

Era uma vez dois irmãos chamados OBJETO DIRETO e OBJETO INDIRETO. O Objeto Direto resolveu ir tomar um chopinho com seu amigo íntimo VERBO TRANSITIVO DIRETO lá no bar do trailer do Colégio Estadual Brigadeiro Castrioto, mais conhecido como CEBRIC, pois ali eles esperavam encontrar o Professor Odlano, seu Professor de português e Literatura, de quem eles gostavam muito e eram amigos. Eles amavam o CEBRIC, porque lá havia três diretoras maravilhosas, simpáticas, amigas e competentes, começando com a sorridente e responsável Lúcia, que adorava as brincadeiras do Professor Odlano. Também lá há professores muito queridos, como o Professor Jonas, que está sempre contando uma piada ou cantando uma canção ao som do seu violão. Não sei como pode uma pessoa dar tantas aulas de Física e Matemática e ainda conseguir contar piadas e cantar. Só o simpático Prof. Jonas. Além disso, experimentem conversar com a Divina Professora Leda. Que amor de pessoa!

E a Professor Carmen Celsa, com sua competência e teatro idem?! É um primor de pessoa. E a superamiga supersimpática superbonita Loiraça cujo nome de trás pra frente, para não nos comprometermos (brincadeirinha!), é Aranis, a quem os alunos amam de todo o coração. E a Ângela, que parece um anjo, um amor? E a Cristina, que sabe dançar, com respeito, muito bem. E a extrovertida Fátima, que é excelente de teatro? E o lindo professor Elmo, amigo e inteligentíssimo e cultíssimo etecétera e tal? E tantos outros, de todos os três turnos?

Conversa vai, conversa vem, chopinho vai, chopinho, vem, lindas alunas chegavam, lindas alunas saíam, rapazes educados e elegantes chegavam, os mesmos saíam para não chegarem a casa tarde, porque no outro dia deviam trabalhar (tudo gente boa nunca foi presa à toa).

Então o OBJETO DIRETO, muito senhor de si, como se diz por aí, começou a contar suas vantagens ao verbo TRANSITIVO DIRETO: “Agora veja, meu querido amigo, se eu não tenho vantagem sobre o OBJETO INDIRETO! Eu sou sozinho. Não carrego Preposição nenhuma para me perturbar. Vou para onde quero. Não tenho ninguém que anda sempre agarrada comigo que nem uma sanguessuga. Eu posso ganhar cada dia uma dessas gatas que chegam aqui e não quero saber! Já o OBJETO INDIRETO, coitado, está sempre preso àquela PREPOSIÇÃO que não larga do seu pé. Vamos até cantar aquela musiquinha que traduz bem esta situação: ‘A vida de casado é boa, mas a de solteiro é melhor. Solteiro vai pra onde quer, mas o casado tem que levar a mulher’”

Nisso, olha quem chega! O OBJETO INDIRETO, sempre bem acompanhado, como faz questão de dizer. Então ele falou para o OBJETO DIRETO: “Olha, meu chapa, eu estou com minha MelMel Preposição Supersimpática, amiga e amorosa e não tenho do que reclamar. Pelo contrário, quem não larga desta gata Preposição sou eu. E aqui eu trouxe o meu amicíssimo VERBO TRANSITIVO INDIRETO, pois sem ele e sem a Preposição eu seria um reles Objeto Direto, que está com todas as gatinhas, mas não tem uma especial, como eu. E vamos deixar de contar vantagens e tomar um chopinho... a propósito, vocês viram aquele Professor Maluco-Beleza, o Odlano? Será que ele vem tomar um chopinho conosco? Ele não bebe álcool, mas podia tomar um chopinho, ou, até, uma coca-cola, e dançar um pouquinho para nós. Ele é superengraçado em tudo, até dançando. Mas é um amigo e tanto, ? Adoro os pirulitos que ele traz, as aulas “doidas” que ele dá dramatizando tudo, principalmente a aula sobre OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO”.

Doutra feita, o OBJETO DIRETO e o OBJETO INDIRETO resolveram participar da corrida de São Silvestre. Prepararam-se a contento correndo na Praia de Icaraí todos os dias. Chegou o fatídico dia. Lá estão eles prontos para dar a partida. Pou! Não foi tiro de bandido, graças a Deus. Estou livre de bala perdida, pelo menos neste momento! Foi o disparo para dar início à maratona.

Lá estão os dois juntinhos, faltando cem metros para chegar. A torcida, constituída de VERBO TRANSITIVO DIRETO, VERBO TRANSITIVO INDIRETO, VERBO INTRANSITIVO e toda a ANÁLISE SINTÁTICA, que não é tão difícil assim como falam. Para estudá-la, basta usar o método do Prof. Odlano, ou seja, dar nomes aos bois, melhor, aos PREDICADOS, COMPLEMENTOS VERBAIS, ADJUNTOS ADVERBIAIS, ADJUNTOS ADNOMINAIS e a cada ORAÇÃO COORDENADA, SUBORDINADA, SUBSTANTIVA, ADJETIVA, REDUZIA e ADVERBIAIS....Nada de decoreba. É preciso entender e associar OS PERSONAGENS com idéias do seu universo experimental.

Já vão chegando os dois juntos. Será que vão empatar? Mas vejam só: o OBJETO INDIRETO acaba de tropeçar na PREPOSIÇÃO a três metros de distância do pódio. O que acontecerá? Viva o OBJETO DIRETO, que estando sozinho conseguiu ganhar a corrida. Foi só um acidente! Em Análise Sintática todos são importantes... aprenderam? Se não entendeu, agora só aula Particular de sexologia, com direito à primeira aula prática, sem maus pensamentos.

PROFESSOR – Meninas, aí vêm uns rapazes ÍNDIOS GUERREIROS DE TUPÃ, cheios de vida, saúde para dar e vender, musculosos, charmosos, machos sim senhor! Recebam-nos com muita elegância e ofereçam os seus Produtos que vocês trouxeram nas bolsas. Se eles pedirem outras coisas, me digam para que eu possa telefonar para seus pais permitirem ou não. Também, quem manda ser criança, adolescente, minhas beldades (gritam e caem desacordadas com tanta beleza de Heróis da Emancipação Nacional (os índios, ora? Não estudou José de Alencar e Gonçalves Dias no Romantismo?).

ÍNDIO PLANTA BANANEIRA – Professor, mim Índio Planta Bananeira no Sentido Denotativo e no Sentido Conotativo ou Figurado. Já estou plantando no Conotativo. Veja mim de cabeça para baixo e pés para cima. Mim também plantar bananeira no sentido Denotativo: aqui está uma penca de banana. Planto-a e cumpro a palavra. Mas ser claro que estamos considerando a expressão “plantar bananeira” na frase: - Você não tem o que fazer, vá plantar bananeira. Entendeu, professor?

ERIQUINHA – Professor, palamor de Deus, me dá de presente este Índio Planta Bananeira. Eu o levo para casa, dou bainho nele, faço cafuné e ainda caso no civil e religioso com essa beldade e tentação de viver.

PROFESSOR – Muito bem! Enquanto vocês se divertem com esses índios tão apetitosos, eu vou lhes explicar o COMPLEMENTO NOMINAL.

COMPLEMENTO NOMINAL

JUJU – Muito bem, garotas! Vejam onde vocês passam a mão! Aqui tem que ser tudo no respeito. Estou vendo o Professor se arrumar com uma Índia Professora da Taba, e então vou continuar a explicação do Complemento Nominal. Olhem, gente! Ali atrás vimos os COMPLEMENTOS VERBAIS, que são o OBJETO DIRETO e o OBJETO INDIRETO. Mas agora vamos falar do Complemento NOMINAL, ou seja, Complemento do NOME, ou seja, do SUBSTANTIVO, ADJETIVO ou ADVÉRBIO. Ex.: Ele é ÚTIL AO PATRÃO – Quem é ÚTIL é Útil a alguém. Logo, AO PATRÃO é COMPLMENTO NOMINAL DO ADJETIVO “ÚTIL”. E vamos ao AGENTE DA PASSIVA, porque isso aí é canja de pinto.

AGENTE DA PASSIVA

JUJU – Agente da Passiva é Agente da Voz Passiva. Indica o ser que PRATICA A AÇÃO na Voz Passiva. Ex.: Os mapas foram elaborados PELO GUIA... Fiquem atentos, que às vezes o AGENTE DA PASSIVA aparece com a Preposição DE. Ex.: Aquela ilha estava povoada DE MUITOS SILVÍCOLAS.

CARINA – Juju, o que estou vendo? O professor entrou na Taba da Índia. Isso não pode!

JUJU – Que que é isso, Carina? Mas você é maldosa, hein? O professor já tinha me dito que iria dar uma Aula Particular à Índia Professora da Taba Larga.

