terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

APOCALIPSE

O livro do Apocalipse (chamado também Apocalipse de São João), é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico.

A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις (termo primeiramente usado por F. Lücke) (1832) significa, em grego, "Revelação". Um "apocalipse", na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações.

Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo (errôneo) de "fim do mundo".

Para os cristãos, o livro possui a previsão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno do Messias de Deus. Alguns Protestantes e Católicos entendem que os acontecimentos previstos no livro já teriam começado.

A literatura apocalíptica tem uma importância considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o céu, o inferno e outras que são ali referidas de forma mais ou menos explícita.[1]

Algumas pessoas defendem que o fato de várias civilizações no mundo terem apresentado narrações apocalípticas sugere que estas têm uma origem comum e ancestral (supostamente revelada ao homem por um ser dotado de inteligência superior, entre outras teorias) que foi sendo deturpada pela transmissão oral. Esta visão assume, por vezes, um caráter ecológico, ao propor que a mensagem do apocalipse se refere à capacidade que o homem civilizado tem para destruir o mundo.

Autoria

Exegetas católicos e protestantes atribuem a sua autoria a João, o mesmo autor do Evangelho Segundo João, conforme o descrito no próprio livro:

Cquote1.svg Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodiceia. Cquote2.svg
(Apocalipse 1:9–11[2]})

Entretanto, correntes há que acreditam que o João mencionado aqui (referido como "João de Patmos") é outro indivíduo, diferente do apóstolo João.

A maior parte do livro é escrita em linguagem simbólica, e, por isso, dá margem a diversas interpretações pelos diversos segmentos cristãos.

Entre outros fatos que teriam sido profetizados na obra, há atualmente 2 interpretações dominantes, entre outras:

1) A teologia Amilenista (vide Amilenismo) (significando que o Milênio não é literal, A=não) traz em seu bojo a interpretação não-literal, em que as imagens que aparecem no livro significam algo, e, por isso, entende que o Milênio não será formado de mil anos literais, mas um período de tempo indeterminado (3 anos e meio, um tempo, dois tempos e metade de um tempo, 42 meses e 1265 dias são sinônimos e representam inexatidão de tempo). Neste tempo inexato, os povos serão chamados para servir Cristo e os que o seguirem serão marcados para a salvação. Assim, já estamos no Milênio e, a Grande Tribulação ainda está por vir, apesar de os salvos já viverem a tribulação dentro de um mundo corrupto e mau. A Grande Tribulação está sendo implantada à medida que a era da pregação do evangelho (Milênio) termina. No final do Milênio aparecerá o Anticristo (que trará a Grande Tribulação) e será eliminado pela Palavra do Senhor, isto é, Jesus Cristo. O fim é descrito com o aprisionamento definitivo da besta, do falso profeta, de Satanás e de seus demônios no Lago de Fogo e enxofre. Segue-se a isso o Juízo Final e o destino eterno dos salvos - a Nova Jerusalém.

2) A teologia pré-milenista (significando que Jesus viria antes do Milênio, pré = antes, primeiro), traz em seu bojo a interpretação literal das imagens/figuras e, por este modo, entende que os sete anos da grande tribulação, onde após o arrebatamento da igreja, a Terra passaria por três anos e meio de paz (com o reinado do Anti-Cristo - que perseguiria os cristãos que não tivessem a marca da besta (ver abaixo), a qual possibilitaria o livre comércio entre as pessoas. Tal marca, diz o profeta, seria posta na testa ou na mão das pessoas e haveria três anos e meio de grande aflição. Após esse período, ocorreria o início do Milênio (onde a igreja reinaria com Cristo na Terra). Terminado o Milênio, dar-se-ia início ao Juízo final, onde o Messias reinaria definitivamente, lançando Satanás e seus anjos (demônios) no lago de fogo.


Neste livro o autor discorre sobre as consequências do acatamento ou não dos apelos do Novo Testamento ("voltem-se para Deus", "arrependam-se de seus pecados") dividindo então os santos (aqueles que se converteram a Deus, por meio da fé em Jesus Cristo) e os que se negaram a viver com ele.


Existem basicamente dois estudos da interpretação do livro apocalíptico:

Linguagem simbólica

No entendimento simbólico dizem basicamente que se referem às perseguições que os cristãos sofreram dos romanos e sofreriam ao longo da história. Segundo este entendimento, João utilizava simbologia para detalhar o sofrimento que estavam passando, e utilizava esse meio para falar com outros cristãos e dificultar assim o entendimento por parte de seus opressores.

Linguagem profética

Na profética, segundo uma teologia comum das igrejas protestantes, João teria recebido visões através de Jesus Cristo por meio de um anjo, que mostrou-lhe o que aconteceria durante o período da presente dispensação (até o fim do mundo). De entre estes acontecimentos está o mais famoso que é o Juízo Final, que seria o resultado (eterno) do acatamento ou não dos apelos do Novo Testamento que são:

  1. Voltar-se para Deus.
  2. Arrependimento dos pecados.
  3. Aceitação de Jesus Cristo como Messias.
  4. Batismo nas águas.

Dividindo então a humanidade entre os santos (aqueles que aceitaram) e os pecadores que se negaram a ouvir os apelos e mudar de atitude.

Segundo a visão profética, o "Juízo Final" trará o céu eterno para os santos e o inferno eterno para os pecadores.

Ainda segundo o entendimento profético do livro, temos os seguintes tópicos principais abordados:

(ver Linha Escatológica)

  1. Carta às igrejas.
  2. Princípio das dores (pequenas catástrofes).
  3. Abertura dos selos.
  4. Governo do Anticristo por 7 anos, (Sinal da Besta, Paz, Guerras).
  5. Anjos derramam taças sobre a Terra, que significa a ira de Deus em 7 etapas (Cavaleiros do Apocalipse, Fome, Pestes, Terremotos, Maremotos, Aquecimento Global etc.).
  6. Volta de Jesus Cristo e da igreja a Terra.
  7. Governo Milenar de Jesus Cristo.
  8. Juízo Final
  9. Novo céu e nova terra

O sinal ou marca da besta é alvo de diversas interpretações. Existem aqueles que dizem que o sinal será literalmente posto na mão direita ou na testa, e acusam o Verichipde ser esse sinal. Outros preferem uma visão mais simbólica e interpretam que o sinal da besta na mão direita ou na testa significaria respectivamente atitudes e pensamentos segundo as intenções da besta, e contrários a Deus. Um exemplo de tal interpretação tem os adventistas, que crêem que se pode identificar o sinal da Besta identificando qual o sinal contrário, isto é, o "sinal de Deus", que eles crêem ser a observância do sábado. Neste caso, para eles, a marca da besta seria a observância do domingo, reconhecido como dia do Senhor tanto por católicos como por protestantes. Porém correntes atuais ponderam que o sinal da Besta nada mais é que algo compreensível, que quem recebê-lo saberá exatamente o que está fazendo, pois a expressão "é número de homem" remete a algo comum, notório para todos, pois até mesmo pessoas iletradas reconhecem números com facilidade, ao contrário da corrente que há alguns anos acusava o código de barras e agora o Verichip. Existe também a possibilidade de ser um número bem no centro da testa escrito 666 (seiscentos e sessenta e seis).

O Livro como símbolo iniciático

As tradições esotéricas e místicas, como Gnose, Rosacrucianismo, Maçonaria, trabalham, desde o tempo em que o livro foi escrito, a idéia de que o Apocalipse recorre a linguagem simbólica, que aponta para processos de transformação através dos quais o homem tem de passar para atingir a plenitude de seu Ser, e a plena União com o Divino.

[editar] Ver também

Referências

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