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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

No Tempo Dos Quintais - Simone Guimarães - SAUDADES DA MINHA INFÂNCIA QUERIDA: TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS (ISSO É ROMÂNTICO)

Composição: Sivuca e Paulinho Tapajós

Era uma vez
Um tempo de pardais
De verde nos quintais
Faz muito tempo atrás
Quando ainda havia fadas
Num bonde havia um anjo pra guiar
Outro pra dar lugar
Pra quem chegar sentar
De duvidar, de admirar
Havia frutos num pomar qualquer de se tirar do pé
No tempo em que os casais podiam mais
Se namorar
Nos lampiões de gás sem os ladrões atrás
Tempo em que o medo se chamou jamais
Veio um marquês de uma terra já perdida
E era uma vez se fez dono da vida
Mandou buscar cem dúzias de avenidas
Pra expulsar de vez as margaridas
Por não ter filhos, talvez por nem gostar
Ou talvez mania de mandar
Só sei que enquanto houver os corações
Nem mesmo mil ladrões
Podem roubar canções
E deixa estar, que há de voltar
O tempo dos pardais
Do verde dos quintais
Tempo em que o medo se chamou jamais

A SAUDADE DA INFÂNCIA E DO PASSADO SÃO TAMBÉM EXEMPLOS DE ESCAPISMO = EVASÃO = FUGA DA REALIDADE: causada pela insatisfação com o mundo real, o tempo presente

MEUS OITO ANOS

Casimiro de Abreu

Oh que saudades que tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,

Naquelas tardes fagueiras,

A sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais.

Como são belos os dias

Do despontar da existência

Respira a alma inocência,

Como perfume a flor;

O mar é lago sereno,

O céu um manto azulado,

O mundo um sonho dourado,

A vida um hino de amor !

Que auroras, que sol, que vida

Que noites de melodia,

Naquela doce alegria,

Naquele ingênuo folgar

O céu bordado de estrelas,

A terra de aromas cheia,

As ondas beijando a areia

E a lua beijando o mar !

Oh dias de minha infância,

Oh meu céu de primavera !

Que doce a vida não era

Nessa risonha manhã

Em vez das mágoas de agora,

Eu tinha nessas delicias

De minha mãe as carícias

E beijos de minha, irmã !

Livre filho das montanhas,

Eu ia bem satisfeito,

Pés descalços, braços nus,

Correndo pelas campinas

A roda das cachoeiras,

Atrás das asas ligeiras

Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos

Ia colher as pitangas,

Trepava a tirar as mangas

Brincava beira do mar!

Rezava as Ave Marias,

Achava o céu sempre lindo

Adormecia sorrindo

E despertava a cantar !

Oh que saudades que tenho

Da aurora da minha vida

Da, minha infância querida

Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,

Naquelas tardes fagueiras,

A sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais!


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