CARINA – Ah, então eu vou levar um Índio Saradão para plantar bananeira comigo no Departamento de Imigrantes de Índio gostosão.

JUJU – Carina, não pode não! Eu deduro você para o Professor ou então vamos juntos. Vamos juntos, que é melhor, ?

ÍNDIO SOCÓ-BOI – Mim Índio ser carinhoso e defender mulher branca de cobra surucuru. Quem querer estudar ADJUNTO ADNOMINAL pode vir comigo, que eu respeito moças brancas de calça e sapato. Professor Odlano mandar dizer Aula Professora Taba Larga demorar muito porque ele estar muito inspirado, já que vocês não deixam ele dar aula Expositiva.

ADJUNTO ADNOMINAL

- É o termo que vem junto (ADJUNTO) do NOME (ADNOMINAL). Pode ser expresso por:

a) ADJETIVO – água FRESCA.

b) ARTIGO – O mundo

c) PRONOMES ADJETIVOS – NOSSO tio, ESTE lugar.

d) NUMERAIS ADJETIVOS – DOIS homens.

e) LOCUÇÕES ADJETIVAS – livro DE OURO (áureo).

LAREMI – Cadê o professor? Será que a Índia Professora da Taba Larga está comendo-o? Sim, porque já ouvi dizer que existem índios Canibais, que comem gente. Ai, meu Deus! Cadê nosso Professor? Sabem o que aquele índio lá no meio de dez índias está fazendo? Vou explicando para vocês. Trata-se do Namoro de um Índio com 10 índios, porque ele tomou cauim e está em ponto de bala. Vejam só: elas estão andando em roda e o índio fica no meio. Índia mais disposta diz para ele: “ÍNDIO TROVÃO DA CAMA QUEBRADA se quiser namorar ÍNDIA TOPA PARADA ATÉ COM CORISCO tem que pegar aquela onça que está passando por aí. Olhem lá, Indo pegou a onça e está trazendo para ÍNDIA TOPA PARADA. Índia pegar na mão de Índio e ir atrás da Maloca para Namorar. Só namorar, viu, seu maldoso? Só pensa naquilo! Abre a mente para outras coisas, camarada!... O namoro continua. Outra índia avança e pede para índio pegar Surucucu. Assunto fechado. Outra tarefa: pegar 100 piranhas de uma só vez no riacho ali perto. Outra: pegar todos os Corruptos da Política Nacional e colocar no bornal... Namoro parou aí. Tarefa impossível. Deus me livre. Entrar nesta furada? Isso dá até morte! Sai dessa! É melhor rezar para Deus Tupã Evangélico tocar corações das Autoridades para se arrependerem antes de irem para o Inferno. Foi boa essa, ? Quando precisa, sempre às ordens! Professor, sou uma excelente escritora, com inspirações eróticas sutis. Se o senhor quiser, posso falar do ADJUNTO ADVERBIAL.

ADJUNTO ADVERBIAL

- É o ADVÉRBIO ou expressão que funciona como um Advérbio. Classifica-se em:

- DE AFIRMAÇÃO – Realmente, está frio.

- DE NEGAÇÃO – Não sairei.

- DE DÚVIDA – Talvez eu viaja à noite.

- DE TEMPO – Saiu cedo.

- DE LUGAR – Mora longe.

- DE MODO – Ele escreve devagar.

- DE INTENSIDADE – Ele corre bastante.

- DE COMPANHIA – Ele passeou com os pais.

JORGINHO DAS CABROCHAS – Só muié tem vez aqui, é? Agora vou ficar aqui até o sol raiar, quer dizer, se uma dessas Índias se interessar por mim.

ÍNDIA PLANTA TAIOBA – Olá, meu rapaz! Você aí, seu Jorginho! Quer dizer que você gosta de umas cabrochas? Vamos ver se você se garante mesmo? Mim se chamar PLANTA TAIOBA, porque tomo conta do Taiobal. Tem cada taioba desse tamanho, ó! Rapaz branco saber que taioba dá muita energia, principalmente quando misturado com MEL afrodisíaco pra rachar a tampa da panela, aquele Licor que Iracema de José de Alencar tomou para poder namorar o Português Martim, que broxou (esta pode falar, ?) porque se lembrava de Namorada que deixara em sua terra. Mas que besteira, com uma índia tão linda ele ficar pensando na Namorada. My God!

JORGINHO – Taí, INDIA PLANTA TAIOBA, gostei de você. Mas em nossas terras os costumes são outros. Sinto muito, mas podemos ser amigos. Vou saindo de fininho, que a barra aqui é pesada. Fui!!!

MENINAS – JORGINHO não é de nada! Pindoba, ele fugiu da Índia Taioba.

PEDRO GAVIÃO – Meu nome é Gavião porque gosto muito de comer pintos, ou seja, um pouco menos do que frango. Mas se se meter comigo eu como também. Antes, porém, vou explicar o APOSTO.

APOSTO

- É uma palavra ou expressão que esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração. Ex.:O Amazonas, RIO CANDALOSO, atravessa grande região; Conquistaram a Lua, SATÉLITE DA TERRA; O autor do Romance Quincas Borba, MACHADO DE ASSIS, ficou famoso.

VOCATIVO

- É um CHAMAMENTO, pode referir-se a Pessoas, animais, entidades sobrenaturais etc. Ex.: Não faça isso, MENINA; DEUS, vinde em meu auxílio.

ÍNDIO PAJÉ DA ÁGUA MOLHADA – Oi, pessoal! Mim estar muito sastifeito com alegria de todos vocês. Eu já conversei com o Prof. Odlano e ele me falou que vocês são excelentes. Só demoram muito em entregar os trabalhos. Mas o Professor corre atrás até que o último cumpra seu dever. Ele não brincar em serviço. Mas ele adora suas redações, os Seminários de Literatura. Ele só me pediu para pedir a vocês para deixarem de vez em quando ele explicar lá na frente, não por muito tempo, assim, tipo umas 5 horas. Não, não e cinco nões! Vocês não agüentariam. Mas só uns 10 minutos, para ele poder explicar a Matéria. Depois ele deixa vocês trabalharem em grupos de quatro. Pode de cinco ou seis? Pode, mas é melhor de quatro, conforme disse um rapazinho a uma menina, tudo, mas tudo mesmo no respeito. Caramba! Mas a aula lá de vocês é tão boa assim? Mim agora convidar todos para um suculento almoço na Taba de PAJÉ DA ÁGUA MOLHADA, porque uma vez descobrimos que a água estava tão seca, que Pajé fez pajelança e caiu tanta água que molhou toda a tribo. Por isso nome de Pajé ÁGUA MOLHADA. Tudo tem uma razão na Taba de Índio. E agora, Professor estar ocupado com ÏNDIA PROFESSORA DE TABA LARGA, me pediu para passar PROVAS DE CONCURSOS de ANÁLISE SINTÁTICA DOS TERMOS DA ORAÇÃO.

1) Em “os bichos comeram os trapos QUE o vento não levou”, a palavra destacada exerce a função de:

a) Pronome Adjetivo relativo

b) Sujeito

c) Objeto direto

d) Objeto indireto

2) Na expressão “... chamei Ciro dos Anjos de mineiro...”, encontra-se no Predicado pela ordem:

a) Objeto direto e objeto indireto

b) Objeto indireto e adjunto adnominal

c) Objeto direto e predicativo

d) Objeto direto e complemento nominal

3) “... para vir lembrar-NOS que estamos envelhecendo....”, o termo destacado tem a função sintática de:

a) Objeto direto

b) Objeto indireto

c) Complemento nominal

d) Predicativo do Sujeito

4) Em “nada te posso dar”, a função sintática do Pronome Indefinido NADA é:

a) Sujeito simples

b) Complemento nominal

c) objeto direto

d) adjunto adnominal

e) predicativo.

5) “Um peixe resvalou à FLOR DA ÁGUA: do céu brotou um raio DE SOL”. Os termos sublinhados são respectivamente:

a) objeto indireto, complemento nominal, adjunto adnominal

b) objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial

c) adjunto adverbial, adjunto adnominal, adjunto adnominal

d) complemento nominal, adjunto adverbial, adjunto adverbial

e) adjunto adverbial, complemento nominal, adjunto adnominal.

6) “Mulher que A DOIS ama, A AMBOS engana”.

a) Objeto direto preposicionado e objeto direto preposicionado

b) Objeto indireto e objeto direto

c) Objeto direto preposicionado e objeto indireto

d) Objeto direto e objeto direto preposicionado

e) Objeto indireto pleonástico e complemento nominal.

