Repente (conhecido também como desafio) é uma tradição folclórica brasileira cuja origem remonta aos trovadores medievais. Especialmente forte no nordeste brasileiro, é uma mescla entre poesia e música na qual predomina o improviso – a criação de versos "de repente"[1].
O repente possui diversos modelos de métrica e rima, e seu canto costuma ser acompanhado de instrumentos musicais
Quando o instrumento usado é o pandeiro, o repente é chamado de coco de embolada; acompanhado do violão, denomina-se Cantoria[1].
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Repentismo no Sul
O caracteriza-se, além do improviso, pelo uso de dois instrumentos musicais: o violão e a acordeon, sendo que, no final, os trovadores sempre fazem as "pazes".
Nos anos 60 - 80, essa variação folclórica foi muito popular na região sul do Brasil, chamada de Trova[2], muito difundida por Teixeirinha & Mary Terezinha, juntos eles trovaram inúmeras vezes, alegrando não só os gaúchos, mas todo o povo brasileiro. Contudo a maior referência para os trovadores da atualidade no Rio Grande do Sul é Gildo de Freitas Além da Trova, também existe no Rio Grande do Sul a Pajada, cujo maior representante é Jayme Caetano Braun, seguido por Paulo de Freitas Mendonça e outros. A Pajada é poesia oral improvisada em Décima Espinela (abbaaccddc) no etilo recitado e acompanhada de violão. A trova é uma construção poética improvisada em sextilha. Suas rimas são abcbdb e seus versos são cantados ao acompanhamento de acordeon.
Ver também
Referências
- ↑ a b Silvio Essinger. Repente. CliqueMusic.
- ↑ A trova conhecida no Rio Grande do Sul é diferente da forma poética Trova.
LITERATURA DE CORDEL - DE ORIGEM TROVADORESCA (IDADE MÉDIA) - tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome que vem lá de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, herdamos o nome (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
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