Pneumático era o nome (do francês pneumatique), de origem grega (pneuma): cheio de ar... vento... sopro. Sofreu as agruras do tempo como a expressão "vamos em boa hora", que por conta da pressa dos tempos modernos foi assim ficando: "vamos embora"... "vambora"... "vamo" ou "vambó" e... agora "bó"... ou nem isso - faz aquele gesto com a mão - pois é. Pneumático sofreu encurtamento, faz parte da evolução da língua.
Pneumonoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis, o nome da suposta doença em inglês, é a maior palavra daquele idioma, com 45 letras. O portador da suposta doença é chamado de pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico. A palavra ganhou registro oficial pela primeira vez em 2001, no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Aparece descrita como uma doença pulmonar causada pela inspiração de cinzas vulcânicas.
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Você sabia que um pneu demora pelo menos 600 anos para se decompor?
Reaproveitamento e reciclagem
A borracha natural é um polímero obtido da seiva da seringueira, árvore de origem amazônica, mas que ganhou o mundo, principalmente pela rápida adaptação que sofreu quando, na virada do século, foi plantada com sucesso nas florestas tropicais asiáticas.
Para sua extração são feitos pequenos cortes superficiais no caule da árvore, através dos quais o látex é captado. Depois de sua coagulação e secagem, este material é aquecido e posteriormente processado com outras substâncias químicas, transformando-se em borracha.
Com o passar do tempo, criou-se na Alemanha a tecnologia para fabricá-la artificialmente a partir do petróleo. Apesar de a borracha sintética ser muito parecida com a borracha natural, ela não é tão resistente ao calor e racha com a mudança de temperatura muito rápida. Por isso, os artefatos são sempre constituídos de uma parcela da borracha natural.
No Brasil, a maior parte da borracha produzida industrialmente é usada na fabricação de pneus, correspondendo a 70% da produção. Além disso ela pode ser empregada em calçados, instrumentos cirúrgicos (como tubos, seringas e outros produtos farmacêuticos, além de luvas cirúrgicas e preservativos).
OS PNEUS
Os pneus foram inventados em 1845, depois que o norte-americano Charles Goodyear descobriu casualmente o processo de vulcanização da borracha, quando deixou cair borracha e enxofre no fogão.
Tornaram-se então substitutos das rodas de madeira e ferro, usadas em carroças e carruagens. A borracha além de ser mais resistente e durável, absorve melhor o impacto das rodas com o solo, o que tornou o transporte mais confortável e funcional.
A maior parte dos pneus hoje é feita de 10% de borracha natural (látex), 30% de petróleo (borracha sintética) e 60% de aço e tecidos (tipo lona), que servem para fortalecer ainda mais a estrutura.
Produção X Descarte
Um estudo feito pela Universidade de Vrije, na Holanda, descobriu que todos os dias são fabricados cerca de 2 milhões de novos pneus no mundo. Isto significa uma produção anual de 730 milhões de pneus (janeiro/1999). Ao mesmo tempo, hoje são transformados em sucata 800 milhões de unidades por ano.
No Brasil, em 1993, 0,5% do lixo urbano brasileiro eram de pneus velhos e fora de uso. Hoje são descartados no país cerca de 17 milhões de pneus por ano.
Reciclagem e reaproveitamento
Para recuperação e regeneração é necessária a separação da borracha vulcanizada de outros componentes (como metais e tecidos, por exemplo). Os pneus são cortados em lascas e purificados por um sistema de peneiras. As lascas são moídas e depois submetidas à digestão em vapor d’água e produtos químicos, como álcalis e óleos minerais, para desvulcanizá-las. O produto obtido pode ser então refinado em moinhos até a obtenção de uma manta uniforme ou extrudado para obtenção de grânulos de borracha.
A borracha regenerada apresenta duas diferenças básicas do composto original: possui características físicas inferiores, pois nenhum processo consegue desvulcanizar a borracha totalmente, e tem uma composição indefinida, já que é uma mistura dos componentes presentes. No entanto, este material tem várias utilidades: cobrir áreas de lazer e quadras de esporte, fabricar tapetes para automóveis; passadeiras; saltos e solados de sapatos; colas e adesivos; câmaras de ar; rodos domésticos; tiras para indústrias de estofados; buchas para eixos de caminhões e ônibus, entre outros.