7) A terra era povoada DE SELVAGENS:

a) adjunto adverbial

b) complemento nominal

c) agente da passiva

d) objeto direto

e) objeto indireto

8) A alternativa em que o Pronome Relativo QUE funciona como Predicativo é:

a) és o que tu és

b) a caneta que está contigo é minha

c) a casa que eu comprei é baixa

d) o remédio de que preciso é caro

e) a cena a que assisti foi horrível

9) Em “O parque é realmente BELO”, o termo destacado é:

a) sujeito

b) predicativo do sujeito

c) objeto direto

d) objeto indireto

e) predicativo do objeto

10) Em “Acabei de ver uma coisa DELICIOSA”, o termo destacado é:

a) predicativo do sujeito

b) predicativo do objeto

c) adjunto adnominal

d) adjunto adverbial

e) complemento nominal.

11) Em “O carnaval, FESTA POPULAR DO BRASIL, é um fenômeno cultural”, os termos destacados são:

a) aposto

b) vocativo

c) sujeito

d) agente da passiva

e) adjunto adnominal.

12) Em “ele ME contou que...”, o termo destacado é:

a) objeto indireto

b) objeto direto

c) predicativo

d) agente da passiva

e) complemento nominal

13) Em “mas, ao VOLTAR-lhe as costas”, o verbo destacado é:

a) intransitivo

b) transitivo direto

c) transitivo indireto

d) transitivo direto e indireto

e) de ligação

14) O termo sublinhado é complemento nominal em:

a) o sol DE VERÃO

b) chuvas pesadas DE JUNHO

c) anunciadores DE DESGRAÇA

d) o grito DOS CORUJÕES

e) trinados DE PÁSSAROS

15) Assinale o termo que não contém adjunto adnominal:

a) coração dos homens

b) a chama dos desejos

c) corrida de galho em galho

d) bandos de macacos

e) chuvas do inverno

16 ) “Paula mirou-se no espelho das águas”. Esta oração contém um verbo na voz:

a) ativa

b) passiva analítica

c) passiva pronominal

d) reflexiva

e) reflexiva recíproca

16) Assinale a alternativa em que o termo destacado foi analisado incorretamente:

Foi O BROCHE que LHE fechou A GOLA DO VESTIDO

a) O broche = sujeito

b) Lhe = objeto indireto

c) A gola do vestido = objeto direto

d) Do vestido = adjunto adnominal.

PROFESSOR – Oi, pessoal! Eis-me aqui de novo. Vocês ficaram preocupados comigo enquanto eu estava dando aula particular para a PROFESSORA ÍNDIA DA TABA LARGA? (gargalhadas). Ih! Minha gente! Eu me dei foi bem! A TABA LARGA é muito estreita mesmo. Sabe por quê? Porque ela me colocou em cima de uma mesa, mandou que eu plantasse bananeira, e a Taba da Mesa foi se estreitando, se estreitando, até que ficou apertadinha. E eu tive que dar aulas nesta posição, enquanto a ÍNDIA TABA LARGA, de pernas para o ar, escrevia no quadro-negro as lições que eu passava para ela. Foi bom demais, mas eu fiquei exausto. É mole dar aula plantando bananeira? A TABA LARGA é muito simpática, inteligente e não fez nada do que vocês estão pensando, seus cabeças de bagre. Ela estudou tudo direitinho, e aprendeu toda a Matéria, inclusive se saiu muito bem na PROVA PARA CONCURSOS. Vocês também se saíram muito bem, , seu Zéperequeté? Agora vamos ver a próxima matéria.

ÍNDIO CAI GOTEIRA NO MOLHADO – Mim ter Taba não Larga. Mim pegar balde para acolher goteira de chuva em minha maloca. Por quê? Porque homem branco roubar recursos de Índio e deixar Índio na pindaíba. Índio fazer casa esburacada homem branco invadir terra de Índio. ! Assim não dá! Professor Odlano, vá em nosso nome ao Presidente explicar situação precária de Índio. Pode entrar com causa na justiça reivindicando nossos direitos e invertendo a realidade. Realidade de Índio é Índio ser dono do Brasil, porque “Descobridores com Pedro Álvares Cabral e Pero Vaz de Caminha” extorquiram nossa terra, roubaram nossas mulheres e mudaram nossos costumes e se dizem dono do Brasil. Peça aos seus alunos para pesquisarem nossos costumes, nossas origens e nossa decapitação.

PROFESSOR – Vamos nos despedir dos nossos amigos hospitaleiros ÍNDIOS MACHUCARRAMÃE. Nos divertimos muito, aprendemos a namorar Índias das Vergonhas Saradinhas, conhecemos alguns costumes deles e, principalmente, queremos agradecer a gororoba com taioba, surucucu ao molho de morcego, jibóia com j (cortada em forma de j) ao molho de lagartixa, aipim cozido em sanguessuga, etc., que já não agüento mais. Ah! Não podemos esquecer o licor que tomamos após o almoço e que deixou todo mundo falando uma frase só: “Ih, cara, to doidão, vou chamar o Deputado Corrupto João Plenário para extorquir ouro de Índios”. Aquele abraço, ÍNDIA MUITO BOA TABA LARGA e todas Índias muito saborosas. Beijíssimos! E pau, pau!... Vamos aproveitar para estudar a CRASE, pessoal. É muito fácil com as dicas do Professor Odlano.

CRASE

- CRASE é a combinação da PREPOSIÇÃO “A” com

a) o ARTIGO “A, As”. Ex.: Fomos À feira.

b) o A inicial dos PRONOMES DEMONSTRATIVOS AQUELE (e variações) e A

(e variações). Ex.: Entreguei o vaso ÀQUELE rapaz; dei um livro ÀQUELA moça; aquela moça é linda. Você se refere À (Àquela) de preto?

OBS.: Se não houver a presença do ARTIGO, obviamente, não haverá CRASE. Ex.: Visitei aquela cidade, escrevi a lição no caderno.

DICAS PARA O USO DA CRASE

1) Usa-se a CRASE em LOCUÇÕES ADVERBIAIS (com núcleo feminino). Ex.: Às vezes me canso, À noite eu canto, Às pressas me acalanto...

2) Usa-se a CRASE em LOCUÇÕES PREPOSITIVAS (com núcleo feminino). Ex.: Estou À PROCURA DE dois corruptos.

3) Usa-se a CRASE em locuções que exprimem HORA DETERMINADA.

Ex.: Ela saiu ÀS sete horas.

4) Usa-se a CRASE com a expressão À MODA DE, mesmo que a palavra

MODA esteja oculta. Ex.: Ele escreve À (moda de) José de Alencar.

5) Usa-se a CRASE em LOCUÇÕES CONJUNTIVAS (com núcleo

feminino). Ex.: Ã MEDIDA QUE você estuda, sua mente progride.

A CRASE É FACULTATIVA

1) Diante de PRONOMES POSSESSIVOS FEMININOS. Ex.: Entreguei o

livro À SUA secretária ou entreguei o livro A sua secretária.

OBS.: Só é OBRIGATÓRIO o uso da CRASE nos PRONOMES POSSESSIVOS quando necessário para evitar AMBIGÜIDADE. Ex.: - E os papéis do casamento? – Enviei-os À SUA noiva pelo correio (ele enviou os papéis de casamento À SUA noiva pelo correio. Se não colocar a CRASE, muda de sentido e quer dizer que mandou A noive embrulhada pelo Correio).

2) Diante de SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS FEMININOS (quando há

intimidade). Ex.: Dei o livro À Sônia (na intimidade); deu o livro A

Sonia (sem intimidade).

MACETES QUE AJUDAM... E MUITO!

1) Para saber se há CRASE, você pode substituir o nome feminino por um Masculino. Se

aparecer AO, então há CRASE diante do nome FEMININO. Ex.: Fomos À cidade

comprar carne (se você tiver dúvida da Crase, substitua o nome CIDADE por

MERCADO. Fica assim: Fomos AO mercado comprar carne. Logo, fomos À cidade tem

CRASE.

2) NÃO SE USA CRASE DIANTE DE SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS QUE NÃO

ADMITEM O ARTIGO. Ex.: Fomos A Campinas, A Brasília etc.

OBS.: Para saber se o NOME PRÓPRIO admite ou não ARTIGO, usa-se o seguinte critério: Vou À Bahia (venho DA Bahia, logo existe a CRASE, por causa da presença do ARTIGO nesta frase; mas vou A Vitória, porque venho DE Vitória).

PROFESSOR – Gostaram do Estudo da CRASE? Não é fácil? Onde está o Mistério? Tudo é uma questão de colocar as coisas em pratos limpos, ou, por outras, SIMPLIFICAR... Gostaria agora fazermos um passeio à casa da nosso Colega KARINA. Ela nos convidou para lancharmos em sua casa. Já fiz três dias de jejum. Prepare a mesa, que já vão os famélicos, Karina... Vamos de ônibus de carreira. Karina, qual ônibus podemos tomar?

