segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

DESINÊNCIA X SUFIXO

OBS: DESINÊNCIA NÃO É O MESMO QUE SUFIXO

Desinência é a parte de uma palavra que indica a classe a qual esta pertence, ou a função da mesma, dentre outras informações.

Classificação

As desinências podem ser classificadas em 2 tipos:

  • Desinências nominais -Indicam o gênero e o número da palavra.

Exemplo: na palavra menina temos a desinência de gênero fem. a, enquanto que em meninas temos, além dela, a desinência de número s.

  • Desinências verbais - Indicam a pessoa, o número, o modo e o tempo nos verbos

Exemplo: na palavra abraçaríamos temos: a, vogal temática, ía desinência temporal e mos, desinência número-pessoal.

SUFIXO

Em gramática, sufixo é um afixo que se adiciona ao final de um morfema ou palavra. Opõe-se a prefixo. O sufixo é o responsável pela criação de outras palavras, as chamadas palavras derivadas. Por exemplo: se adicionamos o sufixo -eiro (formador de substantivo) à palavra primitiva pedra, originaremos a palavra derivada pedreiro.

É importante fazer uma dinstinção entre sufixo e desinência. Basicamente, se diferenciam pela função: enquanto o primeiro dá origem a novos vocábulos, o segundo apenas flexiona o vocábulo já existente.

Há desinências nominais (gênero e número) e verbais (modo-temporais e número-pessoais).

Embora algumas gramáticas afirmem que existe a flexão de grau nos nomes, os estudos modernos não consideram a terminação que origina os chamados aumentativos e diminuitivos uma desinência, mas um sufixo.

Em outras palavras. Quando formamos a palavra meninão, estamos adicionando ao radical menin- um sufixo e não uma desinência. Portanto, meninão é uma palavra derivada por sufixação da palavra menino.

Tipo de sufixos

  • sufixo nominal: aquele responsável pela formação de nome (substantivo ou adjetivo): pad-eiro, favel-ado.
  • sufixo verbal: aquele responsável pela formação de um verbo: computador + izar.
  • sufixo adverbial: aquele responsável pela formação de advérbio; em português apenas o sufixo -mente: feliz-mente

Exemplos de sufixos

Há, basicamente, quatro tipos de sufixos derivativos. Veja alguns exemplos.

  • Adjetivos: humanoide, humanista, dantesco, ouvinte.
  • Adverbiais: tranquilamente.
  • Substantivos: compositor, advocacia, barbeiro.
  • Verbais: afugentar, dedilhar, amenizar.

Existem os aumentativos e diminutivos.

  • Diminutivo: casebre, cãozinho, bigodinho, boquinha, mureta, pedregulho, rochinha
  • Aumentativo: casarão, cãozarrão, bigodaça, bocarra, muralha, pedrona, rochedo, corpanzil, fogaréu, medicastro, pratarraz.


Considerações sobre o valor dos sufixos

Muitos afirmam que alguns sufixos adquirem determinado valor pelo uso. Assim, eles teriam mais do que a função de formar novas palavras com novas classes gramaticais. A função deles estaria ligada à semântica. Por exemplo, a adição do sufixo -eco à palavra jornal não gera apenas o diminutivo da primitiva, mas tem valor depreciativo.

Cláudia Assad Alvares (USP) ratifica o discurso de Miranda (1979), "no que tange à oposição existente entre os agentivos formados pelos sufixos -ista e -eiro e que designam profissões em língua portuguesa. A oposição estaria vinculada ao status; dessa forma, os agentivos em -ista designariam profissões de maior prestígio sócio-cultural em nossa sociedade, ao passo que os agentivos em -eiro designariam ocupações de pouco ou nenhum prestígio e, até mesmo, marginalizadas". Exemplo para essa idéia é a oposição entre jornalista e jornaleiro. Um exemplo que contraria essa afirmação é "engenheiro".

Na Breve Gramática do Português Contemporâneo (pág. 69), de autoria de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa, João Sá das Costa Editores) encontram-se os seguintes usos para os sufixos -eiro e -eira:


"I. Quando participa na derivação de nomes a partir de outros nomes:
– ocupação, ofício, profissão – barbeiro (barba), copeira (copa);
– lugar onde se guarda algo – galinheiro (galinha, tinteiro (tinta);
– árvore e arbusto – laranjeira (laranja), craveiro (cravo);
– ideia de intensidade, aumento – nevoeiro (névoa), poeira (pó);
– obje(c)to de uso – cinzeiro (cinza), pulseira (pulso);
– noção cole(c)tiva – berreiro (berro), formigueiro (formiga);


II. Quando participa na derivação de adje(c)tivos a partir de nomes:
– relação, posse, origem – caseiro (casa); mineiro (de minas ou Minas Gerais)."


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

.

.
.

É O QUE TEM PRA HOJE: "POUCO PAPO E SÓ... SU-CEEEEEEES-SO!!!"



"SIGAM-ME OS BONS" - Maria Celeste Bsp | Facebook