Aspectos interessantes |
O Brasil se encontra em 2º lugar no ranking mundial de recauchutagem de pneus. Um pneu de avião a jato pode ser recauchutado até 30 vezes. A reciclagem e reaproveitamento dos pneus no Brasil corresponde a cerca de 30 mil toneladas (Cempre, 1999). |
OUTRAS FORMAS DE RECICLAGEM E REAPROVEITAMENTO DOS PNEUS
Proteção de construções à beira mar – nos diques e cais; barragens e contenção de encostas, onde são geralmente colocados inteiros;
Recauchutagem – são adicionadas novas camadas de borracha nos pneus "carecas" ou sem friso. A recauchutagem aumenta a vida útil do pneu em 40% e economiza 80% de energia e matéria-prima em relação à produção de pneus novos.
Reaproveitamento energético (fornos de cimento e usinas termoelétricas) - cada quilograma de pneu libera entre 8,3 a 8,5 kilowatts por hora de energia. Esta energia é até 30% maior do que a contida em 1 quilo de madeira ou carvão. As indústrias de papel e celulose e as fábricas de cal também são grandes usuárias de pneus em caldeiras, usando a carcaça inteira e aproveitando alguns óxidos contidos nos metais dos pneus radiais.
Importante:
A queima de pneus para aquecer caldeiras é regulamentada por lei. Ela determina que a fumaça emanada (contendo dióxido de enxofre, por exemplo) se enquadre no padrão I da escala de Reingelmann para a totalidade de fumaças.
Estudos, pesquisas e novas tecnologias
ð A RELASTOMER Tecnologia e Participações S.A. desenvolveu um processo cuja característica básica é a recuperação de borrachas vulcanizadas a baixa temperatura (máximo 80ºC), a execução deste processamento na fase líquida e a utilização de catalisador heterogêneo. O produto regenerado apresenta alta homogeneidade, mantendo 75% das características físicas da composição original.
ð Um subprojeto interdisiciplinar envolvendo pesquisadores das faculdades de Engenharia Civil e Mecânica da Unicamp propõe uma solução de gerenciamento de pneus descartados. A proposta dos professores Carlos Alberto Mariotoni, Caio Glauco Sanchéz e E. Goulart consiste na construção de um reator de leito fluidizado que processa fragmentos de pneus usados, para a obtenção de subprodutos através de sua gaseificação.
ð O Departamento de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) é pioneiro no desenvolvimento de pesquisa relacionada à reutilização de pneus usados em obras de engenharia no Brasil. A PUC-RJ, com apoio da International Development Research Centre (IDRC) e da Geo-Rio e com a participação da Universidade de Ottawa, vem desenvolvendo experimentos de construção de muros de arrimo com pneus e ensaios relativos ao reforço de solos com pneus usados, o que introduz uma resistência e rigidez adicionais aos aterros.
FORMAS INADEQUADAS DE DISPOSIÇÃO DE PNEUS
E SUAS CONSEQÜÊNCIAS AO AMBIENTE
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O QUE PODE SER FEITO?
Ö Manter os pneus em lugar abrigado ou cobri-los para evitar que a água entre e se acumule.
Ö Antes de jogar pneus num aterro, furar as carcaças para deixar escorrer a água ou cortá-las em muitos pedaços, para diminuir seu volume.
Ö RECICLAR, porque: economiza energia - para cada meio quilo de borracha feita de materiais reciclados, são economizados cerca de 75% a 80% da energia necessária para produzir a mesma quantidade de borracha virgem (nova); economiza petróleo (uma das fontes de matéria-prima); reduz o custo final da borracha em mais de 50%.
Ö REDUZIR o consumo dos pneus, mantendo-os adequadamente cheios e alinhados, fazendo rodízio e balanceamento a cada dez mil quilômetros e procurar usar pneus com tiras de aço, que têm uma durabilidade 90% maior do que o normal.
Fontes:
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/pautas/ju142-4.html) - maio/ 1999;
RELASTOMER (21) 590-9148;
Warmer Bulletin n. 64 – jan/1999 pág. 4-5;
Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado, Cempre/IPT –1995;
Pneus (Ficha Técnica nº 8), Cempre;
Informativo Inst. Ecol. Aqualung, jan/fev de 1999.
FUI EU QUE FIZ!!!
ResponderExcluirFUI EU QUEM FIZ!!!
FUI EU QUEM FEZ...
TUDO ISSO P DIZER Q PNEU É UMA PALAVRA MONOSSILÁBICA.
ResponderExcluirFOI BOA!!!
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