KARINA – Professor, é uma honra receber o senhor e seus alunos em minha modesta casa para um suculento lanche. Preparei mais de 3.000 sanduíches, porque sei que esta marmanjada come que nem vaca no cio. Eu moro no JÓQUEI. Portanto, podemos pegar o ônibus Jóquei mesmo. Muito bem! Já chegaram? Sejam bem-vindos! Aqui no livro a ação se realiza na mesma linha. Já pensaram nisso?

JOÃO COMILÃO – (voz grossa) Como é que é, Karina! O rango sai ou não sai?

BERNADETE – Calma, João Comilão! Olha a Educação. Vamos conhecer a família da Karina primeiro, seus pais, irmãos, periquitos, papagaios, gatos, cachorros etc.

PROFESSOR – Karina, aqui tem cachorro? Eu tenho muito medo de cão.

KARINA – Não, professor! Tem só um vira-lata! Ele não faz mal a ninguém. Só late!... Aqui estão meus pais e meus irmãos. Somos pobres, mas somos limpinhos. Vivemos uma vida digna, com amor e respeito. Claro que de vez em quando, como todas as boas famílias, há alguns desentendimentos. Mas nós combinamos nunca carregar mágoa um do outro e perdoar sempre. Assim somos felizes! Todos meus irmãos trabalham e se divertem quando podem, assim como eu, ?

PEDRO BARRIGUDO – Karina, aqui pode tomar chope ou cerveja?

KARINA – Claro que sim! Mas nós também combinamos que ninguém aqui pode se embriagar, para não estragar a saúde e não cometer atos ilícitos.

PROFESSOR – Karina, estou me sentindo muito bem aqui na sua casa. Sinto que estou no lar de verdadeiros cristãos. Poderíamos fazer uma oração para abençoar sua casa?

KARINA – Claro, Professor! Nós aqui lemos a Bíblia, oramos e vamos à Igreja. Nós sabemos que não devemos ser egoístas e que neste mundo tão perigoso precisamos andar sempre na presença de Deus e manter uma estreita comunhão com Jesus Cristo.

PROFESSOR – Muito bem! Antes da oração, vamos fazer o exercício da CRASE?

PROVAS DE CONCURSO

1) Está correto o acento indicativo da locução: À BEIRA DO CAMINHO. Das Locuções abaixo, assinale a que deveria apresentar o acento indicativo da CRASE:

a) lado a lado b) a contento c) a valer d) às ocultas.

2) “... que resiste a todas as opressões...”, o acento indicativo da CRASE, neste caso, não é permitido. Assinale a alternativa em que o acento indicativo de CRASE também não procede:

a) Minhas idéias são semelhantes as suas

b) O livro foi dedicado À que sempre o motivou: a esposa

c) Não deves ir de novo à outra cidade que não te agrade

d) Sua prova está curiosamente igual À do seu vizinho

3) A CRASE não pode ser usada em:

a) locuções adverbiais

b) locuções prepositivas

c) locuções conjuntivas

d) locuções adjetivas

e) pronomes demonstrativos

4) Complete adequadamente as lacunas com HÁ, A, À:

a) Ele deve chegar.... uma hora em ponto.... sua nova cidade.

b) Esses operários saem.... noite, como faziam seus pais.... tantos anos.

c) Não ... dúvidas de que.... tarde.... poucos alunos nesta escola.

d) Quanto..... mim, não..... nada que posso prejudicar

e) Quando voltei.... fazenda, ela já tinha partido.

f) Encontrei-a... dois passos de sua casa.

5) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: “Ficaram frente.... frente e se olharam, pensando no que dizer uma.... outra”.

a) à, à b)a, à c) a, a d) à, a e) à, ao

6) Garanto..... você que compete.... ela, pelo menos ...... meu ver, tomar as providências para resolver o caso.

a) a, a, a b) à, à, a c) a, à, à d) a, à, a e) à, a, à

7) Assinale a alternativa que preencha corretamente os espaços: “O progresso chegou inesperadamente.... subúrbio. Daqui.... poucos anos, nenhum dos seus moradores se lembrará mais das casinhas que.... tão pouco tempo marcavam a paisagem familiar”.

a) aquele, a, a b) àquele, à, há c) aquele, à, à d) àquele, a, há e) aquele, à, há

PROFESSOR – Muito ótimo! Vocês se saíram excelentemente na prova. Viram como é fácil trabalhar com prazer sem sofrer? Relaxadamente tudo fica mais fácil, até o amor, ? Então vamos orar pela família da Karina: “Senhor nosso Deus, Criador de todas as coisas, te agradecemos porque somos teus filhos e porque o Senhor tem providenciado todos os recursos necessários à nossa existência física, psicológica e espiritual sobre esta Terra. Reconhecemos tua Soberania sobre todas as coisas e te pedimos ajuda para fazermos sempre a tua vontade. Te agradecemos pelo pão de cada dia, pela sabedoria que nos dás para estudarmos e aprendermos uma profissão para um dia sermos um Profissional competente e honesto. Te agradecemos porque o Tu mandaste Jesus Cristo sobre a Terra para salvar o homem do seu caminho mau. Te pedimos uma bênção especial sobre a Karina e sua família e sobre todas as famílias de todos esses jovens que aqui se encontram visitando a Karina. Te pedimos bênçãos sobre nossa escola, os professores, os funcionários e todos os alunos, assim como sobre todas as suas e nossas famílias. Te pedimos que Jesus esteja em cada lar aqui representado. Em nome de Jesus... E todo o povo de Deus dia:

TODOS – (gritando) Amém!

JUJU – É, professor! Esta família é simples e feliz e ainda sabe fazer um sanduíche caprichado, não é, Karina? O João Comilão comeu já uns 10, se não me falha a conta.

PROFESSOR – É verdade, Juju. A vida é simples. O homem é que a complica. Para ser feliz não precisa ser rico. Também pode ser. Mas não é necessário. Uma família na sua simplicidade com amor pode ser muito feliz quando há temor a Deus... Então podemos partir agora, depois deste farto e abençoado lanche, para um assunto assas importante, do qual precisamos para o uso do dia-a-dia e para Concursos e Provas em qualquer Empresa ou Vestibulares. Trata-se da ORTOGRAFIA, ou, a CORRETA ESCRITA DAS PALAVRAS.

ORTOGRAFIA

PROF. ODLANO (cantando; coral fazendo: uuuu uuuu) – Alô, alô, responde, responde com toda sinceridade/, alô, alô, responde o que é esta tal de Ortografia na verdade/Papai do Céu, ilumina nossa mente/Para sermos gente, gente inteligente/Para escrevermos mais corretamente... Meus queridos, a primeira idéia que eu gostaria de compartilhar com vocês é de seu máximo interesse. Para escrever bem é preciso ler bastante bons livros, anotar as palavras que você não conhece e conferir os seus significados e ortografia no Dicionário, fazer o seu vocabulário, ou seja, anotar todas as palavras mais difíceis de escrever ou de entender num caderno; além do hábito da leitura, pratique também a escrita. Todos vocês têm capacidade para escrever, todos têm experiências de vida que são importantes para vocês compartilharem.Escrevam sobre suas experiências vitais que são íntimas de vocês, seus pensamentos, sentimentos, ideais, sobre o que pensam de tudo o que vocês vêem na TV, rádio, nos acontecimentos do dia-a-dia, sobre Deus, que representa seu Pai Celeste, seu Criador na sua vida, que papel Ele exerce em você, qual é seu relacionamento com Ele? Sobre a sua missão que Deus lhe confiou. Qual é a sua missão? O que você está fazendo para cumpri-la? O que é a felicidade? Onde ela está? A verdadeira e eterna felicidade. Você é feliz? A felicidade completa é a interior, a exterior proporciona momentos, não a eternidade. Há um mundo de oportunidades, boas leituras, reflexões que contribuem para sua alegria perene. Por que não vivenciá-las? E vai por aí. Sobre este assunto você está cheio. Desabafe na escrita. Desembuche. É uma experiência maravilhosa! O Professor lhe dará oportunidades várias para você se expressar. Aproveite-as.

COELHINHO DA PÁSCOA (atrás da Tartaruga) – Ei, Tartaruga Ninja, vai mais depressa... não precisa ser lerda tanto assim! Parece até a Justiça brasileira, que favorece os mais favorecidos, os criminosos. Vamos CANALIZAR nossas energias (CANALIZAR é com Z porque vem de CANAL + Sufixo IZAR... Tartaruga Ninja, você costuma ANALISAR com S as suas idéias antes de as pronunciar? Não se esqueça de que ANALISAR é com S porque vem de ANÁLISE, que já tem o S na sílaba final, portanto ANALISAR vem de ANÁLISE + Sufixo AR. Então vamos aplicar as REGRINHAS de ORTOGRAFIA, que o nosso amiguinho LÉO está ensinando aos seus colegas do dia-a-dia, tudo na brincadeira, na descontração, no Lúdico etc.

REGRAS ORTOGRÁFICAS

1a. REGRA – É essa que o Coelhinho deu aí em cima sobre ANALISAR e CANALIZAR.

ALUNO PUXA-SACO NO BOM SENTIDO – Vai em frente, professor, isso é canja de galinha. Explicado assim, é um prato feito, tipo assim uma rabada... Depois de dar algumas Regrinhas o senhor vai dar alguns exercícios e Provas de Concursos?

PROFESSOR – Claro! Gostei do seu interesse. Vou dar-lhe um DOIS pelo interesse e participação. Os exercícios estão na Apostila. São deveras bons. Depois os faremos juntos. Também teremos brincadeiras com as palavras, mas primeiro temos que estudar as Regrinhas. A não ser que vocês queiram o contrário. Também dá para ajeitar. Aqui nós não forçamos o aluno. Nós o conscientizamos da necessidade de PRESTAR ATENÇÃO na Matéria de que ele vai precisar na sua vida Profissional mais tarde.

ESETRELINHAS RELUZENTES – Oi, pessoal! Estamos aqui enviando luzes para vocês ficarem cada vez mais inteligentes. Mandem um alô para nós e façam Poemas Inspirativos usando-nos como Metáforas. Nós adoramos! Vamos falar sobre a 2a. REGRINIHA:

2a. REGRA – Olha que BELEZA com Z porque vem de BELO + Sufixo EZA! Sejamos sempre saudáveis em nossos pensamentos, dona Tereza. Nada de MORBIDEZ (vem de MÓRBIDO, que é doença, + Sufixo EZ). Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa! A saúde vem de Deus, mas devemos consultar o Médico, porque ele é o canal entre Deus e a sua saúde. Mas Deus também pode lhe dar saúde, curá-lo, se você tiver fé.

- Usa-se EZA ou EZ quando o Substantivo Abstrato vem de um Adjetivo. Exemplo: BELEZA, ARIDEZ.

- O Sufixo ESA se usa:

a) Em VERBOS terminados em ENDER (ex.: DEFESA, DESPESA, de DEFENDER, DESPENDER).

b) Nos SUBSTANTIVOS femininos designativos de TÍTULOS NOBILIÁRQUICOS (ou de Nobreza). Ex.: baronesa, duquesa, princesa.

c) Nas formas femininas dos Adjetivos em ÊS. Ex.: burguesia (de burguês), freguesa (de freguês).

A POMBINHA DA PAZ – Ela vai nos dar alguns esclarecimentos vindos do Pai Eterno. Ela não está ENCHARCADA (que vem de en + charco + ar). Ela está enXuta... Léo, quando você pegar a enXada para capinar o quintal com o seu pai, não se esqueça de comentar com ele que enXada é com X porque vem depois de EN... Se você e sua mamãe estiverem comendo uma ameiXa bem gostosa, diga para a mamãe: “Mãiê, se esta ameiXa não tiver X, não come não, pois ela pode estar bichada”. Se a mamãe lhe pedir para buscar um feiXe de lenha, você responde educadamente: “Mãiê, eu vou sim, mas só se o feiXe estiver com X, porque vem depois de DITONGO”. Pensa o quê? O Professor Odlano Maluco Beleza com Z entende desse negócio e é um bocado engraçado... Paiê, o Prof. Odlano, que já veio aqui em casa no meu aniversário, me ensinou que a palavra EXCEÇÃO pronuncia-se assim: “esseção” e não “ekceção”(não tem o fonema K), conforme muita gente diz por aí... Agora eu sou Doutor em Ortografia. Vocês me deiXam ir ao aniversário do meu amiguinho? ...Só se você escrever deiXa com X, porque vem depois de ditongo. Ih, mãiê, até você e o papai estão entendendo de Ortografia! Caramba, eu não sabia que era tão biscoitim!

LÉO – Vou dar-lhes então a 3a. REGRINHA:

3a. REGRA – USO DO X

a) Depois de EN, com exceção de ENCHER e seus derivados. Ex.: enxada, enxuto, enxó. (Quando a sílaba EN junta-se a uma palavra começada por CH, é claro que permanece o CH. Ex.: ENCHARCAR, de EN + CHARCO + AR).

b) Depois de DITONGO usa-se X quando houver som de CH. Ex.: ameixa, trouxa, deixa, feixe

c) O X não soa nos grupos internos XCE e XCI. Ex.: exceção.

LÉO – Vamos brincar mais um pouquinho? Chute para mim, paisão João. Eu sou craque melhor do que o Tafaréu e pego até de costas. Mas não se esqueça, pai, de que não só de futebol vive o homem, mas também de um bom estudo de Ortografia. Olha, pai... LARANJEIRA se escreve com J porque vem de LARANJA, a GORJETA que o senhor dá para o garçom quando almoçamos fora se escreve com J porque vem de GORJA, que quer dizer garganta... Por isso os pássaros GORJEIAM com J, porque também vem de GORJA... e quando o senhor faz uma VIAGEM é com G, porque é Substantivo, mas se aquela moça da voz tão bonita diz: “Desejo que todos VIAJEM em paz”, por favor, VIAJEM aí é Verbo e portanto se escreve com J... Chuta, pai!... Agora vai a 4a. REGRINHA:

4a. REGRA – USO DO J

a) Nos DERIVADOS de palavras terminas em JÁ. Ex.: Laranjeira, laranjinha (de laranja mais eira e inha); granjear (de granja),; gorjeta, gorjeio, gorjear (de gorja = garganta); lojista (de loja); lisonjeiro (de lisonja).

b) Em todas as formas de Conjugação dos Verbos em JAR. Ex.: arranjar, viajar

c) Em jeca, jequitibá, cafajeste, jibóia, pajé, jiló (de origem ameríndia, africana ou popular).

LÉO – E vou brincar mais com as palavrinhas do professor Odlano... (jogando baralho) Joga o ÁS, pai, que o senhor ganha da mamãe! O senhor tem o Rei ATRÁS do ÁS! Ih, estou sentindo um cheirinho de GÁS, fecha a torneira, mãe, se não for outra coisa!... Já vou indo, mãe, estou levemente ATRASADO, que se escreve com S porque vem de ATRÁS. Gostou? Ah, eu ia me esquecendo que COISA e CAUSA e outra palavras que vêm depois de DITONGO com som de Z se escrevem com S. Rebentei nessa! Eu sou o Léo, que já teve dificuldades em Ortografia. Agora estou dando até aulas particulares para minhas amiguinhas e namoradas, quero dizer, namorada, só uma. É melhor uma rola na mão do que duas ou mais voando... Então posso aplicar a 5a. REGRINHA:

5a. REGRA: USO DO S

a) Nos SEGUNTES MNOSSÍLABOS: ás (carta de baralho), trás (preposição), gás (gás mesmo, caro pra chuchu).

b) Nos OXÍTONOS: ALIÁS, ATRÁS (ATRASADO), ATRAVÉS, RETRÓS, REVÉS (O VERBO É REVEZAR).

c) Nos Adjetivos PÁTRIOS em ÊS: francês, inglês, japonês.

d) Nas formas do verbo PÔR, QUERER, USAR: pus, puseste, quis, quiser, compusesse, usasse.

e) Depois de DITONGO: coisa, causa, lousa.

LÉO – Eu sou o Professor Léo. Bom dia a todos os meus alunos! Paz e amor nos corações! ACENDAM as luzes de suas consciências e AJAM sempre com dignidade, se quiserem ASCENDER os degraus da vida... Agora vou ver se me ASSENTO um pouco, mas vocês não se esqueçam de colocar todos os ACENTOS nas palavras, senão dou zero para todos... Tenham BOM-SENSO na vida e colaborem com o CENSO do IBGE, onde trabalham minha mãe, minha tia e o Professor Odlano... Pai, esta é demais: preciso entrar num curso de Árabe, pois a regra diz que papel ALMAÇO e o ALÇAPÃO se escrevem com AL porque vêm do árabe e AL em árabe é Artigo... Gostei da Regra, pois só assim eu não falo “açalpão”, como muitos que caçam passarinhos por aí dizem... Ah, tia, mata esta charada: O que é que é que no sentido de “da Rússia” se escreve com SS e no sentido de grisalho se escreve com Ç?... RUSSO e RUÇO... Muito bem, tia! Vou dar-lhe uma beijoca. Você é a minha melhor aluna... Assim, posso dar a 6a. REGRINHA:

6a. REGRA: USO de C e Ç

- Usa-se C em: acender (iluminar), confronte com ascender (subir), acento (tom de voz)/assento (de sentar), censo (recenseamento)/senso (bom-senso).

- Usa-se Ç em: aço, açúcar, alçapão, almaço, maçom, ruço (grisalho), russo (da Rússia).

7a. REGRA: Usa-se CH em (alguns nomes):

bicho, bucha, broche, bochecha, boliche, cacho, chuchu, charque, chimarrão, chope, charuto, churrasco (desse todo mundo gosta ? Então já que vocês insistem tanto e já que o assunto está muito sério, vamos marcar um churrasco para a turma na casa da MelMel?), colchão, cachaça (bota uma Caninha da Roça eta lasqueira aí, seu garçom. Eu sou o Maquito, amigo do Ratinho! Se for crente o senhor não serve não, viu? Porque eles têm compromisso com a Oração, com o Evangelismo, com o Testemunho e não podem beber, senão dá “cafusão” na cachola), cochicho, cochilo (é o que vocês não podem ter agora, mas eu gosto “mutcho”, porque trabalho muito, então também tenho que dormir muito, por isso é que dizem que sou bom de cama), deboche, encharcar, ficha, flecha (Flexa só o Flexa Ribeiro, político), fantoche, salsicha, inchar, mochila, piche (vocês são educados e não picham), prancha (pega aquela ondaça lá, seu surfista, na sua bela prancha), penacho, guincho...

PROFESSOR – Ei, meus amiguinhos, vamos fazer um CRUZEIRO para a Disneyworld?... Vamos tomar um CAFEZINHO e passear no CAFEZAL?... Enquanto mamãe COZE o rango, a vovó COSE as nossas roupas... Ih, estou meio gripado: por favor, pegue uma MEZINHA naquela mesinha... e vamos nós singrando os oceanos da vidas!... E vai a 8a. REGRINHA:

8a. REGRA: USO DO Z

a) Nos SUFIXOS ZA, ZINHO, ZITO. Ex.: CAFEZAL (é bom namorar lá?), CAFEZINHO (se o garçom lhe servir um “cafèsinho”, você diga para ele que o “cafèzinho” está cheiroso e apetitoso, mas você não pode tomar “cafèsinho”. Explique que o Prof. Odlano ensinou por que ele não pode aceitar a forma “cafèsinho” e convide-o a assistir a uma de nossas aulas tão alegres, com lindas mocinhas e rapazes cavalheiros).

b) Nos derivados de RADICAL em Z. Ex.: CRUZEIRO (de cruz), ENRAIZAR (de raiz).

c) Não confunda rotunda com Catifunda, nem MEZINHA (remédio caseiro) com mesinha (pequena mesa), buzina (bibifonfonZZZZZ, som de Z), cozinha, COZER (cozinhar), diferente de COZER (costurar)

JUJU – Para vocês não esquecerem jamais, vou lhes ensinar como se aprende a escrita das palavras. Por exemplo, tomamos a palavra BALIZA, que já vimos, e montamos uma historinha. Desenhe uma BALIZA. Coloque o Tafaréu lá em cima (porque ele pega tudo, até pênalti, que pode ficar espreitando lá de cima, uai!). Lembra-se que a Abelhinha faz o barulho, o som de ZZZZZZZ? Então, temos BALIZA com Z para nunca mais esquecer... Quer uma história para a palavra PRIVILÉGIO? Bem, você sabe que se escreve PRIVILÉGIO? Pense que essa linda palavra só tem, de vogais, um E na Sílaba Tônica, que é o É. Agora, as outras vogais são todas I. Puxa! ... Pode pensar também que o juiz apitou o jogo, e foi um tal de fazer PRIIIIIIIIIII, que perdeu o apito. Essa é muito boa! Engrena nessa quando estudar, meu compadre! Não fique decorando. Pensa bem! Quer progredir, quer aprender as Matérias? Aprenda a estudar, pombas! Facilita! Ajuda! Seja inteligente e pare de decorar. Se você decora, depois pode esquecer. Se você compara com alguma experiência ou outra coisa, então não esquece. Falei!

PROFESSOR – Agora vou colocar umas Palavras e Expressões que se FALAM dum jeito e se ESCREVEM de outra forma. É o FORMAL (erudito) e o Informal (coloquial). Esta lista pode ser acrescentada de milhões de palavras.

1) PARTICULARIDADES ORTOGRÁFICAS

- FAZEM duas semanas que não vou à escola (FALA)

- FAZ duas semanas que não vou à escola (ESCRITA)

- Tudo FOI matraquices das duas senhoras (FALA)

- Tudo FORAM matraquices das duas senhoras (ESCRITA)

- Quantos É hoje? (FALA)

- Quantos SÃO hoje? (ESCRITA)

- Fiz uma longa VIAJEM e comprei TREZENTAS GRAMAS de fumo (FALA)

- Fiz uma longa VIAGEM e comprei TREZENTOS GRAMAS de fumo (ESCRITA)

- Ela demorou até MEIO DIA E MEIO, e vinte minutos não SÃO pouca demora (FALA)

- Ela demorou até MEIO DIA E MEIA (hora), e vinte minutos não É pouca demora (ESCRITA)

- Ela está MEIA pelada (FALA)

- Ela está MEIO pelada (ESCRITA)

- O netinho ERAM as alegrias dos avós (FALA)

- O netinho ERA as alegrias dos avós (ESCRITA)

- HOUVERAM 30 erros na redação (FALA)

- HOUVE 30 erros na redação (ESCRITA)

2) HÁ ou A – Na indicação de um espaço de TEMPO, usa-se HÁ para o

PASSADO e A para o FUTURO. Ex.: Joana saiu HÁ dez minutos;

Elaine voltará daqui A dez minutos.

3) HAJA ou AJA – Não se p;ode confundir HAJA do verbo HAVER, que significa EXISTIR, com AJA, Presente do Subjuntivo do verbo AGIR. Ex.: Precisa que HAJA muitos alunos interessados; peço que você AJA com cautela.

4) ATERRISSAR ou ATERRISAR – O certo é ATERRISSAR.

5) ASTERÍSTICO ou ASTERISCO – O certo é ASTERISCO.

6) BEM-ME-QUER e MALMEQUER – Por mais absurdo que pareça, aqueles que se querem bem andam separados (BEM-ME-QUER) e os que se querem mal andam juntos (MALMEQUER).

7) OVOS ESTALADOS ou ESTRELADOS – Ovos “estalados” seria você jogar os ovos contra a parede, que aí eles ficariam “estalados”. O certo é OVOS ESTRELADOS, porque ficam frigidos em forma de Estrelas.

8) EXPECTADOR ou ESPECTADOR – ESPECTADOR é aquele que assiste a um Espetáculo; EXPECTADOR é aquele que está na Expectativa de alguma coisa.

9) EXTERNO, ESTERNO ou HESTERNO – ESTERNO é o osso dianteiro do peito; EXTERNO é o que está fora; HESTERNO é um adjetivo que se refere ao que passou, ao dia de ontem.

10) FRAGRANTE ou FLAGRANTE – FRAGRANTE significa perfumado; FLAGRANTE é o ato em cuja prática o indivíduo é surpreendido.

11) GARAGE ou GARAGEM – GARAGE é forma francesa; GARAGEM é a forma aportuguesada correta.

12) HISTÓRIA ou ESTÓRIA – HISTÓRIA é a narração critica dos fatos da humanidade; ESTÓRIA é o Folclore, narrativa, lenda.

13) JANTA ou JANTAR – O Substantivo feminino JANTA é uma forma popular. Na linguagem Culta devemos dizer “O JANTAR”.

14) RECORDE, RÉCORDE ou RECORD – A uma proeza especialmente esportiva devemos chamar de RECORDE (a sílaba tônica é na segunda sílaba, Paroxítona, aberta).

15) MAU ou MAL – MAU é adjetivo e opõe-se a BOM. MAL é advérbio e substantivo e opõe-se a BEM.

16) XÁ ou CHÁ – XÁ é soberano; CHÁ é a erva.

17) XEQUE ou CHEQUE – XEQUE é o Chefe árabe; CHEQUE é a folha do seu talão onde você assina seus milhões de dólares.

18) BEM-VINDO ou BENVINDO – O correto é BEM-VINDO.

19) A PAR ou AO PAR – Na linguagem culta, a idéia de “estar ciente de alguma coisa” traduz-se por “ESTAR A PAR”.Ex.: Estou A PAR de sua simpatia, Silvana.

20) INSIPIENTE ou INCIPIENTE – INSIPIENTE significa “não sabedor”, ignorante; INCIPIENTE significa Iniciante.

21) SUCINTA ou SUSCITA – Sucinta significa RESUMIDO, curto; SUSCITA é verbo e significa CAUSA, PROVOCA.

22) GRANFINA, GRÃ FINA ou GRÃ-FINA – O Adjetivo GRÃ, forma reduzida de Grande) é com Til e Hífen. Ex.: Grã-fina, Grã-Bretanha.

23) PÁRA-QUEDAS, PARA-QUEDAS ou PARAQUEDAAS – O certo é PÁRA-QUEDAS, pois PÁRA é do verbo PARAR e recebe o acento diferencial de intensidade, juntamente com o hífen (PÁRA-QUEDAS).

24) TRESSOL ou TERÇOL – O que existe é TERÇOL.

25) TRÁFEGO ou TRÁFICO – TRÁFEGO é circulação de veículos; TRÁFICO é comércio ilícito.

26) VULTOSO ou VULTUOSO – Garota VULTOSA é garota robusta; garota VULTUOSA é garota de rosto inchado.

27) MEIO ou MEIA – Estou MEIO confusa; MEIA laranja é o suficiente.

28) MAS ou MAIS – MAIS é advérbio de intensidade. Ex.: Hoje Joana é MAIS feliz; MAS é Conjunção Adversativa, sinônimo de PORÉM. Ex.: Você foi para lutar, MAS (porém) ficou parado.

29) ONDE ou AONDE – AONDE é empregado com verbos de MOVIMEANTO. Ex.: AONDE você vai?; já ONDE é empregado com verbos ESTÁTICOS. Por ex.: ONDE você mora?

30) AO ENCONTRO DE/DE ENCONTRO A – Ex.: Ainda bem que a sua opinião veio AO ENCONTRO DA minha (indica “ser favorável a”); O caminhão foi DE ENCONTRO AO muro (indica “choque”).

31) ACERCA DE/HÁ CERCA DE – Haverá uma conferência ACERCA DAS conseqüências das queimadas (indica “sobre, a respeito de); Os primeiros colonizadores surgiram HÁ CERCA DE quinhentos anos (indica “tempo transcorrido).

32) AFIM (AFINS)/A FIM – Exemplo: Tiveram comportamentos AFINS (AFIM é um Adjetivo que indica “igual”); Ele estava A FIM DE nos enganar (indica “finalidade”).

33) DEMAIS/DE MAIS – Ex.: Aborreceram-se DEMAIS (indica “intensidade”); Não vejo nada DE MAIS em suas atitudes (DE MAIS opõe-se a DE MENOS).

34) SENÃO/SE NÃO – Ex.: É bom que ele chegue a tempo, SENÃO não haverá tempo para ajuda-lo (indica “a não ser, caso contrário”); SE NÃO houver seriedade, o país vai para a bancarrota (equivale a “caso não”).

BINGO ORTOGRÁFICO

(Começa com uma anedota ou Historinha do Professor ou de um aluno)

PROFESSOR – (com carinho) Queridos, hoje vamos estudar ORTOGRAFIA de u modo lúdico e criativo. Vocês sabem como muitas vezes temos dificuldades em escrever muitas palavras, geralmente devido à diferença entre a LÍNGUA FLADA e a ESCRITA. Vamos fazer um BINGO LITERÁRIO?

ALUNOS – Oba! E quais sãos os prêmios, professor?

PROFESSOR – Os prêmios são dois pirulitos para quem acertar cada QUINA e a aprendizagem de várias palavras, macetes para estuda-las, a possibilidade de vocês criarem frases, além de alguns livros que eu trouxe para vocês.

JORGINHO – Professor, não dá para o senhor dar um “Templa” do ano, não?

PROFESSOR – Com o salário (oh) do professor, só se for um Templa do ano de mil oitocentos e antigamente. Mas vocês vão ser contemplados com uma excelente aprendizagem. Eu confio em vocês... Então podemos começar? (Depois de distribuir as Cartelas, o Professor dita uma palavra da relação de palavras parônimas ou que geram dúvida na escrita, que corresponde a um numero da cartela, que o aluno sorteado marca. Todos escreverão a palavra no caderno e farão uma frase com ela. O professor ouve algumas frases, ajuda, corrige e dá uma dica para nunca esquecerem as palavras em foco. Continuando, quem disser a Quina ganha uma lembrança.)

PALAVRAS PARÔNIMAS (OU QUE GERAM DÚVIDAS NA ESCRITA)

Anjinho/angélico/arrear/arriar/ascender/acender/ascenção/abóbada/aborígine/antediluviano/atraso/atrás//aterrissar/alisar//ascético/asséptico//acessório/assessório//azado/asado//açodar/açudar//acento/assento//apreçar/apressar//assuar/assoar//

bem-vindo//bicha/bixa//burburinho/bisar/brejeiro/bandeja/barganha/benficência//bem-me-quer/malmequer//bicarbonato/braguilha//bocal/bucal//broxa/brocha//chuchu/cochilar/

cachimbo/cabeçalho/concessão/cabeleireiro/calidoscópio/camundongo/caranguejo/catalisar/custear/costear//caçar/cassar//censual/sensual//cessação/sessação//coser/cozer//coxo/cocho//cela/sela//cinemático/sinemático//conserto/concerto//ciclo/siclo//corço/corso//cartucho/

cartuxo//coxa/cocha//cutícula//cenário/senário//círio/sírio//chalé/chulé//cessão/sessão/seção/cético/cesta/sexta//cilício/silício// chá/xá//cheque/xeque//cumprido/comprido//censo/cervo/servo//

cachola/caixola//delatar/dilatar//disfarçar/dançar/

//deslizar/deslisar//descrição/discrição//dentifrício/descarrilar//dispêndio/despender//

dispensa/despensa//desperdício/destilar/dignitário/dilapidar/disenteria//deferimento/

diferimento//descriminar/discriminar//discente/descente/decente//decertar/dissertar//

destratar/distratar//externo/esterno/hesterno//empecilho/endemoninhado/estada/estadia/

estuprar/excessivo/extinção/emergir/imergir//enformar/informar//empossar//emitir/imitir//

emigrante/imigrante//entender/intender//enfestar/infestar//eminente/iminente//enchova/

enxaqueca/enxurrada/enxame//expetactador/espectador//enxergar/enxaguar/enxada/encher/exceção/faxina/flecha/flagrante/fragrante//frustrar//fuzil/fusível//graxa/gorjeio/geringonça/

grã- fino/gorjeta/gratuito/incipiente/insipiente/intenção/intensão//irascível/impingir/infenso/

insolação/insulação//infligir/jiló/lagarto/lagartixa//laço/lasso//mexer/mexerico//maciço/

maçante//má-criação/mal-criado/ mortadela/muçulmano//massa/maça//obsessão/obsecar//óbolo/opróbrio/óptica/ovular/pichar//pretensão/pretensioso//pára-quedas/paxá/pança/paçoca/piaçava//pexote/pixote//prevenir/prostração//peão/pião//

pontoar/pontuar//paço/passo//pajé/privilégio/rechonchudo/redemoinho/reivindicar/requisito/recorde/receoso/revezar (revés)//ruço/russo//rubrica/surripiar//sortir/surtir//soporativo/sossego//sucinto/suscito//se/si//soar/suar//taxa/tacha//torção/tossir//tráfego/tráfico//tigela//vinoso/venoso.

QUE, QUÊ, PORQUE, PORQUÊ, POR QUE, POR QUÊ

PROFESSOR – João-sem-Terra, você está precisando de QUÊ?

JOÃO-SEM-TERRA – De um pedaço de terra pra trabaiá, ó xente!

PROFESSOR – Sim, se você quer ser Produtivo, você merece. Mas, você, que é o Professor dos Sem-Terra, me diga uma coisa: você percebeu o QUÊ no final de frase com acento?

JOÃO-SEM-TERRA – Percebi num sinhô! Pruquê eu só tava pensando na terra que espero do Governo pra plantá feijão, arroiz e mio pra mode sustentá um monte de bacurinhos que tem lá em casa. Mas agora eu notei que o QUÊ, finalizando frase, é acentuado com um acentinho circunflexo duma figa, que chamam de chapeleta, faz gosto!

PROFESSOR – PORQUE é usado como Conjunção para indicar CAUSA ou EXPLICAÇÃO. Ex.: Não deu certo a doação de terra para o João-sem-Terra PORQUE ele é mesmo um azarado. Você entendeu, minha gatinha miau Chiquinha?

CHIQUINHA – Mas é claro, professor! Eu danço PORQUE gosto. Não é o mesmo caso? E o PRETINHO me perturba PORQUE eu dou mole!

PROFESSOR – Pretinho, então você sabe como usar PORQUÊ?

PRETINHO – PORQUÊ é usado quando funciona como SUSBSTANTIVO, vindo obrigatoriamente acompanhado de um DETERMINANTE, que pode ser um ARTIGO, um PRONOME ou NUMERAL. Ex.: Neste PORQUÊ eu sou catedrático. Não sei o PORQUÊ de não ter dado certo o meu namoro com a CHIQUINHA.

PROFESSOR – Não demora e vamos estudar Inglês, porque Português já está no papo. Então me diga, exuberante BORBOLETA DAS FLORESTAS MULTICOR, quando se usa POR QUE separado.

BORBOLETA – POR QUE é usado sempre que estiver subentendida a palavra MOTIVO ou quando for substituível por PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS, PELAS QUAIS. Ex.: Você sabe POR QUE (motivo) devo voar alto? O motivo POR QUE vôo alto é... fugir dos predadores. Me saí bem, mestre charmoso? Sabe que eu gosto do senhor? Tudo o que o senhor pedir, faremos todos.

PROFESSOR – Obrigado, encanto das matas. Eu também a admiro de montão. Agora vamos perguntar a DONA PREGUICITE AGUDA: quando se usa POR QUÊ separado com acento?

PREGUICITE AGUDA (espreguiçando-se) – Hein? To cum sono daná... Manhã eu respondo.

PROFESSOR – Levanta e tem bom ânimo, minha velha! Vamos trabalhar. Não quero ninguém com preguiça aqui. Todos têm de produzir. Toma um banho frio e sai para a luta. Tenha um alvo na vida e não espere as coisas acontecerem. Malandra não tem vez no Reino dos Céus, já disse JESUS.

PREGUICITE – Bem, assim o senhor até que me despertou.... Já estou até falando correto. Será que incorporei o espírito do Prof. Odlano? Milagre! Lá vai a matéria: POR QUÊ é usado quando isolado ou em final de frase. Ex.: Você é feliz POR QUÊ? PORQUE o Prof. Odlano me deu um novo motivo de viver.

PROFESSOR – Vocês entenderam muito bem a Matéria. Vamos confirmar com Exercícios. Quero todo mundo tirando dez! O dono da bola aqui é Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, não nos esquecendo da Psicóloga muito bonita e eficiente e charmosa e despreconceituosa, que nem Deus, guardadas as devidas diferenças que não sabemos quais, mas se ela tem Deus no coração, e eu não duvido disso, então é como se ela fosse Deus, digamos, ela é uma partícula de Deus, que nem nós todos, e vamos em frente porque não basta Deus ajudar, é preciso fazermos nossa parte. Digamos que Deus dá cinqüenta por cento, uma tremenda colher de chá, e nós só temos que trabalhar a outra metade. Pó!, melhor do que isso só dois issos, e não estamos, é claro, falando de sexo, mas se falarmos, qual é o problema? E Deus fala contra o sexo onde? Se Ele criou o sexo feminino para encaixar no masculino (ou vice-versa, sei lá!, não é minha especialidade) e mandou juntar um com outro e multiplicar, fazendo muitos bacurinhos para povoar a Terra, ora, pois então, Deus é a favor do sexo. Não precisa falar para esses rapazes simpáticos e essas deusas maravilhosas que Deus só pede que façamos com decência e o máximo de amor, com as devidas precauções. Olha os métodos contraceptivos! Chega, eu vou almoçar, pois acho que fiquei maluco. Vamos acabar com os Corruptos. Minha linda Psicóloga DENISE, eu te amo! Não devemos discriminar ninguém nem por credo, raça ou sexo. Portanto, estamos aí... E agora vem a PROVA DE CONCURSO para vocês mostrarem que entenderam mesmo as pinóias das explicações doidivanas.

PROVAS DE CONCURSO

1) Assinale todo período em que o termo em destaque está registrado incorretamente e no final some os números, cujo resultado será a resposta correta:

(01) Não meta o nariz AONDE não deve

(02) Vestibulandos, BENVINDOS à Universidade.

(04) Foi fruto de um MAL-ENTENDIDO ou de MAU-OLHADO?

(08) Nesta CESSÃO trabalham somente moças. Isso é DESCRIMINAÇÃO.

(16) Ignoro PORQUE meu colega ainda não chegou.

(32) Os cidadãos, GUARDIÃES da Pátria, tornaram-se fiscais do Sarney.

2) Das cinco alternativas apresentadas nesta questão, apenas uma completa adequadamente as sentenças abaixo. Aponte-a:

I – Afinal, chegou o presente... tanto esperávamos.

II- ... você vai como tanta pressa?

III- ... de dois meses, mudamos para este bairro.

a) por que, aonde, há cerca

b) porque, onde , acerca

c) por que, onde, a cerca

d) porque, onde, há cerca

e) porque, aonde, a cerca.

3) Use A FIM ou AFIM, conforme a solicitação dos enunciados abaixo:

a) A idéia dele era.... à minha

b) Ele não está ...... de sair comigo.

4) Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas do seguinte período:

“Algumas pessoas não determinam.... provém sua insatisfação, porque não sabem..... vão os sentimentos, nem.... mora a consideração pelo próximo”.

a) donde, onde, onde

b) donde, aonde, onde

c) aonde, onde, aonde

d) aonde, aonde, aonde

e) donde, aonde, aonde

5) Age com ....., ..... queres fazer... à curiosidade alheia.

a) discreção, senão, conseções

b) discrição, se não, concessões

c) discrição, senão, conseções

d) discreção, se não, concessões

e) discreção, senão, concessões.

6) Complete as lacunas, usando adequadamente MAS, MAIS, MAL, MAU:

Pedro e João.... entraram em casa, perceberam que as coisas não estavam bem, pois sua irmã caçula escolhera um.... momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias, ... seus dois irmãos deixaram os pais... sossegados quando disseram que a jovem iria com as primas e a tia.

a) mau, mal, mais, mas

b) mal, mal, mais, mais

c) mal, mau, mas, mais

d) mal, mau, mas, mas

e) mau, mau, mas, mais

7) Na relação de palavras abaixo, indique a alternativa em que não há erro ortográfico:

a) previlégio – privilégio – empecilho – impecilho

b) beneficiente – beneficente – por isso – porisso

c) de repente – derepente – prazerosamente – prazeirosamente

d) mixto – misto – cabeleireiro – cabeleiro

e) disenteria – meritíssimo – rubrica – gratuito.

8) Complete os pontilhados, usando a palavra adequada:

a) O juiz.... o réu (absolveu/absorveu)

b) Todas as palavras Proparoxítonas devem receber... (acento/assento)

c) Heloísa sempre agia com muita... (descrição/discrição)

d) A empregada guardou os alimentos na.... (despensa/dispensa)

e) O feminino de.... é dama (cavaleiro/cavalheiro)

f) O ... do deputado foi.... (mandado/mandato – cassado/caçado).

9) Complete usando CESSÃO, SESSÃO ou SEÇÃO:

a) Na .... plenária, estudou-se a .... de direitos territoriais a estrangeiros

b) Lemos o falecimento da autora na .... de necrologia daquele jornal

c) Após assistirem a uma ... de teatro, compareceram à .... de auxílio aos desabrigados para efetuar a .... de alguns bens.

10) Preencha as lacunas, utilizando A ou HÁ:

a) Daqui.... três anos atingirei a maioridade

b) ... seis meses que não vejo a doce Luciana

c) O sino tocará daqui... cinco minutos

d) ... uma verdade em cada um de nós

e) Dei um livro interessante... meu amigo.

11) Na relação abaixo, destaque as palavras que apresentam erro de grafia, corrigindo-as devidamente:

Horroroza, baronesa, princeza, altivês, magresa, duquesa, atualizar, beleza, pesquisar, ameixa, feiche, enchada, subterfújio, insensatês, sacerdotisa, holandesa, vertigem, faixa, mecher, canalisar, maizena.”

12) Assinale a alternativa correspondente à grafia correta dos vocábulos: desli-e, vi-inho, atravé-, empre-a:

a) z, z, s, s

b) z, s, z, s

c) s, z,s, s

d) s, s, z, s

e) z, z, s, z

PROFESSOR – Ai, meu povo! Gostei do empenho de toda a turma. Deus nos abençoe e que possamos dar o máximo (sem sacrifício) com prazer. Beijinhos. Estou escrevendo e acreditando que conseguiremos excelentes frutos na Prática deste trabalho. Perdoem minhas falhas. Tudo que fiz foi com a intenção de descontrair, de passar um ambiente alegre e criativo. Mas acredito principalmente porque ACREDITO NO NOSSO DEUS TODO PODEROSO E NA INTERCESSÃO DE JESUS JUNTO AO PAI E NA UNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO SOBRE NOSSAS VIDAS.

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É O QUE TEM PRA HOJE: "POUCO PAPO E SÓ... SU-CEEEEEEES-SO!!!"



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